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GrandChase Essencia Imortal


nruto
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"Cada vez mais eu fico pensando... Onde vamos parar? Desde o início eu tive medo, mesmo pensando que tudo não passasse de um mal entendido, que tudo fosse apenas um tufão, que deixaria estragos mas que passaria, simples assim. Mas não foi. E cada vez mais fico assustada. Sabe... Sempre me adentrei nos perigos, sempre desafiei a morte, mas saía da batalha feliz por ter vencido. Agora não. Parece que tudo isso foi traçado. Você por acaso tem medo de me contar tudo? De me contar a verdade? Não confio mais em ninguém, nem em você, Sieghart."

 

Elesis

 

 

 

Derrotar Cazeaje não foi tarefa fácil. Tal missão deixou a equipe Grand Chase exausta, e com o encontro recente de Elesis com seu avô, a equipe resolveu voltar para Vermecia para então avisar sobre o feito, mas antes, resolveram parar em uma cidadezinha ao norte de Canaban, lá, ficaram em uma pequena pousada, pegaram o maior chalé de todos, onde os dez poderiam descansar.

 

Da história de Sieghart pouca coisa era conhecida. Ele havia contado que, após um ato heróico, o Deus da Vida havia lhe concedido vida eterna. E foi há cinquenta anos que ele havia conhecido a avó de Elesis, por quem se apaixonou. Contou também que ela morreu pouco tempo depois por causa de uma doença, o que fez com que ele virasse um andarilho.

 

Mas do resto Elesis já sabia, seu pai havia lhe dito que Sieghart partiu e o deixou em uma academia para jovens guerreiros, onde se criou.

 

– Depois de tudo isso eu quero dormir, simplesmente... Eu posso ser imortal, mas ainda assim sinto dor e cansaço – disse Sieghart, deitando em seu pequeno colchão, que estava localizado no chão.

 

– Agora teremos tempo para descansar, semana que vem começamos a nossa caminhada até Canaban para avisa-los sobre Cazeaje, ela não vai ser mais problema por um bom tempo – Elesis explicou, seguido de um bocejo.

 

– Sieghart! Você tem a eternidade toda para descansar! – gritava Lire do outro quarto – Nós estamos com fome! Por favor, vai lá buscar alguns pães e uns sucos.

 

Apesar de alguns grunhidos, o guerreiro se levanta, e resmungando, obedece. Saindo do cubículo com camas, Sieghart, que já havia pego umas moedas de prata, sai para a rua, a padaria da cidade não era muito longe.

 

Ao chegar à padaria, Sieghart notou que a mesma se encontrava vazia (Como sempre devia estar, já que a maioria dos que passavam pela cidade eram andarilhos), pediu vinte pães e uma jarra de suco de uva. O dinheiro deveria dar, tudo era muito barato na cidade, e o padeiro parecia muito feliz. "Deve vender essa quantidade de pães em um mês", debochou Sieghart mentalmente.

 

A compra estava feita, agora bastava alguns passos e estaria perto de sua nova equipe. Agora ele poderia dormir bastante... Um sono profundo... Coisa que não fazia há muito tempo. Mas, quando já estava no meio do caminho, escutou uma voz muito familiar o seguindo.

 

– Olá, Sieghart!

 

Era Dio, o demônio misterioso. Sieghart já o conhecia fazia tempo, e de tantos anos, parecia que aquele rosto era familiar desde seu nascimento. Aparecia e desaparecia. Demônios, tanto quanto anjos, podiam se teletransportar, mas a curta distância apenas.

 

– O que você quer? – perguntou, já que sempre que Dio aparecia, era carregado por más notícias.

 

– Vim aqui lhe avisar que eles estão por perto, eles já tomaram ciência de suas aventurinhas de pirilampo por aí. Eu já disse, Sieghart... Você é um tolo, fama só vai lhe trazer problemas – Dio sempre falava sem expressão alguma, por mais alarmante que fosse o recado.

 

– Eles não vão me encontrar, já estão me procurando faz tempo, certamente já desistiram, você que está com o "radar quebrado".

 

– Confiaria mais no meu "radar quebrado" do que no seu cerebrozinho de minhoca – Dio deu um sorriso debochado – Sinto a presença deles, e eles estão muito, muito perto.

