Análise: Alice Madness Returns . Gamerlizando ~ Analises.

[ΡΣÐRΘ ¥ 11]

 

 

Alice Madness Returns conta uma história muito diferente daquelas que estamos acostumados a ouvir, ler e assistir, do País das Maravilhas.

 

O jogo tem uma trama muito mais adulta do que qualquer outro trabalho relacionado à Alice já feito. Nele, Alice é uma jovem perturbada, que sofre até então por causa de um incidente ocorrido há anos atrás, em que seus pais e sua irmã mais nova foram mortos, numa noite em que sua casa fora incendiada. O responsável pelo incêndio não havia sido identificado, mas no desenvolvimento da trama, pistas e até mesmo memórias da própria Alice (antes inacessíveis) vão tornando a identificação possível.

Para acabar com os pesadelos de Alice e fazer-la esquecer o passado, o Psicólogo e também Arquiteto, Dr. Bumby, utiliza da hipnose e diversos outros tratamentos, que são mostrados ao jogador no modo principal.

Durante o jogo, diversos personagens conhecidos do País das Maravilhas são encontrados, como o chapeleiro maluco, o sinistro gato risonho e companhia, que tem papéis importantes de acordo com sua participação (embora sutis).

A mente de Alice está um caos e tanto sua sanidade, quanto o País das Maravilhas, dependem dela.

 

Alice e seu cavalinho fazendo pose para a foto.

 

A jogabilidade assemelhasse a jogos como Dante’s Inferno (da mesma produtora) e da famosíssima série God of War, onde muitos níveis são repletos de monstros para matar e puzzles para resolver.

O diferencial aqui, é que há um pouco mais de exploração graças à possibilidade de encolher Alice, que dá a ela acesso a portas minúsculas (que muitas vezes estão escondidas).

O jogador avança através de 6 episódios, onde cada um representa um lugar do País das Maravilhas. Próximo ao final do capítulo, Alice sempre encontra uma porta, que notasse dar acesso a um lugar repleto de chamas do outro lado (uma referência ao incêndio em sua casa).

 

Não, ele não é o Motoqueiro Fantasma.

 

Ao joga-lo, é comum um estranhamento no começo, pois realmente, são coisas/personagens muito surreais. Com o passar do tempo, você acaba aceitando toda essa 'singularidade' e caso se interesse pela narrativa, logo será fisgado, e dificilmente não irá querer terminar o jogo o mais rápido possível para poder saber quem é que botou fogo na casa.

 

Existem também alguns minigames durante as fases principais, que apresentam desde uma jogabilidade 2D (que me lembrou Braid), a algo mais inusitado como um joguinho de xadrez e um de 'fazer a bolinha chegar ao final do percurso'.

 

O jogo conta com uma história incrível e cenários/episódios com características próprias, tornando cada local do País das Maravilhas único. Os inimigos mais comuns são os 'slimes' pretos com uma máscara de bebê, que representam a 'corrupção' da mente de Alice. E como acontece com os cenários, em cada episódio, existem outros monstros feitos especialmente para aquele nível. Como na fase aquática por exemplo, tem-se monstros como tubarões, um anfíbio pré histórico (aquele peixe com dentes enormes e uma anteninha que mais parece uma lâmpada), piratas fantasmas e etc.

 

Porém, embora conte com grandes ideias, o jogo acaba se tornando limitado graças à:

-Falta de habilidades especiais/magias: A não ser quando a sua vida está por um fio, não há nenhuma magia/habilidade a ser utilizada. Neste caso citada acima, é disponibilizado o modo chamado de Hysteria, que ao pressionar o Analógico esquerdo, faz com que tudo fique em preto e branco, e por um curto período, golpes não tiram-lhe vida, além disso, o dano sobre os inimigos é maior.

-Repetitividade: Os episódios são imensos, e embora os objetivos mudem um pouquinho, dá sempre a impressão de que são os mesmos. Encontrar uma alavanca/dispositivo que libere a saída, quando não necessário exterminar alguns monstros.

-Mecânica ruim: Os gráficos são medianos, e em alguns momentos bem bonitos, como no 4º Episódio, principalmente. Mas infelizmente, bugs estranhos manifestarão na sua tela, como alguns cenários inconsistentes, sombras ruins (de vez em quando) e o pior: As chamadas “Invisible Walls”, que nada mais são do que paredes invisíveis, que impedem o personagem de se locomover, como se ele estivesse tentando passar por algo.

 

Modo Hysteria: Algo semelhante a TPM que estamos acostumados

 

Veredito: Competente, apesar de estar longe de ser um jogo excelente, Alice Madness Returns peca em aspectos bastante importantes. É um bom título, mas não chega a ser essencial na sua biblioteca. Se você se amarra em um jogo de ação com uma boa dose de exploração, e principalmente, se você adorou Dante’s Inferno, esse jogo é pra você. A história é surpreendente (o final é muito inesperado!), e se não fossem os problemas citados acima, esse jogo estaria figurando entre um dos mais marcantes titulo de ação da atualidade, próximo a Dante’s e GoW, sem dúvida alguma. Caso não faça seu tipo, não aconselho a compra, é mais para quem gosta mesmo do gênero. Vale a pena dar uma conferida caso haja dúvidas, já que não vem lançando tantos jogos como esse.

 

 

Curiosidade: Para quem não sabe, o jogo é uma continuação do American Mcgee's Alice, título disponível para PC, em 2000, dirigido/criado pelo mesmo autor deste novo jogo.

 

(Esse jogo também está disponível para PS3 e Xbox )

Nota final: 7/10.

 

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