[Pi-hole] - ACABE com os anúncios, serviços invasivos e tracking

[Faber 1.471]

Pi-hole

 

 

Com certeza você utiliza algum plugin para bloquear anúncios invasivos enquanto você navega na internet. É um costume que ficou conhecido e bem utilizado há algum tempo, principalmente para amantes de tecnologia. 

Não é de hoje que empresas usam o sistema de ads para fazer propagandas, mas o problema é quando abusam deste sistema atrapalhando até mesmo a nossa navegação. 

Hoje vou apresentar o Pi-hole: uma ferramenta que eu estava de olho algum tempo e decidi instalar em minha rede particular, tanto para monitorar quanto para acabar com alguns serviços desnecessários. 

 

O Pi-hole é uma ferramenta de bloqueio de anúncios e rastreamento a nível de rede que atua como um servidor DNS (Domain Name System). Ele funciona como um filtro para todo o tráfego de internet que passa pela sua rede doméstica ou empresarial, bloqueando automaticamente anúncios, trackers e domínios maliciosos. Isso resulta em uma navegação mais rápida, segura e com menos anúncios.

Instalado geralmente em um Raspberry Pi, mas também compatível com outras plataformas, o Pi-hole é fácil de configurar e manter. Ele possui uma interface web intuitiva para monitorar e gerenciar os domínios bloqueados e permitir exceções quando necessário. Além disso, o Pi-hole pode melhorar a privacidade do usuário, impedindo que trackers coletem dados de navegação.

 

Apesar de ser recomendado instalar em um Hardware Raspberry PI, hoje vamos instalar em uma máquina virtual. O problema disso é que você precisa deixar sua máquina ligada 24 horas, coisa que é facilmente resolvido com um Raspberry que pode ser ligado em uma tomada ou um simples USB, sem consumir praticamente nada de energia.

 

Considerações: anúncios na Twitch e Youtube NÃO são bloqueados com este método, pois o anuncio em grande parte está vinculado com o domínio da plataforma. Ou seja, para bloquear de forma eficiente, precisará bloquear o endereços da própria plataforma, ocasionando o mal funcionamento da mesma. Para estes casos, recomendo procurar configurações do plugin uBlock Origin. 

 

 

Downloads necessários: 

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Sites para encontrar listas de IP e domínios já conhecidos na internet: 

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Instalação do VirtualBox, Raspberry PI OS e configurações por Caverna Tech: 

Aqui ele mostra passo a passo de como configurar e deixar o sistema funcional pronto para ser utilizado. 

 

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IP Fixo e DNS

 

Uma coisa muito importante é a configuração do IP na sua rede local. Se você acompanhou o vídeo, chegou na parte em que é utilizado o comando ipconfig no terminal para verificar qual IP a máquina virtual pegou:

 

 

Nós vamos utilizar esse IP para acessar o Pi-hole, mas temos algumas configurações antes! Sempre que reiniciamos nosso roteador, o sistema distribui IPs aleatórios às máquinas conectadas na rede, então precisamos configurar o roteador para sempre distribuir este IP específico para essa máquina. Para isso, utilizaremos o MAC Address, conforme a imagem abaixo.

Para fazer isso, precisamos acessar o nosso roteador, provavelmente pelo IP 192.168.0.1 ou 192.168.1.1. Se ambos os IPs não funcionarem, abra o CMD e digite ipconfig no seu Windows. O IP do roteador estará indicado como "Gateway Padrão".

 

 

Acessando esse IP em qualquer navegador, você provavelmente encontrará uma página de login e senha. Recomendo procurar o manual da marca do seu roteador para verificar qual é a senha administrativa padrão.

Dentro do roteador, você deve procurar a opção "DHCP Binding", que provavelmente estará dentro de algum menu de configuração da LAN. No exemplo do meu roteador, é o seguinte:

 

 

 

 

Em "IP Address", insira o IP da máquina virtual. No campo "MAC Address" (encontrado com o comando ipconfig), insira o MAC Address correspondente. Configurando isso, sempre que você reiniciar o computador, a máquina virtual configurada pelo MAC Address sempre receberá o IP definido.

 

 

Aproveitando o acesso ao roteador, vamos falar um pouco sobre o DNS:

 

O DNS, ou Sistema de Nomes de Domínio, é como a "agenda de contatos" da internet. Quando você digita um endereço de site, como www.exemplo.com, no seu navegador, o DNS é responsável por traduzir esse nome amigável em um endereço IP, que é uma sequência de números que identifica o servidor onde o site está hospedado (por exemplo, 192.168.1.1).

