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memorias Cartões SD e microSD: velocidades, tipos e capacidades


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Introdução

Se você tem uma câmera digital ou um smartphone, provavelmente precisa (ou cogita) usar um cartão SDou microSD nele. Esses são os tipos de cartão de memória mais usados atualmente. O problema é que escolher o cartão ideal não é uma tarefa fácil: termos como SDHC, Classe e UHS I deixam tudo muito confuso.

 

Mas não se preocupe. Eu, Emerson Alecrim, vou explicar tudo o que você precisa saber para comprar o cartão SD ou microSD mais aquedado às suas necessidades. Detalhes como velocidade de transferência de dados e capacidade de armazenamento serão abordados de uma maneira que facilita a compreensão.

o que é memória Flash?

Antes de conhecermos as características do SD e do microSD, é conveniente sabermos o que é memória Flash, afinal, essa é a tecnologia que permite o armazenamento e o acesso aos dados nos cartões.

 

Tendo a Toshiba como principal nome por trás do seu desenvolvimento, a memória Flash é, essencialmente, um chip do tipo EEPROM (Electrically-Erasable Programmable Read Only Memory), o que significa que, nele, a gravação e a eliminação de dados são feitas eletricamente, sem necessidade de uso de equipamentos especiais para a realização dessas tarefas.

 

Trata-se de uma tecnologia "não volátil": as informações podem ficar armazenadas por bastante tempo nos chips sem que baterias ou outras fontes de energia tenham que ser usadas para esse fim.

 

O primeiro tipo permite acesso às células de memória de maneira aleatória, tal como acontece com a memória RAM, mas com alta velocidade. Em outras palavras, o tipo NOR possibita acessar dados em posições diferentes da memória de maneira rápida, sem necessidade de essa ação ser sequencial. O tipo NOR é usado em chips de BIOS ou firmwares de smartphones, por exemplo.

 

O tipo NAND, por sua vez, também trabalha em alta velocidade, porém faz acesso sequencial às células de memória e as trata em conjunto, isto é, em blocos de células, em vez de acessá-las de maneira individual. Em geral, memórias NAND também podem armazenar mais dados que memórias NOR, considerando blocos físicos de tamanhos equivalentes. Trata-se do tipo mais utilizado, inclusive nos cartões SD e microSD.

Surgimento dos cartões SD

Os cartões SD são, na verdade, uma evolução de um padrão anterior chamado MultiMedia Card(MMC), lançado em 1997 graças a uma parceria entre SanDisk e Siemens. Ambos são, de fato, bastante parecidos, inclusive nos aspectos técnicos e nas dimensões físicas.

 

sd8.jpg

 

O padrão SD — sigla para Secure Digital — foi anunciado pouco tempo depois, em 1999, e é fruto de uma parceria entre SanDisk, Panasonic e Toshiba. Entre as suas principais características estão: compatibilidade com determinações de segurança da Secure Digital Music Initiative (SDMI), que visa evitar a distribuição ilegal de músicas; uma pequena trava de segurança que impede a eliminação de dados do dispositivo; e desempenho aprimorado na transferência de dados.

 

Em 2000, foi fundada a Secure Digital Association (ou, atualmente, SD Association), entidade que reúne fabricantes de cartões e memórias Flash com o intuito de promover e desenvolver a tecnologia SD, assim como padrões derivados, entre eles, o microSD.

 

Ah, sim: o padrão MMC "sobreviveu", mas não por muito tempo. Até variações foram criadas, como os cartões MMCmicro, SecureMMC e MMCmobile. Mas os padrões SD evoluíram muito, em todos os sentidos: custos de produção, confiabilidade, segurança, capacidade de armazenamento e velocidade de transferência de dados. Por conta disso, não teve jeito: os cartões MMC caíram em desuso.

 

mmc_cartao.jpg

Tipos de cartões: o SD "convencional"

No intuito de atender às mais variadas necessidades, a SD Association padronizou pelo menos três tipos de cartões SD. Vamos conhecer todos eles, começando pelo SD "convencional".

 

Esse foi o primeiro tipo a ser lançado e é bastante usado até os dias atuais, principalmente em dispositivos de porte relativamente grande, como câmeras, filmadoras e reprodutores de mídia. Muitos laptops também têm entrada para esse formato de cartão.

