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fanfic do gc tales


gustavo0411
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nunca vi isso no site sei que muitos ja devem ter visto mais trago isso la do site do GCtales para vcs se ja postarao desculpe pq nao vi de verdade

 

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Introdução

 

Capítulo 1: Entrando na Floresta dos Desafios

Capítulo 2: Encontro na Torre Sombria

Capítulo 3: A união faz a força!

Capítulo 4: O colar de Lire – A nova missão

Capítulo 5: Batalha nos Muros de Serdin

 

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Nome do Autor: Sulpher

 

Nome do Designer: Yunikka

 

Personagens principais: Grand Chase

 

Gênero: Aventura e Romance

 

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Esta fanfic tem como base a trajetória da Grand Chase nas missões do jogo.

 

Alguns personagens entram na estória de modo diferente daqueles contados no jogo e as missões ganham certa profundidade. Novos lugares são criados a fim de descontrair a fanfic.

 

Espero que se divirtam com esta nova forma de enxergar o mundo de Grand Chase!

 

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Há muito tempo, um bravo guerreiro aprisionou a rainha da escuridão Cazeaje. Após muitos anos confinada, ela se liberta para lançar mais uma vez o caos pelo mundo. Após muitas baixas pelo lado do continente de Vermécia, os reinos de Serdin e Canaban decidiram formar uma elite de guerreiros que é conhecida como Grand Chase.

 

barracap1.png

 

Um muro está sendo levantado em cada passagem importante que dá acesso ao continente de Vermécia. E hoje é um dia importante pra muitos jovens guerreiros, pois os reinos de Canaban e Serdin e o povo Élfico enviarão 100 guerreiros de todos os tipos para agirem como um reforço nesses muros. Mais de 3000 candidatos estão inscritos para a seleção em cada reino. Todos já estão no Coliseu para o pronunciamento do Comandante. Menos uma pessoa...

 

– Atrasada... Eu sempre estou atrasada, mas que inferno! Hoje é o dia mais importante da minha vida e eu simplesmente durmo demais – gritava Elesis andando nervosa pela casa recolhendo seus pertences.

 

– Se tivesse dormido mais cedo, talvez não se atrasasse – disse Ellinar, mãe de Elesis, calmamente.

 

– Ah mãe, dá um tempo. Eu estava praticando minha luta – disse Elesis um pouco mais calma.

 

– Isso não é desculpa pra se atrasar Elesis – disse Ellinar com tom repreensivo

 

– Eu sei, eu sei. To indo mãe, até depois – disse Elesis após recolher tudo o que precisava.

 

– Elesis! – chamou Ellinar

 

– Que foi? – disse Elesis parando perto da porta

 

– Boa sorte minha filha, e tome cuidado!

 

– Tá, pode deixar! Obrigada mãe!

 

No Coliseu havia uma multidão enorme de candidatos, a platéia estava eufórica. O comandante aparece para anunciar os nomes, e Elesis está muito ansiosa.

 

– Atenção, atenção! – Falou o Comandante – A seleção foi muito difícil, visto que temos muitos bons talentos por aqui. Depois de muito esforço selecionamos os 100 melhores. E hoje pela manhã recebemos uma ligação que mudou os nossos planos então escutem com atenção:

 

Os primeiros 20 entrarão por aquele túnel e me aguardarão na sala que fica ao fim dele, e os outros 80 irão para os muros imediatamente.

 

Após esse pequeno papo, a platéia e os candidatos ficaram extremamente surpresos, mas teriam que aguardar para receber mais informações somente após o pronunciamento dos nomes. O Comandante, então, começou a convocação. Elesis foi a primeira dos 20. Por ter que ir pra uma sala separada e não para o muro, que era seu objetivo, ela ficou com medo de não ter atendido as expectativas de seus instrutores e ter sido excluída da tropa.

 

Os vinte primeiros escolhidos foram aparecendo um por um na sala. Elesis nunca havia sentido tanta tensão em um lugar só. Era um completo silêncio dentro da sala, e o único som que se ouvia era a multidão gritando a cada nome que o Comandante anunciava. Após 40 minutos o Comandante entra na sala e o silêncio foi interrompido no mesmo instante por reclamações vindas de todos os lados.

 

– SILÊNCIO! Fiquem quietos e prestem atenção! – gritou o Comandante.

 

– Sim senhor! – disseram os vinte soldados ao mesmo tempo.

 

– Vocês podem relaxar, só estão aqui porque foram escolhidos para cumprir uma missão maior do que guardar os muros. Acho que todos aqui já ouviram falar da tropa de elite conhecida como Grand Chase não? – perguntou o Comandante.

 

– Sim senhor! – repetiram os soldados.

 

E então o Comandante continuou.

 

– Pois bem, parece que na ultima batalha eles tiveram muitas baixas e estão precisando de reforços. Vocês vinte serão enviados ao QG da Grand Chase e farão parte dela a partir de agora. Vocês têm 6 horas para pegar o que precisar e ir para o palácio. Um transporte do exército os levará até lá. E tem mais...

 

No inicio todos acharam que o Comandante estava apenas brincando com eles, afinal, como seria possível vinte novatos em guerra fazer parte da Grand Chase, a tropa mais poderosa do continente? Mas a cada palavra que o Comandante dizia parecia ser menos uma brincadeira e mais a pura verdade. Por fim ele disse:

 

–... A partir de hoje vocês não são mais simples guerreiros, vocês são heróis. Lutem por seu reino, protejam seu continente e honrem suas famílias. Estão dispensados!

 

– Sim senhor! – disseram pela ultima vez.

 

Ao chegar em casa Elesis contou para sua mãe o que havia acontecido. Muito orgulhosa e feliz, ela a ajuda a fazer as malas e pegar o que é de mais importante. O tempo de 6 horas disponíveis estava chegando ao fim e Elesis tinha de ir. Ellinar fez questão de acompanhar a filha até o palácio para se despedir. Chegando lá, havia um dragão com uma cela e 19 dos escolhidos já estavam montados esperando a partida. Então chega a hora da despedida.

 

– Filha parece que seus companheiros estão esperando – disse Ellinar um pouco nervosa.

 

– Eu sei, mas antes de ir eu queria lhe dizer obrigada mãe – falou Elesis carinhosamente.

 

– Hã? Pelo que querida?

 

– Por me apoiar nisso tudo e cuidar sempre de mim

 

– Apoio hoje, amanhã e sempre, você é minha filha e eu te amo.

 

– Também te amo mãe.

 

– Volte pra me visitar de vez em quando.

 

– Pode ter certeza que sim. Até logo mamãe.

 

– Até logo querida, e tome cuidado.

 

Após se despedir, Elesis subiu no dragão e ele começou a voar. Ela ficou olhando pra trás e acenando pra sua mãe até o momento em que não conseguia mais vê-la.

 

Eles ficaram voando durante toda a tarde e no fim da noite, chegaram ao QG da Grand Chase. Todos desembarcaram e foram guiados por um Tenente até uma sala, onde deveriam aguardar a chegada da Comandante, que daria as primeiras instruções. Dez minutos depois ela entra na sala.

 

– Boa noite a todos vocês, sou a Comandante Lothos e hoje apenas direi algumas palavras e responderei eventuais perguntas que possam surgir. Muito bem então, como sabem estamos em guerra contra as forças de Cazeaje. Ataques diretos e em massa têm se mostrado ineficazes contra suas tropas e por isso vamos formar, a partir de amanhã, pequenas unidades que tem como objetivo eliminar os Generais do nosso inimigo, que são os que mais nos prejudicam. Vocês vão formar times de três pessoas com soldados enviados de outros reinos que estão chegando nesse momento.

 

– Comandante! Eu tenho uma pergunta – disse Elesis.

 

– E qual seria? – respondeu C.Lothos calmamente.

 

– Porque formar equipes com os soldados de outros reinos?

 

– É uma questão de equilíbrio.

 

– Esclareça, por favor.

 

– Veja bem, os guerreiros de Canaban são essencialmente espadachins enquanto os de Serdin são em sua maioria magos. E os Elfos também estão mandando soldados e eles são em sua maioria arqueiros. Apesar de existirem exceções, estamos trabalhando apenas com a maioria. Vendo por certo ângulo, seria como uma equipe com poucas falhas, pois um pode cobrir a falha do outro.

 

– Se é assim, tudo bem.

 

– Alguém mais? Não? Então por hoje é só, o numero e a chave de seus quartos se encontram nos envelopes encima daquela mesa. Amanhã vocês devem me encontrar aqui às 07:30 da manhã para encaminhamento das unidades. Dispensados!

