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[Análise]Dragon Quest Heroes II: The Twin Kings and the Prophecy of the End


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Novamente desenvolvido pela Omega Force, Dragon Quest Heroes II é um game ao mesmo tempo bastante semelhante e um tanto diferente de seu antecessor. Abraçando mais o lado RPG da série criada pela Enix (agora Square Enix), ele ainda prioriza os combates contra centenas de inimigos, mas ganha momentos mais calmos e experimentais durante seu desenrolar — o que nem sempre funciona como uma vantagem.

 

Em vez de entregar ao jogador somente uma longa lista de cenários, o título incorpora alguns elementos de mundo aberto à sua estrutura. Você ainda vai passar a maior parte do tempo em cenários de batalha que progridem a trama, mas terá muito mais espaço para cumprir tarefas secundárias ou dedicar seu tempo a ajudar outros jogadores em partidas online.

 

Muitas dessas mudanças são bem-vindas e ajudam o título a evitar a repetição normalmente associada ao gênero musou. No entanto, alguns dos experimentos da Omega Force não funcionam muito bem, o que acaba resultando em um jogo com um ritmo muitas vezes errático e que não consegue fazer justiça a todo o seu potencial.

Vamos salvar o mundo (de novo)

Cabe a você descobrir o que está acontecendo e evitar um desastre maior

 

Dragon Quest Heroes II conta a história dos primos Lazarel e Teresa, que vivem em paz em um mundo que não conhece mais o que é a guerra há várias gerações. Como esse cenário não é muito interessante para um mundo de ação, logo começa uma série de ataques que ameaça a estabilidade entre os Sete Reinos do continente — naturalmente, cabe a você descobrir o que está acontecendo e evitar um desastre maior.

 

A trama é divertida e tem algumas reviravoltas interessantes, embora previsíveis. O que decepciona um pouco é o fato de que aqueles que já têm alguma experiência com RPGs provavelmente vão sacar imediatamente os caminhos que a trama está seguindo e não vão ficar muito surpresos com algumas das revelações preparadas pelos roteiristas.

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O que ajuda a tornar a história divertida são seus companheiros, que podem ser desde personagens inéditos ao jogo até rostos conhecidos por quem acompanha a franquia Dragon Quest de longa data. O trabalho de dublagem é excelente, ajudando tanto a diferenciar cada um deles quanto a mostrar que a Omega Force estava realmente comprometida em entregar um jogo com bom nível de qualidade.

Vários estilos de combate

Entre os novos e antigos rostos que povoam seu universo, Dragon Quest Heroes II oferece ao jogador uma grande variedade de possibilidades de combate. Enquanto em um momento você pode assumir o papel de um cavaleiro que luta com espada e escudo, no seguinte pode atuar como o curandeiro do grupo, usando magias que recuperam o HP ou aumentam o poder de ataque de seus companheiros.

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O que se destaca nesse sentido é a possibilidade de mudar a qualquer momento a especialização dos protagonistas Lazarel e Teresa. Isso não somente permite que você teste o estilo de lutas de novas armas (sempre partindo do nível 1), como assegura a possibilidade de sempre ter um time balanceado independente do momento da história.

 

Somado à possibilidade de trocar a qualquer momento o personagem que você controla (ao todo, quatro lutadores formam sua equipe completa), isso evita um pouco a repetição normalmente associada ao gênero musou. Também contribuem muito para isso os elementos de RPG do título, que aos poucos concede novas armas, acessórios e proteções para você equipar seus heróis.

 

Seus companheiros nem sempre atacam com a intensidade esperada, deixando a seu cargo causar a maior parte do dano

 

Seus companheiros nem sempre atacam com a intensidade esperada, deixando a seu cargo causar a maior parte do dano aos inimigos. Essa situação só se torna realmente incômoda durante as batalhas contra chefes que, além de focarem seus ataques quase exclusivamente em quem você controla, costumam ter uma quantidade generosa de vida — o que se reflete em confrontos que são muito mais arrastados do que difíceis.

 

Infelizmente, não consegui testar os componentes online do jogo pela aparente falta de outras pessoas dispostas a se aventurar no multiplayer. Ao menos na versão PlayStation 4, foi comum esperar vários minutos pelo surgimento de um companheiro — ou para se juntar a uma partida em andamento — simplesmente para se deparar com essa impossibilidade.

Mudanças boas e ruins

Enquanto as mudanças feitas pela Omega Force ajudam Dragon Quest Heroes II a se diferenciar de outros musous temáticos, nem tudo que foi mexido resultou em um bom resultado. A divisão do título em Wild Zones e War Zons, por exemplo, faz com que a aventura ganhe um ritmo inconstante e dê a impressão de que a história está se arrastando em alguns momentos.

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As Wild Zones são formadas por grandes cenários abertos que priorizam a exploração e permitem a realização de algumas missões secundárias — muitas delas com caráter aleatório. A ideia começa promissora, mas logo a maneira dispersa como os monstros estão espalhados faz com que o sistema de combate não possa ser muito bem aproveitado: em outras palavras, dificilmente você vai conseguir fazer aqueles combos legais com centenas de hits nesses momentos.

 

Há algo de muito errado quando você força o jogador a evitar a principal qualidade de sua experiência

 

Já as War Zones funcionam como uma mistura entre as sequências de batalha de Dragon Quest Heroes com alguns momentos mais cadenciados. Enquanto uma missão pode misturar a exploração de uma cidade com um combate contra chefes, outra pode ser formada somente pelo embate com um exército formado por centenas de criaturas.

 

O jogo chega até mesmo a experimentar com algumas fases furtivas, algo que não cai muito bem em um título tão voltado ao combate. Há algo de muito errado quando você força o jogador a evitar justamente a principal qualidade de sua experiência, especialmente quando o que você oferece como contrapartida não é muito divertido.

Divirta-se com moderação

Incorporando bem mais elementos de RPG do que seu antecessor, Dragon Quest Heroes II funciona muito bem como uma evolução do gênero musou. Os experimentos feitos pela Omega Force nem sempre funcionam como esperado, mas o resultado geral é uma aventura que consegue divertir até mesmo quem não é fã de longa data da série criada pela Enix.

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Assim como acontece com outros títulos da Omega Force, pode ser uma boa ideia jogar o game alternando-o com outras experiências. Mesmo com as novidades apresentadas, ele pode se tornar repetitivo depois de algum tempo, então é sempre bom dar uma “respirada” entre uma e outra partida para não enjoar.

 

Em resumo, Dragon Quest Heroes II é uma ótima diversão para preencher uma tarde preguiçosa de sábado ou para quando você só quer relaxar matando centenas de inimigos. Oferecendo um sistema de combates gostoso de testar e personagens bastante carismáticos, a aventura merece um lugar na prateleira de quem gosta de jogos de ação descomplicados.

 

Fonte: Tecmundo.

Clique abaixo para ajudar a evoluir o dragão :)

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