 

Os cartões SD possuem as seguintes medidas: 24 mm x 32 mm x 2,1 mm. Em uma de suas extremidades há um pequeno "corte" que faz o dispositivo lembrar vagamente uma folha de papel com a ponta dobrada. Como já mencionado, esse tipo também possui uma pequena trava lateral de segurança que você pode ativar para evitar gravação ou eliminação de dados.

 

Além disso, a versão mais básica dos cartões SD possui nove pinos de contato. Essa quantidade pode ser maior em cartões mais sofisticados, no entanto.

 

A capacidade de armazenamento dos cartões SD será abordada mais à frente, mas já adianto que podemos encontrar modelos com os mais diferentes "totais". Os primeiros modelos tinham algumas dezenas de megabytes. Hoje, é possível encontrar unidades SD com capacidade igual ou superior a 1 terabyte (TB).

 

sd_cartoes.jpg

Cartão miniSD

Não, você não leu errado. Existiu mesmo uma variação chamada miniSD. Na verdade, ainda é possível encontrar esse formato de cartão, mas ele é raro.

 

Anunciado em 2003, o cartão miniSD é, tal como o nome sugere, uma versão de dimensões reduzidas do cartão SD (37% menor), possuindo as seguintes medidas: 20 mm x 21,5 mm x 1,4 mm. Esse tipo não possui trava de segurança e utiliza, por padrão, 11 pinos de contato.

 

Trata-se de um tipo de cartão que foi relativamente comum em telefones celulares, só que dos mais antigos. Os smartphones atuais são compatíveis com microSD, como você deve saber.

 

minisd_2gb.jpg

Cartão microSD

Chegamos no "queridinho da turma". Lançado em 2005, o cartão microSD tornou o que já era pequeno em algo muito menor: o chip possui apenas 11 mm x 15 mm x 1 mm. Como efeito, essa versão não possui trava de segurança, mas, convenhamos, esse recurso dificilmente faz falta, né?

 

Ranhuras para microSD podem ser encontradas em diversos tipos de equipamentos, mas os smartphones é que tornaram esse formato bastante popular.

 

Não é difícil entender o motivo. Usamos nossos smartphones para armazenar fotos (e temos câmeras cada vez mais sofisticadas nesses dispositivos), baixar músicas, instalar jogos e por aí vai. Logo, não raramente, a capacidade de armazenamento do aparelho acaba não sendo suficiente. Aí temos que recorrer a um microSD.

 

sandisk_128_micro.jpg

um "simplório" microSD de 128 GB (imagem por SanDisk)

 

Como o microSD é muito pequeno — cabe na ponta do dedo —, a sua adoção em dispositivos móveis se mostrou muito adequada, afinal, smartphones, tablets e afins são equipamentos compactos.

 

Tamanho físico reduzido não implica, necessariamente, em menos capacidade de armazenamento: quando eu finalizei esse texto, conseguia encontrar no mercado cartões microSD com capacidades como 64 GB, 128 GB e 256 GB, com uma opção de 512 GB já sendo esperada.

 

Normalmente, cartões microSD possuem oito pinos de contato, mas é possível encontrar unidades com mais (são os cartões UHS-II; veremos eles mais à frente).

 

microsd_adapter.jpg

Com um adaptador, é possível usar um microSD como SD

 

Capacidade: cartões SDHC

Até agora está fácil, não? Temos três tamanhos de cartões. Mas, a partir daqui, começam a aparecer algumas siglas, como SDHC. É um novo tipo de cartão? Podemos dizer que sim, mas no mesmo formato.

 

Via de regra, cartões SD convencionais têm capacidades que variam de 4 MB até 2 GB. Essas opções foram suficientes por algum tempo, mas aí o mercado começou a ter demandas cada vez maiores para imagens e vídeos em alta definição (HD — High Definition). A resposta para essa necessidade são os cartões Secure Digital High Capacity (SDHC), apresentados em 2006.

 

Trata-se de uma categoria com as mesmas medidas do tipo SD. Não é um novo tipo de cartão em todos os sentidos. Estamos falando, basicamente, de uma evolução que traz mais capacidade de armazenamento: cartões SDHC possuem 4 GB, 8 GB, 16 GB ou 32 GB.