Sem o DNS, seria muito difícil navegar na internet, porque teríamos que memorizar os endereços IP de todos os sites que queremos visitar. Em vez disso, o DNS permite que usemos nomes de domínio fáceis de lembrar. Ele atua como um intermediário que facilita a comunicação entre o seu dispositivo e os servidores na internet, garantindo que você chegue ao site desejado sem complicações.

Por padrão, nossas redes de internet utilizam o DNS do Google para resolver esses endereços para nós (4.4.4.4 ou 8.8.8.8). É aqui que o Pi-hole entra! Em vez de utilizar o DNS do Google para resolver os endereços IP, o Pi-hole assume essa função. Além de substituir o DNS do Google, ele verifica se os domínios solicitados estão em uma lista de bloqueio de anúncios e rastreamento configurada por você. Se o domínio estiver na lista, o Pi-hole bloqueia a solicitação, impedindo que o conteúdo indesejado carregue. Isso significa que anúncios e rastreadores não são sequer carregados, resultando em uma navegação mais rápida, limpa e segura.

Em resumo, o Pi-hole não apenas resolve endereços IP como um DNS normal, mas também bloqueia conteúdo indesejado, proporcionando uma experiência de internet mais agradável e protegida.

 

Após essa breve explicação, temos duas opções de configuração do DNS: na própria máquina ou no roteador.

A diferença entre ambas é que, se você optar por alterar apenas na máquina, a função de bloquear anúncios e afins só será aplicada aos dados que entrarem e saírem dessa máquina configurada. Por outro lado, se configurarmos no roteador, qualquer dispositivo conectado à rede local, seja um computador, televisão ou celular, passará por este filtro.

 

Configurando no roteador:

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Aproveitando que você está logado no seu roteador, encontre o menu onde se encontra o DNS padrão. Provavelmente estará sob o nome "DNS Service" dentro das configurações de aplicações do seu roteador. Usando meu roteador como exemplo:

 

 

 

 

Ele, por padrão, utiliza o 8.8.8.8 (Google) para resolver endereços, como mencionamos anteriormente. Como queremos que o Pi-hole faça esse trabalho, precisamos alterar isso. Em DNSServer1, utilizamos o IP da nossa máquina virtual.

Como estamos usando uma máquina virtual, se o nosso computador estiver desligado, o Pi-hole não funcionará e não teremos DNS para resolver os endereços na nossa rede local. Consequentemente, não teremos acesso à internet. Para contornar isso, podemos colocar o DNS do Google no DNSServer2 para resolver os endereços caso o DNSServer1 não consiga. Isso é recomendável até você adquirir um Raspberry Pi para deixar funcionando 24 horas, sem depender de um computador.

 

O problema de deixar o DNS do Google no DNSServer2 é que, eventualmente, ele irá resolver endereços mesmo com o DNSServer1 ligado. Isso pode fazer com que alguns domínios e IPs que você configurou para bloquear acabem passando pela sua rede sem passar pelo filtro do Pi-hole.

Depois de salvar as alterações e reiniciar o roteador, toda a rede local passará a ser resolvida pelo DNSServer1, filtrada pelo nosso Pi-hole!

 

 

Configurando na máquina:

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Aqui, o procedimento é praticamente o mesmo que configurar no roteador.

No painel de controle do seu Windows, nas propriedades da Internet, conforme a imagem abaixo:

 

 

Em "Servidor DNS preferencial", insira o IP do Pi-hole. Em "Servidor DNS alternativo", caso utilize a máquina virtual, insira o IP do roteador (seu gateway visualizado no ipconfig) ou o do Google (8.8.8.8).

 

 

 

 

Instalação Pi-hole: 

Aqui deixarei um vídeo muito didático do Bruno Fraga.

 

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Bom, é isso. Se assistiu os 2 vídeos e seguiu algumas pequenas recomendações que escrevi no tópico, já deve estar com seu Pi-hole rodando. No inicio do tópico eu indiquei alguns locais onde você pode encontrar listas para bloquear IPs e serviços já conhecidos na internet. 

A única recomendação em cima disso que eu faço é que você crie sua própria lista testando as listas de terceiros, pois tem listas meio burras que acabam bloqueando coisas que não precisa, como por exemplo avatares e thumbnail do Youtube, ou domínios ".com" que você utiliza no dia-a-dia, como o google.com.

 

Em caso de dúvidas, poste abaixo que eu tento ajudar.

 

Créditos aos vídeos

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Editado 24 de Junho por Faber