 

Todos foram ao seus quartos e a noite se encerrou com nada de especial. Na manhã seguinte todos aguardavam na sala e estavam ansiosos pela chegada de Lothos. Então ela entra pela porta.

 

– Vejo que todos chegaram cedo, parabéns – falou Lothos - Vocês vão ser mandados para um aquecimento antes de conhecer suas unidades. Agora, quero que me sigam.

 

Ela os levou para uma enorme sala com 20 portais diferentes, todos azuis, circulares e luminosos. Deu um mapa para cada um e falou:

 

– Quero que escolham um portal e fiquem parados neles. Vocês serão transportados para locais de treinamento onde deverão seguir seus mapas até o objetivo final. Lá conhecerão sua unidade, boa sorte!

 

Quando todos estavam em seus portais, Lothos os ativa e eles somem de sua vista. A ultima visão de Elesis foi o chão de pedra do QG, e quando se deu conta estava na entrada de uma floresta com uma placa dizendo: Floresta dos Desafios à frente.

 

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Após muita expectativa, Elesis se viu cara a cara com o seu primeiro desafio. No início, parecia ser bastante fácil, afinal, era só seguir o mapa e no fim dele estaria no ponto de encontro e junto de seus novos companheiros. Mas não foi bem assim. Apesar de ter um mapa perfeito em suas mãos, a floresta se mostrava cada vez mais igual. Uma árvore era idêntica a outra, pedras de mesmo tamanho, textura e cor eram frequentes e Elesis podia jurar que viu o mesmo arbusto em forma de cogumelo umas 10 vezes. Ela pensou que estivesse perdida, até porque nunca havia seguido um mapa antes, então como poderia saber se estava lendo de modo certo? Além disso, muitos pontos da floresta haviam sido destruídos o que sugeria que houve algumas batalhas por ali.

 

Depois de muita caminhada ela se depara com um lugar totalmente novo aos seus olhos. Era um pequeno lago e ao redor dele havia algumas árvores. Elesis então seguiu em direção ao lago para beber água e descansar um pouco embaixo de uma sombra quando, de repente um Texugo salta de um arbusto.

 

Ele parecia um tanto furioso com alguma coisa e imediatamente ataca Elesis. Com um rápido salto, ela se esquiva.

 

– Por que esta fazendo isso? O que eu te fiz? – perguntou Elesis assustada.

 

– Alguém andou destruindo a floresta e com isso a casa de muitos de nós foi destruída! Soube que foram os humanos que o fizeram, prepare-se para morrer – respondeu o Texugo furioso.

 

– Como pode achar que eu fiz isso sozinha?

 

– Isso não importa, está claro que você é uma deles!

 

– Pare agora mesmo, você está fora de si!

 

– Quieta! – gritou o Texugo com os olhos em chama

 

– Texugo, pare agora mesmo ou...

 

Antes que ela pudesse terminar a frase, o Texugo deu-lhe uma cabeçada que a arremessou para trás.

 

– Ah, então você quer lutar? Cai dentro seu esquilo super desenvolvido! – disse Elesis empunhando a espada.

 

– O que? Como ousa? Você pagará por isso ruiva. Gyaaahh! – exclamou o Texugo avançando diretamente para Elesis.

 

Vendo como o Texugo estava extremamente nervoso, Elesis achou melhor apenas apagá-lo, então aguardou a investida do adversário. Ao tentar mais uma cabeçada, Elesis salta por cima e desfere um golpe, com a parte do punho de sua espada, contra a cabeça do Texugo que caiu inconsciente no chão.

 

– Desculpe por isso, mas não sou quem procura e não estou a fim de lutar sem motivos – falou Elesis guardando a espada.

 

Após a pequena luta contra o Texugo raivoso, Elesis voltou ao seu trajeto e em sua primeira olhada no mapa, pôde notar que já havia percorrido quase todo o caminho, pois um lago igual ao que ela se encontrava no momento, havia sido desenhado em seu mapa.

 

Contente com ela mesma ao ver que estava se saindo bem, Elesis viu uma coisa que a preocupou. Após o lago, o resto do mapa estava pintado de um tom vermelho, o que era estranho, afinal, uma floresta deveria ser verde. Ela tinha razão em se preocupar, pois minutos de caminhada depois, monstros começaram a surgir de todos os lados um por vez. Derrotá-los era uma tarefa fácil, ainda porque todos eram cogumelos, gosmas e texugos de pequeno porte. Elesis começara a ver porque era um aquecimento. Estava começando a se cansar de tantos bichos e a todo o momento apareciam mais deles, fazendo com que gastasse mais energia.

 

Ao olhar em seu mapa mais uma vez, Elesis se viu muito próxima do fim da floresta e um estranho xis dourado marcava uma de suas extremidades. Ao dar mais alguns passos ela logo entendeu o porquê do xis dourado. Uma árvore de estatura menor em relação às outras estava andando pela floresta e Elesis sabia que só existe um tipo de árvore que pode se mexer sozinha: o Ente.

 

Apesar de ser uma árvore menor do que as outras, o Ente era bem maior do que Elesis, mas isso não a impediu de falar com ele.

 

– Uh... Oi!

 

E com movimentos lentos o Ente vira de frente para Elesis.

 

– Quem é você? – perguntou o Ente calmamente.

 

– Eu sou Elesis, uma guerreira de Canaban que serve a Grand Chase – respondeu Elesis com convicção.

 

– Grand Chase né? Então você pertence ao mesmo grupo daqueles pilantras que destruíram a minha floresta! – exclamou o Ente.

 

– Como disse? – perguntou Elesis incrédula.

 

– Você ouviu bem menina! – respondeu o Ente em tom áspero.

 

– Sim, eu ouvi, só não pude acreditar.

 

– O que quer dizer?

 

– A Grand Chase é um força especial formada para proteger Vermécia, e não para destruí-la – explicou a menina ao Ente.

 

– Não acredito no que diz! Eu vi com meus próprios olhos aqueles soldados de armaduras alaranjadas destruindo tudo por aqui. Não pude fazer nada, porque eles eram muitos – disse Ente.

 

– Soldados Amon... – resmungou Elesis.

 

– Aaaaah... Então você os conhece né? Sua mentirosa! Você pagará pelo que seus amigos nos fizeram! – gritou Ente.

 

– De novo não... – disse Elesis infeliz.

 

O Ente que parecia ser pouco ágil no inicio da conversa, se mostrou mais rápido do que Elesis poderia prever. A árvore tentou golpear Elesis através de socos em várias direções diferentes e apesar de sua agilidade superior ela não pôde evitar todos os socos e acabou sendo acertada três vezes. Furiosa com os golpes que acabara de levar, ela se levanta e saca sua espada. Ela corre em direção ao Ente e dá dois cortes em suas laterais, após isso pula em suas costas mandando mais três golpes e por fim um ataque na cabeça. Parecia ser o suficiente para ela, mas o Ente se mostrou mais resistente do que parecia, e não tombou. Então como contra ataque, Ente lança uma de suas habilidades especiais: O Caminho das Raízes. Ele põe as mãos, que mais parecem raízes, no chão e fica em silêncio. Elesis ainda surpresa com a resistência de Ente não presta atenção nas raízes que vieram rastejando como cobras em sua direção. As raízes prendem Elesis pela perna e o Ente a suspende no ar imobilizando-a. Ele a traz para perto e diz:

 

– É o seu fim! Isso é por todos aqueles que você e seus amigos prejudicaram!

 

Ente então enrola três de suas raízes fazendo um tipo de arpão com o intuito de perfurar Elesis. Mas ao tentar atacá-la, Elesis pega sua espada e corta as raízes, fazendo Ente gritar de dor. Nesse momento, as raízes que prendiam Elesis se afrouxam e ela consegue se soltar. Ela se levanta e aponta a espada para o Ente.

 

– Você pediu por isso Ente, eu não tenho outra escolha! – falou Elesis erguendo sua espada.

 

– Espere! O que vai fazer?! – perguntou o Ente assustado

 

– Haaa!!! Espada de Fogo!!!!!!

 

A espada de Elesis começa a brilhar, num vermelho muito forte. Ela pula e gira no ar, fazendo com que chamas saiam da lâmina de sua espada. O Ente é atingido em cheio. E pegando fogo, o Ente se joga no chão e começa a se debater. Após alguns instantes o fogo se apaga e com muito esforço ele se levanta, olha para sua adversária.

 

– Fui derrotado... Ande logo! Termine! – disse o Ente aguardando a morte.

 

– Não – respondeu Elesis friamente.

 

– O que? Quer dizer que você vai ter pena de mim agora ruiva? – perguntou Ente ofendido.