 

Em parte, isso é possível porque cartões SDHC utilizam sistema de arquivos FAT32, contra o FAT16 das versões de menor capacidade, permitindo mais endereçamento de dados (mas é possível o uso de outros sistemas de arquivos).

 

A maioria dos dispositivos que leem cartões SD pode fazê-lo também com chips SDHC. As exceções ficam para equipamentos mais antigos que não são compatíveis com as especificações 2.00 ou mais recentes da Secure Digital Association.

 

Também é possível encontrar versões reduzidas de cartões SDHC, ou seja, podemos ter cartões miniSDHC (muito raros) e microSDHC (é comum chamá-lo apenas de microSD com SDHC ou algo assim).

 

sd1.jpg

Cartão SDHC de 32 GB

 

Cartões SDXC

A necessidade por mais espaço para dados não para de crescer. Só para você ter ideia, hoje temos até smartphones medianos que gravam vídeos em resolução 4K. É por isso que, em 2009, surgiu a especificação Secure Digital Extended Capacity (SDXC).

 

Sim, cartões desse tipo têm mais capacidade de armazenamento do que cartões SDHC. As capacidades aqui variam entre 32 GB e 2 TB (pois é, terabytes), para ser preciso. É claro que quanto mais espaço houver para dados, mais caro será o cartão. Só para dar um exemplo, o cartão SDXC de 512 GB mais barato na Amazon dos Estados Unidos em janeiro de 2017 custava cerca de US$ 200. O mais barato!

 

Vale ressaltar que, assim como no padrão SDHC, pode haver incompatibilidade de cartões SDXC com dispositivos leitores mais antigos. Ah, é claro: a gente também pode encontrar no mercado cartões miniSDXC e microSDXC.

 

Símbolo dos cartões SD (simples), SDHC e SDXC — repare neles ao comprar um cartão

 

Comparando os tamanhos

Antes de seguirmos para o próximo tópico (velocidade), vale a pena conferir as imagens a seguir. Elas mostram cartões SD, miniSD e microSD lado a lado. Assim fica mais fácil compará-los:

 

sd7.jpg

Cartões SD, miniSD e microSD

 

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Cartões SD, miniSD e microSD, e suas medidas

 

Velocidades dos cartões SD e microSD

Além da capacidade de armazenamento, há outro fator que influencia nos preços dos cartões SD e microSD: a velocidade de transferência de dados. Bom, aqui o assunto começa a ficar um pouco confuso. Mas não se preocupe: eu explico tudo o que você precisa saber, começando pelas classes (class) que a Secure Digital Association definiu.

Classes e UHS

É bastante provável que em um cartão ou na embalagem deste você encontre um dos seguintes números: 2, 4, 6 ou 10. Esse número informa a classe de velocidade de gravação sequencial de dados do cartão.

 

Pode acontecer, por exemplo, de você comprar uma câmera digital que só vai funcionar corretamente se o cartão de memória tiver determinada velocidade de gravação. Daí a importância das classes: elas indicam qual a velocidade mínima daquele cartão. Então, vamos a elas:

  • Class 2: o cartão trabalha com pelo menos 2 MB/s (megabytes por segundo);


  • Class 4: o cartão trabalha com pelo menos 4 MB/s;


  • Class 6: o cartão trabalha com pelo menos 6 MB/s;


  • Class 10: o cartão trabalha com pelo menos 10 MB/s.


Você também pode encontrar cartões que, em vez de classe (ou paralelamente), usa a classificação Ultra High Speed (UHS), voltada aos tipos SDHC e SDXC. Até o momento, há duas categorias UHS:

  • UHS 1 (ou U1): o cartão trabalha com pelo menos 10 MB/s;


  • UHS 3 (ou U3): o cartão trabalha com pelo menos 30 MB/s.


Sim, a classe 10 e o U1 têm a mesma velocidade mínima. Eles são equivalentes, então? Na verdade, não: eles diferem um do outro na velocidade máxima. Você vai entender esse aspecto no próximo tópico: barramentos.

