Ir para conteúdo
Faça parte da equipe! (2024) ×
Conheça nossa Beta Zone! Novas áreas a caminho! ×
  • Quem está por aqui   0 membros estão online

    • Nenhum usuário registrado visualizando esta página.

Marcia Tiburi abandona entrevista ao ver Kim Kataguiri


Glenn Danzig
 Compartilhar

Posts Recomendados

É necessário se cadastrar para acessar o conteúdo.

 

E aí veio a resposta dela:

[spoiler=Carta aberta a Juremir]

Caro Juremir,

 

Sempre gostei muito de participar do teu programa. Conversar contigo e com qualquer pessoa que apresente argumentos consistentes. Mais do que um prazer é, para mim, um dever ligado à necessidade de resistir ao pensamento autoritário, superficial e protofascista. Ao meu ver, debates que desvelam divergências teóricas ou ideológicas podem nos ajudar a melhorar nossos olhares sobre o mundo.

 

Tenho a minha trajetória marcada tanto por uma produção teórica quanto por uma prática de lutar contra o empobrecimento da linguagem, a demonização de pessoas, os discursos vazios, a transformação da informação em mercadoria espetacularizada, os shows de horrores em que se transformaram a grande maioria dos programas nos meios de comunicação de massa.

 

Ao longo da minha vida me neguei poucas vezes a participar de debates. Sempre que o fiz, foi por uma questão de coerência. Tenho o direito de não legitimar como interlocutor pessoas que agem com má fé contra a inteligência do povo brasileiro ao mesmo tempo em que exploram a ignorância, o racismo, o sexismo e outros preconceitos introjetados em parcela da população.

 

Por essa razão, ontem tive de me retirar do teu programa. Confesso que senti medo: medo de que no Brasil, após o golpe midiático-empresarial-judicial, não exista mais espaço para debater ideias.

 

Em um dia muito importante para a história brasileira, marcado por mais uma violação explícita da Constituição da República, não me é admissível participar de um programa que tenderia a se transformar em um grotesco espetáculo no qual duas linguagens que não se conectam seriam expostas em uma espécie de ringue, no qual argumentos perdem sentido diante de um já conhecido discurso pronto (fiz uma reflexão teórica sobre isso em “A Arte de escrever para idiotas”), que conta com vários divulgadores, de pós-adolescentes a conhecidos psicóticos; que investe em produzir confusão a partir de ideias vazias, chavões, estereótipos ideológicos, mistificações, apologia ao autoritarismo e outros recursos retóricos que levam ao vazio do pensamento.

 

Por isso, ontem tive que me retirar. Não dependo de votos da audiência, nem sinto prazer em demonstrar a ignorância alheia, por isso não vi sentido em participar do teu programa. Demorei um pouco para entender o que estava acontecendo. Fiquei perplexa, mas após refletir melhor cheguei à conclusão de que a ofensa que senti naquele momento era inevitável.

 

A uma, porque, ao contrário das demais pessoas, não fui avisada de quem participaria do debate. A duas, por você imaginar que eu desejaria participar de um programa em que o risco de ouvir frases vazias, manifestações preconceituosas e ofensas era enorme. Por fim, e principalmente, meu estômago não permitiria, em um dia no qual assistimos a uma profunda injustiça, ouvir qualquer pessoa que faça disso motivo de piada ou de alegria. Não sou obrigada a ouvir quem acredita que justiça é o que está em cabeças vazias e interessa aos grupos econômicos que, ao longo da história do Brasil, sempre atentaram contra a democracia.

 

Tu, a quem tenho muita consideração, não me avisou do meu interlocutor. A tua produtora, que conversou comigo desde a semana passada, não me avisou. Eu tenho o direito de escolher o debate do qual quero participar. Entendo que possa ter sido um acaso, que estavas precisando de mais uma debatedor para a performance do programa. Se foi isso, a pressa é inimiga da perfeição. E, se não cheguei a pedir que me avisasse se teria outro participante, também não imaginava que o teu raro programa de rádio, crítico e analítico, com humor bem dosado, mas sempre muito sério, abrisse espaço para representantes do emprobecimento subjetivo do Brasil.

 

Creio que é importante chamar ao debate e ao diálogo qualquer cidadão que possa contribuir com ideias e reflexões, e para isso não se pode apostar em indivíduos que se notabilizaram por violentar a inteligência e a cultura, sem qualificação alguma, que mistificam a partir de clichês e polarizações sem nenhum fundamento. O discurso que leva ao fascismo precisa ser interrompido. Existem limites intransponíveis, sob pena de, disfarçado de democratização, os meios de comunicação contribuírem ainda mais para destruir o que resta da democracia.