 

– Não é isso – disse Elesis parecendo incomodada.

 

– Então o que é?

 

– Eu não sou sua inimiga, eu não preciso e não quero matá-lo. Ainda mais sabendo que só me atacou porque foi enganado pelo verdadeiro inimigo – explicou Elesis.

 

– O que quer dizer com isto? – perguntou o Ente sem entender.

 

– Não fui eu e nem nenhum membro da Grand Chase que atacou a sua floresta. Foram os soldados de Cazeaje – disse Elesis.

 

– Porque Cazeaje atacaria minha floresta?

 

– Não sei o porquê, mas pode ter certeza de que eu vou descobrir.

 

– Entendo. Bem, me desculpe por tudo menina Elesis. Realmente peço o seu perdão. Meu ódio me cegou e acabei atacando você sem motivo algum – disse o Ente tristemente.

 

– Não se preocupe, sei que só queria proteger sua casa – falou Elesis com um sorriso no rosto.

 

– Obrigado. Agora se me permite, vou descansar, como pode ver vou ter muito trabalho pra restaurar a floresta depois. – disse o Ente virando de costas e entrando na floresta.

 

– Adeus Ente – disse Elesis.

 

– Adeus – falou o Ente erguendo a mão de raiz e acenando.

 

Então após sua batalha com Ente, Elesis segue seu caminho. Muito cansada de tanto andar e lutar ela acaba numa torre. Ela era alta, negra e possuía formato cilíndrico. Suas paredes eram de pedra e a arquitetura era arcaica. Parecia ser um lugar velho e abandonado. Havia também uma porta de tamanho médio e era totalmente feita de madeira.

 

Um pouco nervosa, Elesis abre a porta e entra. A sua frente havia um corredor feito também de pedra e que levava, ao centro da torre. Ao chegar lá viu uma enorme escada de pedra em espiral que ia até o topo da torre.

 

Olhando com mais cuidado para o salão central, Elesis pôde ver uma menina sentada no chão. Ela era bonita, aparentava ter uns 15 anos, talvez um pouco menos. Tinha cabelos roxo-lilás e vestia uma roupa de cor igual. Ela se aproxima da menina e diz:

 

– Olá?

 

– Aaaaahh! – gritou a menina assustada

 

– Aaaaaahhh! – gritou Elesis espantada com o grito da menina.

 

– Você me assustou! – exclamou a menina.

 

– Você também me assustou, gritando desse jeito!

 

– Isso não vem ao caso, quem é você? – perguntou a menina.

 

– Eu sou Elesis, guerreira espadachim do reino de Canaban. No momento sirvo a Grand Chase – dizer essas palavras dava certo prazer a Elesis – E você? Quem é? – perguntou à menina.

 

– Eu sou Arme, maga violeta do reino de Serdin. E no momento também sirvo a Grand Chase – respondeu ela.

 

– Olá Arme, prazer em conhe... Espera! Você disse maga violeta de Serdin? – disse Elesis subitamente.

 

– Sim, eu disse – respondeu Arme estranhando a situação.

 

– Então você deve ser uma das duas pessoas que eu deveria conhecer e formar a unidade de batalha!

 

– É isso mesmo! – falou Arme.

 

– Nossa que legal, uma maga de verdade. Eu nunca tinha visto uma.

 

– É sério? Então agora você conhece uma, e vai presenciar meus poderes todos os dias. Estou ansiosa pra termos nossas missões juntas.

 

– Eu também! Mas... – disse Elesis.

 

– Mas? – perguntou Arme curiosa.

 

– Quem será a terceira?

 

Após Elesis dizer isso, uma terceira voz surge no salão principal.

 

– Sou eu!

 

Elesis e Arme olham para a direção da voz e lá estava, uma menina de orelhas pontudas, loira, com rabo de cavalo com um aljave de flechas nas costas e um arco na mão.

 

– E quem seria você? – perguntou Elesis.

 

– Eu sou Lire, arqueira guerreira vinda da floresta de Eruel no reino Élfico e sirvo a Grand Chase. E vocês? Têm nomes? – perguntou Lire.

 

– Eu sou Elesis!

 

– E eu sou Arme!

 

– Muito prazer meninas.

 

– O prazer é todo nosso. – disse Arme parecendo muito feliz.

 

– Pude notar que nosso grupo é bem forte. Temos você de espadachim, ela de maga e eu de arqueira.

 

– Como sabe que sou espadachim?

 

– Sua espada a denuncia.

 

– Verdade.

 

– E como sabe que sou maga?

 

– Este seu objeto na mão não é apenas um pedaço de madeira é Arme? Isto é um Cetro, dado somente àqueles que alcançam um nível considerável em magia.

 

– Nossa...

 

Elesis, Lire e Arme ficaram conversando durante duas horas inteiras, para se conhecerem um pouco melhor e descansar um pouco da viagem. Elesis ficou grande parte do tempo fazendo perguntas sobre os elfos para Lire, afinal, ver um elfo é raro e ela queria saber muito sobre eles. Conversa vai, conversa vem e Lire finalmente diz:

 

– Meninas, como vamos sair daqui?

 

– Como assim? – perguntou Elesis.

 

– Veja, não podemos sair do mesmo jeito que entramos, afinal, viemos cada uma de um lugar diferente – explicou Lire – E acho que vocês, assim como eu, foram teleportadas para um lugar aleatório e de lá trilharmos nosso caminho até chegar aqui.

 

– É mesmo – disse Arme – E agora? O que faremos?

 

– Eu voto por subirmos a torre – disse Elesis com firmeza.

 

– Boa ideia – falou Lire.

 

– Não acho que seja – disse Arme nervosa – Afinal, pode haver monstros que nunca vimos por aqui e talvez a gente não consiga derrotá-los.

 

– Não se preocupe Arme, nós três juntas podemos derrotar qualquer coisa – disse Lire tentando acalmá-la.

 

– Como sabe disso Lire, afinal, nunca vimos os poderes uma da outra – disse Arme.

 

– Concordo com ela Arme – falou Elesis gentilmente.

 

– Você também Elesis? – disse Arme descontente.

 

– Sim – respondeu Elesis – Nós podemos ter nos conhecido agora, mas eu sinto que juntas somos imbatíveis.

 

– Exatamente! – disse Lire sorrindo – Eu sinto o mesmo!

 

– Vocês não vão me dar escolha não é? – perguntou Arme desistindo.

 

– Não – responderam Elesis e Lire juntas.

 

– Eu ainda acabo com vocês – falou Arme, fazendo as novas amigas rirem.

 

Elas juntaram suas coisas e começaram a subir. Era um caminho considerável até o próximo andar e elas não podiam descansar se quisessem sair dali. Depois de um tempo de subida, elas chegaram a mais uma porta de madeira. Então Lire põe a mão na maçaneta, olha pra trás e diz:

 

– Vamos?

 

– Sim! – disseram Elesis e Arme.

 

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Ao abrir a porta, as garotas encontraram uma coisa pela qual já estavam esperando: mais escadas. Só que dessa vez tinham vários monstros esperando por elas e não tinha outro jeito, elas teriam que lutar.

 

– Isso aqui é sério? – perguntou Elesis incrédula – Quero dizer, subir escadas já é cansativo e ainda vou ter que lutar?

 

– Não se preocupe, estamos juntas. – comentou Lire – Vai ser fácil.

 

– É bom que seja mesmo, para o bem de vocês – disse Arme em tom ameaçador.

 

E no fim das contas Lire tinha razão, as garotas passaram pelos monstros como se fossem de papel. Então, após derrotar os monstros elas continuaram subindo a escadaria e deram de cara com outra porta de madeira. E vendo isso Arme comenta:

 

– Já até sei onde isso vai dar.

 

– Pára com isso Arme – disse Lire, nervosa com os comentários negativos da amiga – Do outro lado da porta fica a saída quer apostar?

 

– Ela tem razão sabia? Você precisa ser mais otimista Arme – comentou Elesis sorrindo.

 

– Quer ver? Vou abrir a porta e na–

 

Lire nem termina a frase e cinco Goblins pulam encima dela dando estocadas em sua cabeça, fazendo-a gritar de dor.

 

– Aaaaahhh!

 

– Lire! Haaaaa... Golpe Fatal! – gritou Elesis brandindo sua espada contra os goblins.

 

– Eeee... Mais uma vez eu tenho razão e vocês são umas idiotas! – falou Arme furiosa por não ter sido ouvida.

 

– Fica quieta e ajuda! – gritou Lire.

 

– Iaaaaahhhh!!!! Relâmpago!!!!!