 

Antes de seguirmos para ele, é importante você saber que as classes 2, 4, 6 e 10 são indicadas no cartão dentro de uma forma circular que lembra a letra 'C'. Já Cartões U1 ou U3 utilizam um número dentro de uma forma que lembra a letra 'U'.

 

class_sd.jpg

Classes (imagem original por Amazon)

 

Barramentos: Normal Speed, High Speed, UHS-I e UHS-II

Até agora, a gente falou de velocidade mínima garantida de gravação. Esse parâmetro é útil para assegurar que o cartão microSD ou SD funcionará corretamente em equipamentos que necessitam de determinada taxa de transferência de dados. Mas os cartões também têm velocidade máxima de gravação ou leitura de dados. Ela é determinada pelo barramento usado.

 

Pelo menos até o momento, há quatro barramentos: Normal Speed (especificação 1.01), High Speed(2.00), UHS-I (3.01) e UHS-II (4.00). Eis as taxas de transferência de dados de cada um:

  • Normal Speed: velocidade máxima de 12,5 MB/s;


  • High Speed: velocidade máxima de 25 MB/s;


  • UHS-I: velocidade máxima de50 MB/s (UHS-50) ou 104 MB/s (UHS-104);


  • UHS-II: velocidade máxima de 156 MB/s ou 312 MB/s.


Para ser possível alcançar a velocidade máxima, o dispositivo tem que ser compatível com a especificação do cartão. Por exemplo, um aparelho que só suporta a especificação 3.01 (UHS-I) irá conseguir ler um cartão de memória 4.00 (UHS-II), mas com a velocidade máxima de 50 MB/s ou 104 MB/s.

 

E há alguma ligação entre as classes e os barramentos? Há. Cartões class 2, 4 e 6 geralmente têm barramento Normal Speed. Já o High Speed é aplicado aos cartões class 10.

 

Por fim, cartões UHS 1 e UHS 3 são atrelados aos barramentos UHS-I e UHS-II. Opa! A sigla "UHS" é usada duas vezes? Sim! Confuso, né? A Secure Digital Association podia ter usado uma sigla diferente para casa coisa, mas não o fez. Paciência...

 

Cartões Normal, High e UHS-I à esquerda; cartões UHS-II, com mais contatos, à direita (imagem original por SD Association)

 

Cartões UHS-I costumam ser identificados com a letra 'I'. Como é de se presumir, cartões UHS-II usam o símbolo 'II'.

Video Speed Class: V6, V10, V90 e mais

A "salada" de siglas referentes à taxa de transferência de dados não terminou. Temos também a classificação Video Speed Class. Ela diz respeito a um tipo de cartão microSD ou SD que geralmente utiliza uma memória mais sofisticada: MLC NAND.

 

Como o nome sugere, cartões com classificação Video Speed Class são indicados para equipamentos que gravam vídeos, especialmente nas resoluções 4K e 8K. Há cinco tipos: V6, V10, V30, V60 e V90. Vamos a eles:

  • V6: o cartão trabalha com mínimo de 6 MB/s na gravação de dados;


  • V10: o cartão trabalha com mínimo de 10 MB/s;


  • V30: o cartão trabalha com mínimo de 30 MB/s;


  • V60: o cartão trabalha com mínimo de 60 MB/s;


  • V90: o cartão trabalha com mínimo de 90 MB/s.


Para ganho desempenho, os tipos V30 e V60 são mais indicados para gravação de vídeos em 4K. Para 8K, a recomendação recai sobre os tipos V60 e V90. Note, porém, que esses cartões (ainda) não são comuns no mercado.

 

Observe bem os símbolos no cartão abaixo. Ele é SDHC, classe 10, U3, UHS-I e V30:

 

sandisk_32_extreme.jpg

SD de 32 GB (Imagem por SanDisk)

App Performance Class: A1

Em novembro de 2016, a SD Association introduziu mais uma classificação de cartão: a Application Performance Class ou, simplificando um pouquinho, App Performance Class. Sim, mais uma! Mas é válido conhecê-la.

 

A gente precisa entender o seguinte: gravações sequenciais de dados são importantes para aplicações de fotos ou vídeos, pois esse tipo de conteúdo, por ser volumoso, realmente pode ocupar numerosos blocos consecutivos de células de memória. Então é necessário garantir um desempenho mínimo nesse procedimento.