 

– Ok... Ok... Tentarei convencer a equipe para partirmos, eles querem ficar uma semana aqui, podemos partir daqui três dias, certo?

 

– Você sabe que eu tenho um esconderijo muito bom, lá você e sua equipe ficarão a salvo, os Guardiões Divinos nunca chegariam nem perto, você pode ficar lá por um tempo até eles saírem da sua cola.

 

– Não diga bobagens! Eu não vou para aquele lugar nem atado!

 

– Veremos...

 

Mas Sieghart não pode dizer mais nada, Dio havia sumido. "Covarde..." Sieghart resmungou para si mesmo. Quando se deu por conta, já estava dentro da pousada. Sieghart continuou andando, até chegar mais perto da pequena casa em que eles estavam, mas ao chegar mais perto, uma surpresa, o teto do chalé havia desabado.

 

"Eu não acredito! Aquela porcaria velha desabou em cima deles!"

 

E correndo, foi ver o que havia acontecido, o teto do chalé era feito com telhas leves, mas que poderiam machucar seriamente uma pessoa.

 

– Pessoal? – gritou, ao entrar na pequena casa, a mesma se encontrava toda bagunçada. O teto havia desabado e as camas estavam quebradas, viu sangue pelos lados, mas não viu ninguém, nenhum integrante da equipe.

 

– Sieghart? – veio uma voz do banheiro, era Ronan que estava, impressionantemente, sem ferimento aparente – Nossa! Você voltou! Ainda bem! Eu estava lá na rua, tomando um ar, quando vi guardiões divinos entrarem com toda a velocidade aqui pelo telhado, ouve gritos, mas eu não entrei... Ah, Sieghart... Eu sei... Eu fui covarde! Eles levaram toda a equipe!

 

Mas então, gemidos vieram dos destroços, e após retirar tudo aquilo com calma, lá estavam Elesis, Lire e Arme.

 

– Finalmente... Sieghart... – Elesis dizia com dificuldade, enquanto Lire e Arme estavam desacordadas – Eles... Vieram... Atrás de você... Ugh...

 

Tudo aquilo e o aviso de Dio... Realmente, eles estavam por perto, muito perto, ou melhor... Haviam o encontrado e queriam ele, o guerreiro imortal.

 

– Por que você? – Ronan perguntou.

 

– Eu não sei... Eu não sei... – O guerreiro imortal respondeu, mas ainda parecia ocultar algo.

 

Então, como magica, surge aquela figura enigmática, aquele menino demônio, com aquela cara sem expressão, Sieghart já estava prevendo o que ele ia dizer.

 

– Pois é... Pelo jeito seu dia de descanso vai ter que esperar, Sieghart... – disse Dio, olhando seriamente para ele – -Preparado para ir para o inferno?

 

 

 

Não era preciso grandes explicações sobre as causas para que Elesis, Lire e Arme estivessem do jeito que estavam: emburradas, e ao mesmo tempo, com medo. Mesmo assim, Ronan estava dotado de uma estranha calma.

 

“Mal conhecemos esse menino estranho com chifrinhos e você quer seguir ele?” Foi o que Elesis havia dito para Sieghart quando Dio não estava por perto, mas a expressão de Sieghart era aquela: ele forçava um pequeno sorriso, mas não conseguia esconder sua impaciência.

 

Eles andavam silenciosamente por uma floresta, Dio ia à frente, sempre com aquela mesma feição sem expressão, e uma hora ou outra, ele apenas erguia o braço, um pequeno comando para designar ‘Parem!’. Apesar de todo o medo, aquela caminhada já havia ficado monótona, eles deviam estar caminhando há umas cinco horas, e no céu, só havia estrelas.

 

– Conheço uma pousada perto daqui, podemos ficar lá, não vamos agüentar muito se continuarmos desse jeito – disse Dio erguendo o braço.

 

– Pousada? Com que dinheiro? Eu não sei o que há com você, mas, só para relembrar: Fomos atacados por anjos malucos e não trouxemos NADA! Aliás, pra onde estamos indo afinal? – Elesis falava aos berros, mesmo assim, obedeceu ao comando de Dio e parou.

 

– Sieghart... Fico bastante infeliz por não ter contado nada sobre mim para sua neta.