 

O Golpe Fatal de Elesis tirou todos os cinco Goblins de cima da Lire. E o Relâmpago de Arme os finalizou sem muita demora.

 

– Aprendam a me escutar, assim da próxima vez a gente evita os fãs aloprados – brincou Arme.

 

– Foi maaaal – falaram Elesis e Lire.

 

Com mais cautela depois do ataque surpresa, as garotas continuaram a subir e a derrotar todos os monstros. Eles nem eram grande desafio, até porque eram todos Goblins e Gosmas.

 

Elas subiram mais dois andares do mesmo jeito, até que chegaram numa porta de aço. Esta era diferente de qualquer uma que elas já tinham visto desde que chegaram à torre. Ela possuía marcas peculiares em toda a sua forma e no centro dela havia três buracos circulares e uma escritura: “Somente aqueles que possuem fragmentos das três jóias poderão passar”. As garotas se entreolham e Elesis pergunta:

 

– Como assim? Que jóias são essas?

 

– São jóias mágicas. Rubi, Safira e Topázio - explicou Arme.

 

– Como sabe que são essas três? – perguntou Lire impressionada.

 

– São jóias básicas para se construir coisas. Muito usadas por alquimistas e ferreiros.

 

– Já to vendo que esse tipo de conhecimento da Arme vai ser muito útil futuramente. – comentou Elesis.

 

– Tá, mas, onde vamos arrumar essas jóias? – perguntou Lire.

 

– Eu não sei onde, mas primeiro precisamos saber como elas são – falou Elesis

 

– Eu não acho que vamos conseguir encontrar alguma delas por aqui – disse Arme desanimada.

 

– Porque não? – perguntou Lire desesperando-se.

 

– Só são encontradas no fim do Continente de Ellia.

 

Houve um momento de silêncio. Lire abriu a boca e nada saiu, mas o silêncio não durou muito. Foi interrompido por um berro de Elesis:

 

– O QUE?!

 

– É isso mesmo – falou Arme fazendo pouco caso do desespero alheio.

 

– Arme me diz uma coisinha – começou Elesis.

 

– Sim?

– PORQUE VOCÊ TA TÃO TRANQUILA COM TUDO ISSO?! – berrou a ruiva.

 

– Ficar nervosa não vai resolver nada mesmo.

 

Elesis ficou discutindo com Arme sobre o fato de ela não parecer nem um pouco preocupada com a situação e porque uma maga não possuía jóias mágicas. Só depois de muita discussão as duas notaram Lire de pé na frente da porta olhando fixamente a escritura. Então Lire diz:

 

– “Somente aqueles que possuem fragmentos das três jóias poderão passar”. Arme! – chamou Lire.

 

– O que foi?

 

– Se eu quebrar uma dessas jóias, é possível juntar seus pedaços novamente?

 

– Não. Essas não são jóias comuns; quando quebram, seus pedaços se transformam em círculos de tamanhos iguais. Mas quebrar é um desperdício, elas perdem muito do seu poder e valor.

 

Então nesse momento Lire aponta para os buracos na porta e as garotas entendem na mesma hora.

 

– É isso! – exclamou Elesis com esperança – Não precisamos das jóias inteiras, só de seus fragmentos. Mas é possível conseguir isso por aqui?

 

– Sim. E acho que sei onde podemos conseguir – comentou Arme, para a felicidade geral do grupo.

 

– Com quem? E onde? – perguntou Lire.

 

– Aqui mesmo. Essa torre está infestada de Goblins e eles adoram coisas que brilham. É bem possível que eles tenham roubado pedaços inutilizados das jóias nas lojas de ferreiro. Eles nunca usam as jóias inteiras e sempre sobra um pedaço ou outro.

 

– Ótimo! Vamos quebrar alguns Goblins! – falou a elfa, descendo as escadas com Arme.

 

– Peraí! – falou Elesis, fazendo Lire e Arme pararem.

 

– Hã? – disseram juntas.

 

– São umas pedrinhas redondinhas vermelhas, azuis e amarelas?

 

– Sim - respondeu Arme – porque pergunta?

 

– Eu acho que a maioria dos Goblins que derrotamos deixaram cair esses fragmentos.

 

– E porque você não pegou quando viu cair?! – perguntou Lire furiosa.

 

– Não achei que fôssemos precisar.

 

Lire e Arme se entreolharam e depois miraram Elesis como se fosse um alvo. Elas não viram as jóias porque atacam de longe e a única que ataca de perto e poderia ter visto isso era Elesis.

 

– Que foi? – perguntou a ruiva.

 

– Como assim não achou que precisaríamos? – perguntou Arme – Tudo aquilo que os monstros deixam cair tem valor!

 

– Sério?

 

– Nem vou comentar nada – disse Lire impaciente – Vamos logo, temos que pegar os fragmentos.

 

As garotas desceram as escadas e por sorte no andar debaixo encontraram os três fragmentos de jóia. Rapidamente, voltaram a subir e chegaram novamente na porta. Lire se aproxima com os três fragmentos e diz:

 

– Espero que funcione.

 

– É bom mesmo – comentou Elesis – caso contrário estaremos presas aqui.

 

– Vai dar certo, pode confiar – disse Arme sorrindo.

 

Então Lire põe os três fragmentos de jóia na porta e em questão de segundos a porta se abre, mostrando um lugar totalmente diferente da torre. Parecia ser uma arena de batalha congelada com estalactites de gelo no teto. Era redonda e não parecia ter ninguém dentro, mas havia um portal atrás de uma grade de titânio. As garotas adentraram o local e então Arme diz:

 

– Legal, entramos! Agora é só entrar naquele portal e ir embora daqui.

 

– Não acho que seja tão simples assim – disse Lire.

 

– Como não? – perguntou Elesis – É só a Arme lançar umas bolas de fogo pra derreter a grade e depois você mete bala pra poder quebrar o que ficar no caminho.

 

– A menos que a Bola de Fogo da Arme tenha o mesmo calor que o sol, o que eu duvido muito, a gente não vai conseguir derreter ou muito menos quebrar aquelas grades – disse Lire.

 

– Ei! Fique sabendo que minha Bola de Fogo é muito poderosa!

 

– Mas não queima como o sol – falou Elesis.

 

– Pode até ser, mas um dia queimará!

 

– Precisamos disso pra agora Arme – disse Lire.

 

– Vocês não vão derreter a minha grade – falou uma voz desconhecida.

 

As meninas olharam para todos os lados e não viram ninguém. Então Elesis pergunta:

 

– Quem está aí?

 

– “Quem está aí?” Vocês é que entraram na minha torre! Vocês é que devem dizer quem são! – exclamou a voz.

 

– Desculpe-nos, nós estamos numa missão de treinamento – explicou Arme – Somos da Grand Chase.

 

– Ei! Não sai entregando a gente assim, nem sabemos se é amigo ou inimigo – repreendeu Lire.

 

– Foi mal.

 

– Vocês são da Grand Chase? Hmm... Interessante – falou a voz.

 

– Será que pode nos ajudar? – pediu Elesis – Nós queremos ir embora, e precisamos que abra o portão.

 

– Ir embora? Eu acho que não – falou a voz cada vez mais fria – Muaaahahahahaa!

 

A sala começa a tremer e as garotas fazem esforço para se manter de pé. Para a surpresa delas, o que parecia ser uma estalactite era na verdade as costas de uma criatura. Ela tinha pelo menos dois metros de altura, possuía pelo branco, chifres congelados e um sorriso maligno no rosto.

 

– Quem é você e o que quer com a gente? – perguntou Elesis em tom desafiador.

 

– Eu sou Wendy, a mestra desta torre e vocês não sairão daqui até me derrotar!

 

– Nós não queremos lutar! – exclamou Lire.

 

– Vocês não têm escolha! – exclamou Wendy.

 

E então, Wendy se comprime como uma bola e começa a rolar. Com tal tamanho ela era provavelmente muito pesada e esmagaria as garotas facilmente. Elas então saltam juntas para um canto e conseguem desviar do rolamento.

 

– Vamos ter que lutar – disse Elesis se levantando - não tem jeito.

 

– Com certeza! – exclamou Lire – Não quero morrer na missão de treinamento.

 

– Vocês querem mesmo fazer isso? – perguntou Arme com a voz trêmula – Correr não é melhor?

 

– Para onde nós podemos ir Arme? – perguntou Elesis – Nosso único meio de escapar é derrotando Wendy.

 

– Exatamente – confirmou Lire segurando o arco e tirando uma flecha do aljave.

 

– Se eu continuar ouvindo vocês, vou acabar morrendo jovem – falou Arme pegando seu Cetro e fazendo as meninas sorrirem com seu comentário.