 

Porém, em smartphones e tablets, principalmente aqueles baseados no Android 6.0 ou superior, os cartões microSD podem ser usados efetivamente como extensão da memória interna do aparelho. Só que, não raramente, o cartão é mais lento, fazendo o acesso a um aplicativo instalado ali, por exemplo, demorar mais.

 

É aqui que a classificação App Performance Class passa a fazer sentido: ela vai dizer para você que aquele SD ou microSD tem um desempenho mínimo em aplicações que geram gravações de pequenos blocos de dados que, como tal, não se beneficiam muito da otimização para gravação sequencial. Esse aspecto é bastante importante em smartphones e afins.

 

Por enquanto, a App Performance Class só tem uma categoria: a A1. Ela assegura que o cartão possui gravação sequencial de pelo menos 10 MB/s, além de 1.500 IOPS em operações aleatórias de leitura e 500 IOPS em operações aleatórias de escrita de dados.

 

sandisk_a1.jpg

microSD de 256 GB do tipo A1 (imagem por SanDisk)

 

IOPS é a sigla para Input/Output Operations Per Second. Essa medida indica quantas operações de entrada e saída de dados é realizada no dispositivo. Quanto maior esse número, melhor.

 

Com o tempo, categorias como A2 e A3 devem surgir para indicar cartões com números mais altos nesses parâmetros.

 

Cartão Eyefi wireless

Este é, provavelmente, o tipo de SD mais inusitado que existe. Trata-se de um cartão que permite a transferência de dados para um computador ou dispositivo móvel por meio de uma rede Wi-Fi. Assim, você pode, por exemplo, tirar uma foto em sua câmera digital e, imediatamente, conectar o cartão via rede sem fio ao notebook para transferir a imagem.

 

eyefi_sd.jpg

Cartões Eyefi (imagem por Eyefi)

 

Cartões Eyefi são produzidos por uma empresa que leva esse mesmo nome. A companhia oferece várias versões do dispositivo, como a linha Mobi Pro, voltada para quem realiza atividades profissionais com o dispositivo — fotógrafos, por exemplo.

 

Sim, também é possível encontrar cartões SD com Wi-Fi produzidos por outros fabricantes.

 

smartSD: microSD com NFC

Em 2013, a SD Association apresentou o smartSD, uma especificação que permite que cartões microSD, microSDHC e microSDXC sejam usados em conjunto com a tecnologia NFC para, entre outras aplicações, permitir que o usuário utilize serviços de pagamento digital.

 

Assim, a pessoa poderá inserir o cartão em um smartphone que não conta com NFC para utilizar o aparelho em serviços como o Android Pay. Outro exemplo de utilidade: o cartão pode fazer as vezes de um token que permite que um funcionário acesse uma área restrita dentro de uma empresa.

 

O "ingrediente" principal dessa ideia é o Single Wire Protocol (SWP), protocolo criado justamente para permitir a troca de dados com módulos NFC.

 

Apesar de a proposta ser interessante, o smartSD atraiu poucas empresas e organizações. O padrão só tem sido usado em aplicações muito específicas.

 

E o que é SDIO?

Antes de encerrarmos, vale dizer que há mais um tipo de padrão ligado aos cartões SD que chama a atenção: o Secure Digital Input Output (SDIO). Aparelhos compatíveis com essa especificação permitem que os slots dos leitores de cartões SD e microSD sejam usados para mais fins.

 

Com isso, é possível instalar câmeras, leitores de código de barra, aparelho de GPS e outros na ranhura de SD de um notebook, por exemplo, desde que todos os dispositivos envolvidos tenham compatibilidade com SDIO.

 

Mas, por conta da popularização das portas USB, dispositivos SDIO não ficaram populares.

 

Finalizando

Cartões microSD e SD são deveras interessantes e, claro, úteis. Estamos falando de dispositivos pequenos, mas que armazenam "mundos" de informação. Mas, para usufruirmos bem dessa tecnologia, é importante conhecermos todos os pormenores dela.

 

microsd_smartphone.jpg

microSD combina bem com smartphones

 

 

Creditos: Emersom Alecrim

um pensador...

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