 

O guerreiro imortal engoliu a seco.

 

– Ela não precisa saber – disse.

 

– Oh! Como não? Estamos indo para o inferno e a pobrezinha está gritando como se eu fosse um idiota.

 

– Inferno? Que história é essa? – agora Lire havia entrado na conversa, mas não obteve resposta.

 

Dio, nesse exato momento ergueu sua mão esquerda... Aquela mão era extremamente estranha, monstruosa. Ao erguer a mão, a mesma começou a brilhar, e logo acima dela, um risco se abriu no ar, como se fosse um corte, um corte no nada.

 

Daquele risco, cinco moedas de ouro caíram na mão de Dio, e quase imperceptivelmente, o risco sumiu.

 

– O que foi isso? Que magia foi essa? – Disse Arme com os olhos brilhando. Todos haviam ficado olhando para aquele risco como se fosse a atração de um espetáculo, até mesmo Ronan, que parecia estar com sono, arregalou os olhos para ver tal feito. Mas Arme... Arme era apaixonada por magias.

 

– Interessante, não? Já que Sieghart não conta para vocês, eu mesmo conto – era Dio, que pela primeira vez naquela caminhada, havia aberto um sorriso de leve.

 

Sieghart parecia estar suando frio, mas não fez nada para impedir Dio de prosseguir.

 

– Sou um demônio. Não desta dimensão, mas não importa, existe apenas um inferno para todas as dimensões. Estou aqui há mil anos, mais ou menos e, sim, sou imortal, pelo menos até Águia decidir o contrário. Estamos indo para o inferno, e o lugar mais perto para invocar um portal é em Ellia.

 

Todos pareciam perplexos, mas Dio ainda continuou:

 

– Eu consigo criar diversas rachaduras aqui, porém posso apenas tirar coisas de lá. É possível entrar no inferno apenas pelo portão principal, e são poucos os lugares em que ele pode ser invocado.

 

– Nós... Estamos indo para o INFERNO? Por quê?! – disse Elesis alto.

 

Dio abrira a boca para falar alguma coisa, mas Sieghart o interrompeu rapidamente.

 

– Os guardiões divinos! Sim! Não sei o que deu neles, eles estão atrás de mim, nós vamos para o inferno despistar eles, que é o único lugar que eles não têm acesso, ou seja, para eles, sumiremos do mapa.

 

– Você não é imortal? E quanto ao resto da Grand Chase? Como fica?

 

– Então... – Sieghart queria falar alguma coisa, mas sua garganta havia travado, nada saia de lá, apenas um singelo "Tudo ao seu tempo".

 

– Conversas de família para depois, temos que nos apressar, vamos para a pousada agora – interrompeu Dio.

 

Lire e Arme haviam ficado quietas a caminhada inteira, eles haviam caminhado mais uns trinta minutos para chegar à pousada. A senhora de pele murcha e olhos apertados com pequenos óculos sobre o nariz que os atendeu na pousada parecia ter ficado deslumbrada com as moedas que Dio lhe dera, e sem nem verificar o valor, deixou irem ao melhor quarto da pousada.

 

Elesis, com um temperamento explosivo, não queria de jeito nenhum continuar a andar até o... Inferno. Mas algo na feição de Sieghart... Toda aquela preocupação, aquela angústia, aquele medo... Havia deixado ela com medo também. O que os Guardiões Divinos queriam? Certamente não havia sido um mal entendido.

 

Todos estavam dormindo, eles iriam descansar para, ao raiar do sol, pegar algumas frutas e partir para Ellia.

 

O plano era perfeito. Ou talvez quase.

 

– Pst! Sieghart!

 

Foi com aquela voz que o guerreiro imortal acordou. Da janela do quarto, apenas estrelas podiam ser vista. O quarto estava em um breu total, mas Sieghart tinha certeza que aquela voz era de Dio.

 

– Você está maluco? Ainda nem amanheceu!

 

– Temos que sair daqui agora! Pelos fundos, o quanto antes!

 

– O que deu em você, hein?

 

– Eu senti uma presença! Um guardião divino! Ele está sozinho, na frente da pousada, parado, apenas esperando...

 

Sieghart engoliu a seco, de fato, não foi preciso mais nenhuma frase para ele ter entendido o recado.

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