 

– Isso não é hora pra conversa, é Grand Chase?

 

E dizendo isso, Wendy assopra um vento gélido que congela todo o caminho percorrido por ele. Apavorada com o que aconteceria se as atingisse, Lire grita:

 

– Fujam!

 

Ela e Arme conseguem escapar, mas Elesis é atingida no pé e não consegue se mexer.

 

– AAAAHHHH!!!! MINHA PERNA CONGELOU!!! – berrou Elesis – GAROTAS ME AJUDEM NÃO POSSO ME MEXER!

 

– Elesis! – gritou Lire – Arme ajude-a enquanto eu distraio a Wendy!

 

– O que eu faço?

 

– Dá seu jeito! Você possui poderes de fogo não é? Tenta aquecer o pé dela pra derreter o gelo.

 

– Deixa comigo!

 

– Wendy!!!!!! Aaahhhh... Rajada de Flechas!!!!

 

As flechas de Lire acertam Wendy, que vira sua atenção para ela. Lire sai correndo em volta da sala, atirando flechas contra a cabeça de Wendy para manter sua atenção nela enquanto Arme ajudava Elesis.

 

– Arme, faça algo rápido. O gelo esta começando a subir pelas minhas pernas.

 

– É um ataque de gelo que se alastra pelo corpo conforme o tempo. Eu vou ajudar, espera... Bola de Fogo!

 

– AAAAHHHHH!!!! ARME! VOCÊ TA QUERENDO DERRETER O GELO OU A MINHA PERNA!?

 

– Desculpa! Eu preciso me concentrar pra manter o fogo em minhas mãos.

 

E dizendo isso, Arme fecha os olhos e se concentra em seus poderes. Em instantes a mão dela começa a brilhar e ela a põe sobre a perna de Elesis. Imediatamente o gelo começa a derreter e Elesis começa a movimentar seu pé novamente. E com um pouco mais de calor o gelo é completamente derretido. Arme ajuda Elesis a se levantar e então Lire berra:

 

– GAROTAS! DA PRA SER OU TA DIFICIL?

 

– Já estamos indo! – gritou Elesis.

 

– WENDY! – berrou Arme

 

Após Arme gritar seu nome, Wendy olha pra ela e acaba levando uma bola de fogo certeira no meio do rosto. As meninas circulam a sala e ficam juntas novamente. Então Arme pergunta:

 

– E agora? O que faremos?

 

– Precisamos de um plano de ação – falou Elesis.

 

– Acho que tenho um – comentou Lire.

 

– Então fala rápido porque minha bola de fogo ja ta perdendo o efeito.

 

– Quais são suas habilidades mais poderosas?

 

– Crítico X – disse Elesis prontamente.

 

– Meteoros – falou Arme.

 

– A minha é a Tempestade de Flechas – falou Lire.

 

– Nossa Arme, é sério isso de Meteoros? – perguntou Elesis.

 

– É sim e é muito legal – disse Arme toda feliz – você tem que ver como eles sur–

 

– Ei – disse Lire estalando os dedos – Concentra!

 

– Foi mal – disseram Elesis e Arme.

 

– Vamos ao plano – continuou Lire – Ele é bem simples. Vamos usar nossas melhores habilidades uma atrás da outra, assim derrotaremos ela mais facilmente.

 

– Por mim tudo bem! – comentou Elesis.

 

– Eu tenho um problema – informou Arme.

 

– E qual é? perguntou Lire.

 

– Meus meteoros exigem muita energia e eu preciso de tempo para juntar tanta.

 

– Isso não é problema. Você vai ficar aqui concentrando sua energia e eu e a Elesis vamos atacar primeiro. Quando você der o sinal nós usaremos as habilidades.

 

– Perfeito! – exclamou Arme.

 

– Então vamos logo porque ela esta vindo – disse Elesis – e o bicho é grande!

 

Após uma breve risada, Arme fica na ponta dos pés, estufa os peitos e diz: Espíritos do Fogo, Água e Terra me dêem forças!

 

Então, vários feixes de luz começam a ir em direção de Arme, entrando em seu corpo. Lire e Elesis não entenderam muito bem, mas iniciaram o ataque. Wendy tentou socos um após o outro, e as garotas simplesmente mandaram ataques leves, como espadadas na perna e flechadas no peito. Wendy possuía uma pele dura, como gelo, então não sentiu muita coisa. Elas continuaram ganhando tempo para Arme até que ela estivesse pronta. E alguns segundos depois, ela deu o sinal. E Lire grita:

 

– Elesis, agora!

 

– Deixa comigo!

 

Wendy foi pega de surpresa, pois Elesis apareceu rapidamente em sua frente e quando chegou embaixo dela gritou: Aaaahhh!!!! Crítico X!!!

 

A espada de Elesis brilha e sua lamina cresce, ela dá um corte para cima e depois cai com a ponta da espada apontada para o inimigo. Wendy sente o corte e põe a mão no peito dando passos para trás. Lire estava atrás dela esperando e grita: Tempestade de Flechas!!!!

 

Flechas giratórias atingem Wendy em todo o corpo e a fazem cair no chão. E assim Arme continua a sequência gritando: Aaaaaahhh Meteoro!!

 

Meteoros apareceram no teto da arena e caíram por cima de Wendy. Ela não conseguia mais se mover e caiu derrotada.

 

– Ufa! Parece que conseguimos! – disse Lire animada, olhando para Wendy.

 

– Sim, somos bem fortes! – exclamou Elesis jogando os braços pro ar.

 

– Com certeza – afirmou Arme sorrindo.

 

– Mas – começou Lire – como vamos sair agora?

 

– Boa pergunta – disse Elesis.

 

E ao dizerem isso, a Comandante Lothos surge no portal atrás da grade de titânio, que se abre no mesmo instante. Ela entra na arena e diz:

 

– Parabéns meninas! Vocês conseguiram, ou não.

 

– Comandante Lothos? – perguntou Elesis espantada – O que faz aqui e o que quer dizer com isto?

 

– Wendy! – chamou a comandante.

 

– Já posso levantar? – perguntou Wendy com uma voz diferente da anterior, essa era mais suave e gentil.

 

– O que?! – exclamaram as meninas juntas.

 

– Vocês acharam mesmo que poderiam derrotar a Wendy? – começou Lothos - No nível de batalha de vocês é impossível. Ela é uma valiosa companheira da Grand Chase e concordou em fazer este teste com vocês.

 

– É isso mesmo! – disse Wendy com um sorriso no rosto – Gostei de ver garotas, vocês são apenas iniciantes mas são muito fortes e têm potencial.

 

Elesis, Lire e Arme ficaram sem fala. Então tudo pelo o que passaram foi um simples teste planejado? Não era possível. Elas ficaram em silêncio por mais alguns momentos até que Elesis disse:

 

– Obrigada, hã, Comandante Wendy?

 

– Sargento – disse Wendy sorrindo de novo.

 

– Então, obrigada Sargento Wendy.

 

– E agora? - perguntou Lire.

 

– Vocês vão voltar por QG e aguardar novas ordens – disse Lothos – Aproveitem o tempo livre para tomar um banho e se conhecerem melhor.

 

– Mas comandante, acho que nossos dormitórios ficam em zonas diferentes – falou Arme.

 

– Aqueles lugares de antes não eram os nossos QGs. Eram apenas campos de treinamento. Vocês agora são guerreiras Grand Chase completas e vão dormir no mesmo quarto e dessa vez em um dos verdadeiros QGs. E então, podemos ir?

 

– Sim, senhora! – exclamaram as meninas.

 

– Obrigada por tudo Wendy, até a próxima – agradeceu Lothos.

 

– O prazer é sempre meu comandante. Se cuidem meninas – falou Wendy.

 

– Pode deixar! Obrigada Wendy! Até logo! – disseram Elesis, Lire e Arme respectivamente.

 

E então, as meninas e a comandante ficaram encima do portal, acenaram para Wendy e desapareceram da Torre Sombria.

 

 

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Após alguns instantes, as meninas puderam notar que estavam num lugar completamente diferente do antigo “QG”. Era tudo mais sofisticado e não havia nenhum sinal de batalha, o que era uma coisa pouco comum nos QGs em tempos como esse.

 

– Muito bem – começou Lothos – o quarto de vocês é o 515. Seus pertences estão no Hall ali adiante; ativem aquele portal e ele as levará aos corredores dos quartos. Estão dispensadas por hoje, se acomodem e durmam bastante, vocês tem um grande dia amanhã.

 

– Sim senhora! – exclamaram as três.