 

Quando meu livro Como conversar com um fascista foi publicado, muitos não perceberam a ironia kirkegaardiana do título. Espero que a tua audiência tenha entendido. O detentor da personalidade autoritária, fechado para o outro e com suas certezas delirantes, chama de diálogo ao que é monólogo. Espero que, sob a tua condução, o programa volte a investir em mais diálogo, que seja capaz de reunir a esquerda e a direita comprometidas com o Estado Democrático de Direito em torno do debate de ideias.

 

É necessário se cadastrar para acessar o conteúdo.

 

 

 

O que acharam?

  • Curtir 2

dcby17m-1951e581-58ed-433b-8630-2d2c95486648.png.489d1f1a1d47c7dcd6debd5f989815b0.png

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Acompanhei o MBL no começo, parei por quê ficou massante e as vezes tendencioso demais devido aos pimbas e etc. Mas isso ai não tem nada a ver com esse pessoal chamando eles de facistas e etc. Acho que essa mulher fugiu da entrevista pra evitar passar vergonha e passou vergonha mesmo assim, queria ver alguém que consegue dialogar com argumentos contra o Kim e o Arthur, se o movimento deles é tão bom, cadê os argumentos deles defendendo-o?

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Acompanhei o MBL no começo, parei por quê ficou massante e as vezes tendencioso demais devido aos pimbas e etc. Mas isso ai não tem nada a ver com esse pessoal chamando eles de facistas e etc. Acho que essa mulher fugiu da entrevista pra evitar passar vergonha e passou vergonha mesmo assim, queria ver alguém que consegue dialogar com argumentos contra o Kim e o Arthur, se o movimento deles é tão bom, cadê os argumentos deles defendendo-o?

O MBL consegue ser menos pior que os anarcocapitalistas, porque pelo menos eles têm uma atitude política. Mas é ruim só ter eles para representar a direita porque muita gente vê o MBL e acha que todo mundo que não é de esquerda pensa como eles, idem pra canais mais conservadores.

dcby17m-1951e581-58ed-433b-8630-2d2c95486648.png.489d1f1a1d47c7dcd6debd5f989815b0.png

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

A crise filosófica no mundo é impressionante. Como uma pensadora de respeito recusa um debate por achar que viraria um circo midiático?

 

Aí, veja bem a ignorância da pessoa:

 

"Por essa razão, ontem tive de me retirar do teu programa. Confesso que senti medo: medo de que no Brasil, após o golpe midiático-empresarial-judicial [...]"

 

Faltou colocar alguma outra instituição no golpe? Conspiração é um conforto justamente por isso, você aplica como argumento em tudo. A ideia de golpe já é ignorante. Você quer considerar o que foi feito errado, a liberdade é sua, porém não empreste palavras com outros significados. Golpe não foi. Talvez tenha sido um golpe nas falsas bolas da Dilma, porém vai dizer que ela não errou?

 

Coloca-se o Temer lá falando "mas todo mundo faz". Aí esse pessoal iria aparecer dizendo "CHEGA DE IMPUNIDADE". É o que eu falo, quando você joga em um time de futebol, sobre tudo que acontece na liga você dá uma opinião parcial.

 

"[...] não exista mais espaço para debater ideias."

 

Essa é minha hipocrisia predileta. Como que alguém pode reclamar que não há espaço para debater ideias se quando foi oferecido o espaço e uma plataforma, ela fugiu? Como um ser pensante escreve isso?

 

Na cabeça dessas pessoas, ainda existe uma repressão e censura. Sempre que se sentem desconfortáveis com a liberdade, tentam culpar a falta de liberdade, algo que não faz sentido nenhum. É um discurso de medo. Pois no verdadeiro golpe houve censura, então se você chamar uma causa de golpe, pode dizer para as pessoas "cuidado com o efeito..." e todo mundo se preocupa.

 

Mas, porra, olha que ridículo! Ela se recusou a debater e solta isso.

"Em um dia muito importante para a história brasileira [...]"

 

Olha o esforço para tentar ligar dois eventos distantes.

 

Ali ela teria a chance de falar o que tinha para falar, não é? Denunciar as injustiças que ela vê. Mas decidiu ficar quieta. Então nem há necessidade de existir a censura que ela finge que existe, se ela vê absurdos e fica quieta, quem precisa diminuir os espaços para debater ideias?

 

" [...] não me é admissível participar de um programa que tenderia a se transformar em um grotesco espetáculo no qual duas linguagens que não se conectam seriam expostas em uma espécie de ringue, no qual argumentos perdem sentido diante de um já conhecido discurso pronto (fiz uma reflexão teórica sobre isso em “A Arte de escrever para idiotas”) [...]"