 

As meninas pegaram suas coisas, entraram no portal e deram de cara com um corredor todo de pedra; archotes nas paredes iluminavam o local e havia uma placa, logo na entrada, escrito: 500 a 520. Seguiram em frente até achar o quarto.

 

Ao abrir a porta elas se depararam com um quarto muito bonito e nele haviam três camas bem colocadas, três mesas de cabeceira, uma estante com espelho, um banheiro, um armário, além de duas janelas grandes. Estava bem claro que apesar de tudo parecer ótimo, teriam que aprender a dividir o que tinham se quisessem viver felizes.

 

– Nossa, isso é bem melhor do que eu achei que seria – disse Elesis – Muito bom mesmo.

 

– Verdade – comentou Lire em seguida - Parece ser bem aconchegante.

 

– Como assim muito bom? – exaltou-se Arme – Isso aqui é demais! Achei que fôssemos dormir num cubículo e dividir o banheiro com o QG inteiro; mas isso aqui é a maior mordomia! Já é!

 

– Você devia pensar positivo às vezes sabia Arme? – falou a ruiva

 

– Depois dessa, talvez eu comece mesmo.

 

– Bom, vamos nos acomodar. – disse a elfa – Para evitar brigas na escolha das camas, vamos ser democráticas, vamos tirar no pali...

 

– Eu não me importo com o lugar onde vou ficar – falou Elesis.

 

– Nem eu – comentou Arme.

 

– Menos mal, menos uma discussão aqui. – falou Lire - Eu fico com a cama do meio, Arme com a direita e Elesis com a esquerda?

 

As duas assentiram e jogaram suas coisas encima das camas. Então Lire continuou:

 

– Vou arrumar minhas coisas.

 

– Eu vou tomar um banho – anunciou Arme – alguém quer vir junto?

 

Elesis e Lire ficaram vermelhas com o que Arme acabara de dizer.

 

– Co-Como assim? – gaguejou Elesis – Juntas? Juntinhas? Peladonas?

 

– É. – confirmou a maga violeta – Somos todas mulheres e ainda por cima amigas, não vejo nada demais nisso.

 

Lire e Elesis se entreolharam e, parecendo muito constrangidas, nada disseram. Arme, meio confusa, perguntou:

 

– Que foi?

 

– Nada, vai tomar seu banho. – disse a espadachim.

 

Arme então pega sua toalha e vai até o banheiro. Elesis fica quieta arrumando suas coisas e Lire faz o mesmo. Alguns instantes depois Elesis vira pra Lire e diz:

 

– Vou pro banho.

 

– Mais a Arme ainda esta lá. – disse a elfa

 

– É eu sei, mas é como ela disse, somos amigas certo? Fui!

 

– É muito divertido! – gritou Arme do banheiro – Venham Logo!

 

Enquanto Elesis e Arme estavam conversando e tomando banho juntas, Lire continuou a arrumar suas coisas. Ela não sabia por que, mas as palavras de Arme não saiam da sua mente. “Somos amigas”...

 

– Amigas... – sussurou Lire – É novidade pra mim.

 

Vários minutos depois, Elesis e Arme saíram do banho e encontram Lire sentada na cama segurando um colar. Ele era magnífico, era feito de ouro e também era muito bem trabalhado, tinha uma forma arredondada e possuía, o que parecia ser, asinhas brancas além de uma pedra de jade no centro dele. Ela não estava muito feliz olhando-o, mas não parecia que queria jogá-lo fora. Ela estava tão perdida em seus pensamentos que nem notou que as meninas tinham saído do banho. Até que...

 

– Que colar lindo Lire – comentou Elesis.

 

– Hã? O que? – espantou-se Lire olhando para as meninas.

 

– Seu colar – repetiu – Ele é muito bonito.

 

– Ah sim, ele é – falou, voltando a olhar para o colar em suas mãos.

 

– Onde você o comprou?

 

– Eu o ganhei. Deram-me de presente.

 

– Você não parece muito feliz com isso. – comentou a maga – Na verdade fica bastante desatenta e triste quando olha pra ele.

 

– Foi minha mãe quem me deu e bem... Ela morreu.

 

Elesis e Arme não souberam o que dizer. Ficaram em silêncio olhando uma pra outra com cara de bobas. Como não puderam notar que algo assim tivesse acontecido? Ninguém olha pra uma coisa tão bela como aquela e fica daquele jeito.

 

– Mas, vocês estão enganadas.

 

– Hã? – disseram Arme e Elesis.

 

– Eu não fico triste quando olho pra ele, eu apenas me lembro dos momentos que passei com ela. Por isso que eu fico viajando assim.

 

– Lire me desculpe – disse a maga - Não sabíamos disso.

 

– Tudo bem, não é culpa de vocês. Bem, acho que agora eu vou tomar meu banho.

 

– Certo – disse Elesis aderindo à súbita mudança de assunto, querendo apenas se livrar da atmosfera ruim que ficou.

 

Lire guardou seu colar na mesa de cabeceira, pegou sua toalha e foi tomar banho. Elesis voltou a arrumar suas coisas e Arme, após secar e pentear o cabelo se juntou a ela. Depois de alguns minutos, Lire sai do banheiro pega suas roupas e se veste.

 

– Bom, acho que terminei – disse Elesis.

 

– É, acho que eu também – Arme falou do outro canto do quarto.

 

– Agora é hora de dormir, amanhã temos um longo dia – disse Lire.

 

As meninas sorriram umas pras outras e dando boa noite, deitaram em suas camas e fecharam os olhos. Enquanto Elesis e Arme dormiam, Lire ficou acordada pensando no que dissera para as duas.

 

– Desculpem-me meninas, eu tive de mentir sobre o colar. Não quero que saibam dele ainda – pensou Lire, caindo também, num sono profundo.

 

No dia seguinte...

 

– LEVANTEM! – berrou Lothos ao abrir a porta com um chute.

 

– Hã? O que? Onde? Quem? – balbuciou Arme ainda meio grogue.

 

– Mais cinco minutinhos mãe – resmungou Elesis, puxando o lençol mais perto do corpo.

 

– Bom...dia...comandante – falou Lire, bocejando e esfregando os olhos.

 

– O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI!? – continuou Lothos ao berros.

 

– Porque essa gritaria toda? – reclamou Arme.

 

– Como assim? – perguntou Lire, parecendo confusa – Aqui é o nosso quarto.

 

– Eu mandei – começou Lothos, finalmente baixando a voz - vocês me encontrarem no Hall ás 9 horas da manhã. Já são 10 e vocês ainda estão dormindo.

 

– Comandante... – começou Arme – sem querer desrespeitar mas... – hesitou.

 

– Mas o que?

 

– A senhora não disse isso não.

 

– Como não?

 

– Estou lhe dizendo, e tenho minhas amigas para confirmar, que a senhora não nos disse nada disso.

 

– Bom...estou dizendo agora, de pé! Vistam-se e me encontrem lá embaixo em 15 minutos.

 

– Sim senhora! – exclamaram Lire e Arme.

 

– ELESIS! – gritou Lothos - ACORDA MENINA!

 

– Hein? Que foi? – disse Elesis levantando a cabeça e se desvencilhando dos lençóis ao ver a comandante.

 

– Lá embaixo! 15 minutos.

 

Elesis pula da cama no mesmo instante em que a comandante sai do quarto. As meninas rapidamente começam a se vestir.

 

– A comandante ta meio esquisita hoje – comentou Arme.

 

– Deve estar tendo um dia ruim ou só acordou de mal humor – arriscou Lire.

 

– Como pode estar tendo um dia ruim se ainda são 10 horas da matina? – perguntou Elesis.

 

– Ela acorda ás 5 da manhã Elesis – falou Arme.

 

– Ah ta explicado o mal humor.

 

– Vamos logo, rápido! – apressou Lire.

 

Com uma velocidade impressionante as meninas saem do quarto e quando chegam ao portal Elesis se da conta de que esqueceu as botas, então, ela volta ao quarto, veste a bota e volta correndo. Elas ativam o portal e correm para o Hall onde Lothos estava a espera delas.

 

– Bom dia. – falou Lothos - Hoje eu vou mostrar a vocês as instalações do nosso QG, pois ele possui vários setores diferentes e não queremos que vocês fiquem perdidas por aqui, então, venham comigo.

 

As meninas a seguiram comentando, baixinho, a rápida mudança de humor de Lothos. Obviamente, a comandante não tolerava atrasos ou desrespeito as ordens dela. Então ela as guiou por um corredor, igual ao que levava ao quarto delas, e entrou na porta que havia no fim dele. Era uma sala muito alta e haviam vários portais nela.

 

– Aqui existem mais de 20 portais. Vocês não podem acessar todos eles ainda, é preciso ter um nível de poder específico para entrar em alguns. Inicialmente vocês podem acessar esses cinco.

 

Lothos aponta para os cinco portais um após o outro.

 

– Eles são: Gerenciamento, Biblioteca, Loja, Sala de Treinamento e Refeitório.

 

– Comandante – chamou Arme, com a mão levantada - Você poderia explicar a função de cada um?

 

– Certamente. A sala do Gerenciamento é o lugar onde vocês podem se informar sobre suas próximas tarefas e outras dúvidas que vocês possam ter. Na biblioteca vocês têm acesso ao maior database de monstros do mundo, lá vocês podem ver os dados de cada monstro já registrado e ver seus pontos fracos, habilidades e outras coisas. A loja é um dos lugares mais freqüentados aqui, porque, lá vocês podem comprar equipamentos e acessórios que as deixarão mais poderosas, mas saibam que nem todos os equipamentos e acessórios estão disponíveis. Todos eles possuem um medidor de nível, ou seja, vocês só podem usar ao adquirir o nível de poder exigido por cada um. Lá vocês também podem adquirir mascotes que podem auxiliá-las na hora da luta e muitas outras coisas, passem lá depois e confiram vocês mesmas. A sala de treinamento e refeitório dispensam apresentações.

 

– Comandante – dessa vez Lire levantou a mão – Como é possível saber o nosso nível de poder?

 

– Na sala de Gerenciamento existe um piso encantado capaz de fazer a leitura do seu corpo e determinar o seu nível. O nível máximo que se pode alcançar é 75 e chega de perguntas. Quero que peguem uma missão e quando terminarem se reportem a mim; perguntem no Gerenciamento onde fica a minha sala.

 

– Sim senhora! – exclamaram as três.

 

As meninas seguiram e entraram no portal do Gerenciamento. Foram mandadas pra uma sala enorme, era circular e o teto era alto. Várias mesas estavam dispostas em fileira e havia uma multidão de guerreiros. Muitos aparentavam ser poderosos enquanto outros eram novatos iguais as meninas.

 

– Acho que devemos perguntar a alguém onde pegamos as nossas missões – falou Lire.

 

– Tem um Cavaleiro ali que parece ser experiente – disse Arme – vou lá perguntar.

 

Segundos depois ela retorna com um sorriso no rosto e diz:

 

– Parece que tem um balcão com uma moça lá trás que entrega as missões.

 

– Vou lá ver qual é – disse Elesis.

 

Alguns minutos se passaram e Elesis volta trazendo consigo um pergaminho enrolado numa fita dourada e ao se aproximar das amigas ela diz:

 

– Foi bem fácil; ela só perguntou os integrantes da nossa equipe. Parece que tem uma gaveta só pra gente.

 

– Tá pensando o que? Somos importantes minha filha – brincou Arme.

 

Após algumas risadinhas Lire diz:

 

– Abre isso aí, vamos ver qual missão pegamos.

 

Elesis retira a fita, abre o pergaminho e lê em voz alta:

 

“Os arredores dos muros de Serdin estão sob ataque. Entre os atacantes, foram confirmados três tipos diferentes de soldados: Goblins, Goblins de Pedra e Oaks. Sua missão é ajudar os nossos soldados a derrotar as tropas inimigas e se possível eliminar seu líder, o Guerreiro Oak!”

 

– Iiihh, isso aí não vai prestar – falou Arme.

 

– Ah, qual é! – reclamou Elesis – Guerreiro Oak é molinho, nem vai dar pra suar.

 

– Quero ver falar isso na cara dele – disse Lire – e tem uma coisa, se esse guerreiro é lider de tropa, não deve ser um soldadinho comum.

 

– Isso pode até ser verdade, mas garanto que ele não vai ser páreo pra gente. Vamos nessa!

 

As meninas, foram então saindo do Gerenciamento e quando chegaram à sala de portais, foram direto ao portão principal, o mesmo pelo qual entraram na noite passada.

 

– E agora? – perguntou Arme - Como vamos chegar ao muro de Serdin?

 

Elesis abriu a boca e a fechou em seguida ao notar que não tinha resposta; olhou para Lire.

 

– Ta aí, essa é uma boa pergunta... – disse a elfa.

 

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E agora? O que deveriam fazer? A Comandante Lothos não havia dito nada sobre como chegar aos lugares designados em cada missão. Nenhuma delas tinha a menor idéia de como chegar aos Muros de Serdin, e elas sabiam que não era pra ir andando, afinal, levaria uns três dias para chegarem lá.

 

– Vou perguntar pro guarda ali – disse Elesis apontando para um homem próximo ao portão.

 

Ela volta momentos depois com a informação de que deveriam ir para uma construção que se encontrava não muito longe dali. Então,seguindo as indicações do guarda, elas chegam ao local. A construção era enorme e nela havia uma grande placa escrito: A Aeronave.

 

Passando pela porta da frente, elas acabam saindo num salão enorme com vários portais. Cada portal possuia palavras escritas em seu piso indicando o nome do local ao qual ele levava.

 

As meninas andaram um pouco pela aeronave, observando cada parte da estrutura. Levaram um tempinho para achar o portal certo e quando acharam, entraram nele e sumiram do QG.

 

O cenário era lamentável. O que antes poderia ter sido uma linda vista de vastas planícies e um muro muito grande e branco, era agora uma terrível visão do que fora um campo de batalha. Por todo o chão havia corpos de oaks, goblins e guerreiros.

 

– Ei, vocês! – chamou uma voz.

 

As meninas se viraram e deram de cara com um homem que vinha na direção delas, o braço estava ensanguentado e ele mancava.

 

– O que houve com seu braço? – perguntou Elesis.

 

– Goblins – disse o homem – não há tempo para explicações detalhadas.

 

– Mas o senhor esta ferido, nós temos que dar um jeito nesses machucados – disse Arme desesperada.

 

– Não se preocupe, eu vou viver e além disso, temos assuntos mais urgentes agora. Vocês três, sigam até aquele posto avançado e peguem o portal, recebemos um relatório de que as tropas inimigas estão invadindo por lá e não temos nenhum soldado naquela área. A coisa aqui ficou feia e perdemos o contato com o QG.

 

– Mas... O senhor está... – começou Arme e o homem a interrompeu.

 

– Vão! Agora!

 

As meninas correram em direção ao posto avançado e entraram no portal. Do nada, goblins e oaks começaram a atacar, saíram de vários lugares; era uma emboscada. Arme estava preocupada demais com o homem e se distraiu, então um dos monstros pulou encima dela e com o susto que foi imposto, não houve reação. Quando o goblin ia golpear Arme, uma flecha veio voando e acertou o goblin no peito prendendo-o contra a parede.

 

– Arme! – gritou Elesis apontando para as costas da amiga.

 

Ela se virou e viu um Oak pulando pra cima dela, brandindo o pequeno porrete, mas dessa vez ela reagiu. Levantou o cetro e exclamou:

 

– Bola de Fogo!

 

O Oak tombou no chão ardendo em chamas. Lire e Elesis correram pra perto dela para protegê-la.

 

– O que houve com você Arme? – perguntou Lire.

 

– Aposto que ela ainda está preocupada com o homem machucado. – disse Elesis - Esquece isso, ele vai ficar bem.

 

– Não, não vai. – falou Arme sombriamente.

 

Enquanto elas falavam os monstros se aproximavam.

 

– Porque não? – perguntou Lire espantada.

 

– Vocês não perceberam? Ele estava mentindo. Aqueles ferimentos estavam feios; ele deve ter sido emboscado pelos inimigos. Pode até ter conseguido derrotá-los, mas foi muito ferido na batalha.

 

– E o que vai acontecer com ele? – perguntou Lire, agora igualmente preocupada.

 

– Se ele não receber cura mágica, vai morrer.

 

Os monstros estavam cada vez mais perto, e alguns deles já erguiam suas armas.

 

– Arme – começou Elesis erguendo a espada – você pode ajudá-lo com seus poderes?

 

– Sim eu posso, mas não vou sair daqui. O que acontecerá com vocês se o grupo tiver uma pessoa a menos?

 

– Nós ficaremos bem – disse Lire.

 

Ao perceberem que Arme estava travando uma batalha interior para decidir se ia ou ficava elas gritaram:

 

– VAI!

 

– Ah...Certo! Mas quando terminar voltarei para ajudá-las.

 

Elesis e Lire viram Arme voltar para o portal. Elas sabiam que era legal o que a amiga estava fazendo, mas, o que fariam agora? Elas disseram aquilo para ela, só que não tinham certeza de que poderiam lidar com tantos goblins e oaks.