 

É claro que as duas linguagens não se conectarão se você não usá-las. Que estupidez.

 

O que me impressiona é o egocentrismo da pessoa. O discurso daquele lado é pronto, o seu não? Até agora ela já citou golpe e censura, como a maior parcela que defende a Dilma ou apoia a esquerda.

 

PS: Como sabe que vai dar o que falar, aproveita pra fazer propaganda do próprio texto.

 

"[...] que conta com vários divulgadores, de pós-adolescentes a conhecidos psicóticos;[...]"

 

Conheço centenas de pós-adolescentes que compartilham a opinião dela. Quanto aos conhecidos psicóticos, estou interessado em saber quais são os documentos médicos que ela leu, pois eu não os conheço.

"[...]estereótipos ideológicos, mistificações, apologia ao autoritarismo[...]"

 

Estereótipo ideológico como chamar o julgamento legal da Presidente Dilma de golpe? Ou apologia ao autoritarismo como querer escolher quais presidentes estão passíveis de julgamento e quais não estão? Autoritarismo como exigir que não existe julgamento de responsabilidade fiscal ou querer o mesmo governo no poder por 16 anos e depois mais oito, depois sabe-se lá quantos outros anos?

"[...]nem sinto prazer em demonstrar a ignorância alheia[...]"

 

Mas fez um texto chamado "A Arte de Escrever Para Idiotas".

 

"[...] participar de um programa em que o risco de ouvir frases vazias, manifestações preconceituosas e ofensas era enorme."

 

Um filósofo querer escolher o que ouve é cômico. Se você trabalha com refutar e trazer novas ideias, no momento que você diz que não quer ouvir "frases vazias" ou se mostra incapaz de refutar tais frases, ou mostra o interesse na censura. Pois até quem tem frases vazias possui o direito de dizê-las, mas se a pessoa acha que outros não deveriam ter a mesma plataforma que ela, então ela não é muito diferente daqueles que critica. Querendo vantagens, mais poder.

 

"[...]meu estômago não permitiria, em um dia no qual assistimos a uma profunda injustiça, ouvir qualquer pessoa que faça disso motivo de piada ou de alegria."

 

A liberdade de se expressar a faz ter problemas estomacais quando ela não concorda, é? Como uma pessoa tão mentalmente frágil se considera capaz de debater com alguém? Ou ter alguma opinião que não seja parcial? Deveria ter uma vida medíocre como todos, um trabalho chato e uma vida infeliz. Seu motivo de prazer deveria ser gritar para a TV quando alguém que ela gosta sofre, como se fosse novela e o personagem predileto está tendo problemas no seu arco.

 

Sério, alguém realmente acredita que as opiniões dela são imparciais e provém de pensamentos longos e profundos, aceitando suas hipocrisias e fazendo autocrítica? Ela já tem sua opinião formada muito antes! Escolhe favoritos na política (como novela) e trabalha seu discurso em volta disso.

 

"Não sou obrigada a ouvir quem acredita que justiça é o que está em cabeças vazias e interessa aos grupos econômicos que, ao longo da história do Brasil, sempre atentaram contra a democracia."

 

Eu quero estar lá quando ela perceber que todas as pessoas possuem certo interesse econômico e que, por causa disso, fazem parte de algum grupo econômico. Aliás, colocar todo mundo na mesma casinha, depois usar "sempre"... uau, generalização. Eu sou do bem, eles são do mal. Clássico. Não espero ver isso em discussões de alto nível, isso é argumento de conversa de bebedouro.

 

"Creio que é importante chamar ao debate e ao diálogo qualquer cidadão que possa contribuir com ideias e reflexões [...]"

 

Na verdade, todo cidadão pode contribuir com ideias e reflexões. Até o estrume possui seus lados positivos. Agora, se você generaliza o discurso oposto inteiro, ouvindo o que quer, com certeza não encontrará ideias úteis.

 

"[...] e para isso não se pode apostar em indivíduos que se notabilizaram por violentar a inteligência e a cultura, sem qualificação alguma, que mistificam a partir de clichês e polarizações sem nenhum fundamento."

 

Claro, "qualquer cidadão, menos os que eu não concordo".

 

Aliás, a polarização dela possui fundamento? Até hoje ouço "golpe", "golpe", mas nenhuma prova que a Dilma não quebrou sua responsabilidade fiscal.

 

"O discurso que leva ao fascismo precisa ser interrompido."

 

Mas as ditaduras formadas em alguns países sul-americanos que foram fortemente apoiadas pelas mesmas pessoas que ela defende estão certas, né? Quem precisa de papel higiênico?