 

Os monstros começaram a atacar. Elesis e Lire de costas uma para a outra para se protegerem. Vários goblins vieram em direção a Lire e nenhum conseguiu chegar muito perto já que as flechas os derrotavam antes que pudessem fazer algo contra ela. Elesis por outro lado estava com mais dificuldades, pois atacava de perto.

 

– Quer saber? Vão pro inferno! Golpe Fatal! – gritou Elesis.

 

Ela furou três goblins que estavam tentando cercá-la e quando dois oaks pularam pra cima dela, ela deu um corte que os derrubou no chão. Não havia mais inimigos e agora era a hora de fazer um plano.

 

– O que faremos Lire? Eles continuarão vindo e nós vamos nos cansar cada vez mais.

 

– É eu sei, estive pensando nisso e acho que bolei um plano.

 

– Então fala logo antes que cheguem mais deles.

 

– Claro, mas antes eu vou dizer minhas duas hipóteses. A primeira é que alguém deve estar invocando esses monstros.

 

– Como assim?

 

– Funciona assim, algumas tropas inimigas aguardam em lugares distantes e um monstro mais poderoso pode invocá-los aqui dentro do muro. Se for isso, nós temos apenas que destruir esse monstro.

 

– Guerreiro Oak.

 

– Exato. A segunda é que eles estão entrando por algum lugar guardado por uma tropa de defesa. Caso seja isso, devemos fechar essa entrada.

 

– Eu acho que a primeira é mais provável.

 

– Eu também – disse Lire. - O plano é o seguinte, ao invés de esperar monstros aparecerem aqui, nós vamos seguir em frente tomando o território que eles dominaram e acabar com a fonte do problema de uma vez por todas.

 

– Mas e a Arme?

 

– Ela é inteligente, com certeza vai nos achar.

 

– Então vamos nessa!

 

As meninas foram avançando, e quanto mais longe iam, mais inimigos apareciam e elas já estavam começando a se cansar, afinal, derrotaram vários inimigos. E quando acharam que não podia piorar, dão de cara com o líder inimigo: O Guerreiro Oak.

 

– É Lire, parece que você tinha razão. Eles estão, de fato, sendo invocados.

 

– Parece que sim.

 

Ele estava cercado por seus subordinados e quando viu as meninas, deu um sorriso maligno e disse:

 

– Ora, ora, ora, o que temos aqui?

 

– Nós somos a Grand Chase e viemos por um fim nisso Oak! – gritou Elesis.

 

– Então é isso que a Grand Chase tem para mandar? Duas garotinhas? - debochou, fazendo seus subordinados rirem.

 

– Acredito que nossos superiores considerem você um fracote, afinal, somos apenas iniciantes. – disse Lire confiante, fazendo os risos cessarem.

 

– COM QUEM VOCÊ PENSA QUE ESTA FALANDO? – explodiu o Oak

 

– Com você mesmo! – exclamou Elesis.

 

– MENINA INSOLENTE! ATAQUEM! – ordenou o Oak.

 

Naquele momento, os subordinados do Guerreiro Oak foram para cima das garotas e com uma breve luta foram derrotados.

 

– É só isso? – perguntou Elesis.

 

– Vocês vão pagar por isso Grand Chase! – exclamou o Oak andando em direção a elas.

 

– E agora, vem o grandão – disse Lire.

 

– Vai ser moleza – disse Elesis sorrindo.

 

O Oak começa a correr empunhando seu machado, ele pula e com um movimento tenta acertar as meninas. Velozes como sempre, elas escapam e Lire grita:

 

– Rajada de Flechas!

 

Com um urro de dor o oak se vira e golpeia Lire, que bloqueia com seu arco. Elesis vem pelas costas do Oak, dá dois cortes nas costas dele, passa por debaixo das pernas, fazendo o oak ficar confuso, e de frente para ele grita:

 

– Crítico X!

 

O golpe teve um efeito muito pequeno e o oak se recupera rápido.

 

– Vocês são mais fortes do que parecem – comentou o Oak com um sorriso feroz.

 

– Você também não é nada mal grandão – disse Elesis.

 

– Elesis! Foco! – repreendeu Lire.

 

– Sintam meu poder!!!

 

Dizendo isso, ele dá um pulo bem alto e descarrega todo o seu peso ao cair. O chão dá um solavanco e as meninas são atiradas para cima. A espada de Elesis escapa de suas mãos e desesperadamente ela tenta reaver sua arma enquanto pairava no ar. Com um baque, as meninas caem no chão. Lire se levanta apoiada no Arco e, meio tonta, pega a espada e ajuda a amiga a ficar de pé.

 

– Algum plano? – perguntou Elesis.

 

– Nenhum – falou Lire entregando a espada para a amiga – Acho que juntar ataques especiais dessa vez não vai ser o suficiente.

 

– Vamos ter que esperar brechas e atacar os pontos vitais dele.

 

Elas se separam e cercam o Oak. Lire começa a atirar flechas nas costas dele, fazendo o monstro se virar contra ela. Depois de vários golpes errados, ele acerta um ataque fazendo a elfa voar longe. Elesis tenta golpear o Oak por trás na cabeça, mas ele se vira, pega Elesis no ar e a atira perto de Lire. Elas levantam com muita dificuldade.

 

– Ele não está nos dando nenhuma chance! – falou Lire – Não há nada que possamos usar?

 

– Não consigo pensar em nada e estou muito cansada – disse Elesis.

 

O oak começou a usar investidas e as meninas só desviavam. Não havia o que fazer; nenhuma delas tinha um plano e ainda por cima estavam exaustas. Os ataques continuaram e depois de muito observar Lire diz:

 

– E se atirássemos sua espada no coração dele.

 

– E isso vai dar certo?

 

– Acho que sim. Vamos fazer assim...

 

Lire conta todo o plano para Elesis, de modo que só ela pudesse ouvir. Então, com tudo em mente, as meninas partem pra cima do monstro. Elesis fica atrás do Oak, enquanto Lire fica na frente. E com disparos múltiplos de flechas, ela chamou a atenção dele.

 

Elesis corre por trás e quando o Oak se vira para atacá-la, ela joga a espada em sua direção, mas, por pouco, erra e o Oak a golpeia, jogando-a contra uma parede, desacordada. Ao se virar para Lire, ele sente uma dor excruciante no peito.

 

– Ahhh... O que? Como é possível? – desesperou-se o Oak.

 

– Ela não errou a espada – disse Lire – A espada foi atirada em mim para que eu pudesse rebatê-la com uma de minhas flechas fazendo com que se voltasse contra você; que estava com as atenções em Elesis. Tudo fazia parte do plano.

 

– Se você acha... que isso...vai me derrotar... está enganada – falou o Oak com dificuldade indo em direção a Elesis - Vocês vão me pagar...você e sua amiga ali!

 

– Não! Elesis! – gritou Lire correndo para a amiga e disparando flechas contra o Oak.

 

O oak não se incomodou com as flechas e conseguiu chegar perto de Elesis. Quando ele levanta seu machado para atacar, uma menina de cabelos lilás pula na frente de Elesis com os braços abertos.

 

– Eu não vou deixar! Iaaaahhhh, Relâmpago! – exclamou Arme.

 

Arme aponta o cetro para a espada cravada no peito do monstro e com os disparos de seus raios, faz com que o Oak seja levado ao ar tremendo e com um baque surdo, tombe morto no chão branco e frio dos Muros de Serdin.

 

Lire vem correndo em direção às amigas. Quando passa próximo ao corpo do Oak, arranca a espada de seu peito e continua seu caminho. Ao chegar perto ela diz:

 

– Porque demorou tanto?

 

– Vocês não davam conta do recado? – brincou Arme.

 

– Deixa de gracinhas. Como ela está?

 

– Já estive melhor – disse Elesis acordando.

 

– Elesis! – exclamou Lire abraçando a amiga – Me perdoe, não fui forte o suficiente para protegê-la. Se a Arme não estivesse aqui, não sei o que poderia ter acontecido a você.

 

– Não seja boba, você foi fantástica! – disse Elesis – Não é qualquer arqueiro que acerta uma espada com um único disparo. Se você não tivesse acertado estaríamos fritas.

 

– Concordo – disse Arme – Meu relâmpago só foi eficaz porque o metal da espada conduziu os raios para dentro do corpo dele.

 

Lire sorriu, olhou para as amigas e uma lágrima caiu de seu rosto ao ver que todas estavam bem.

 

Continua...

 

 

creditos:Nome do Autor: Sulpher

 

Nome do Designer: Yunikka e ao GC TALES

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