 

"Quando meu livro Como conversar com um fascista foi publicado, muitos não perceberam a ironia kirkegaardiana do título."

 

"LEIAM MEU LIVRO!" kkkkk

 

Alguém aí conhece um outro filósofo que não quer conversar, ou debater? Pois é isso que ela afirma.

 

Na época de ouro da filosofia alguém já disse "só sei que nada sei". Hoje em dia as coisas mudaram, agora é "só sei que ele nada sabe, mas eu sei". Ridículo. Você apenas não debate com bebês. Se você acha estar certo, você precisa escutar e expressar sua opinião. Não é necessário um extenso debate. Mas apenas discordar e mostrar os seus fatos é essencial para manter o dialogo (ou para ele existir).

 

A partir do momento que ela se recusa a debater com um grupo específico, então ela contribui com a polarização que ela crítica no mesmo texto.

 

"O detentor da personalidade autoritária, fechado para o outro e com suas certezas delirantes, chama de diálogo ao que é monólogo."

 

No, baby, what are you doing?

 

A personalidade autoritária é dela. Ela que se vê na posição de escolher quem deve ter o palco e quem não deve. Ela literalmente se fechou para o outro! Quando soube do debate, fechou-se e disse que não o faria. Alguém viu em algum momento ela dizer que o que diz é o que ela acredita? Não. Ela trata como fatos. Golpe? Fato. O que o grupo representado por Kataguiri diz, segundo ela? Fato. Isso é ridículo.

 

ALIÁS: Ela literalmente recusou-se ao diálogo e aderiu o monólogo ao escrever uma carta aberta. O que ela fez aqui foi basicamente dar todas as opiniões que ela poderia dar em um diálogo, mas de uma forma que se o adversário falar algo, não há problema na falta de resposta por parte dela. Ou seja, ela fala, cria a notícia, e ninguém vai ligar pro que o Kataguiri tem para falar. Então tudo que resta é seu discurso, apenas. Also known as: monólogo. O presidente Trump faz a mesma coisa. Todos aqueles absurdos que ele diz são em situações que ele pode ignorar as réplicas. Você não vê, com frequência, ele levando suas ideologias loucas para a sala de imprensa e dizendo "agora vou responder às perguntas".

 

"Espero que, sob a tua condução, o programa volte a investir em mais diálogo [...]"

 

Porque investir em um debate entre pensamentos opostos não é investir em diálogo, aparentemente. Diálogo só é diálogo se for com quem ela gosta.

 

"[...] que seja capaz de reunir a esquerda e a direita comprometidas com o Estado Democrático de Direito em torno do debate de ideias."

 

Fico imaginando como surgiu a ideia do debate.

 

*hits blunt*

"Cara, vamos fazer um debate que reúna esquerda e direita comprometidas com a democracia?"

"VAMO, MALUCO!"

 

Aí isso acontece.

 

------------------------------------------------

 

Em suma, uma hipócrita que vive em um delírio tão intenso que não percebe o quão cômico e absurdo é seu discurso. Um texto em que todos os ataques que ela ofereceu ao Kim Kataguiri, servem melhor ainda nela.

 

Reparem no vídeo: Kataguiri chega a dar um beijo no rosto dela quando chega, completamente educado. Sabe o que é uma característica forte do fascismo? É intransigente, intolerante. Ela é exatamente isso: intolerante. Antes do oponente chegar, ela já mostrava a intolerância ao, de forma bem humorada, tentar quebrar a capacidade de pensamento do juiz. É, na melhor das hipóteses, sem educação. Trata todos com desdém porque acha-se melhor. E mostra o método sendo muito utilizado pela esquerda brasileira: "você não concorda?". Porque não basta ela denegrir a imagem do profissional que está no vídeo, ela ainda pede apoio do apresentador do programa que, por naturezas óbvias não pode aderir a esse tipo de discurso "político".

 

Os pensadores desse mundo estão oferecendo bases para seus pensamentos que não se sustentam nem em uma conversa de bar. É absurdo. Escravos do imediatismo e da polarização, não percebem que imediatamente escolhem seu lado.

 

Kim Kataguiri, Marcia Tiburi... pessoas de mente fraca, que vivem na ignorância, mas por falarem bonito, acham-se mais sábios. Criticam o que vivem, sem perceber.

 

Vexame.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Este tópico está impedido de receber novos posts.
 Compartilhar

×
×
  • Criar Novo...

Informação Importante

Nós fazemos uso de cookies no seu dispositivo para ajudar a tornar este site melhor. Você pode ajustar suas configurações de cookies , caso contrário, vamos supor que você está bem para continuar.