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Tutorial para vencer um debate mesmo sendo um burro


Oragah
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Táticas de constrangimento emocional (erística)

 

  1. Sugerir aos presentes que o interlocutor defende uma tese perigosa (e por extensão é um ser perigoso, uma espécie de ideólogo do mal);
  2. Falar sem parar para não permitir que a outra pessoa exponha seus motivos;
  3. Lançar rajadas de perguntas seguidas em curto espaço de tempo para não permitir que a pessoa responda;
  4. Gritar e falar alto;
  5. Fazer caras e bocas (é bem conhecida a expressão facial de um debatedor cínico)
  6. Fazer ameaças acusando a pessoa de ser um monstro;
  7. Evocar problemas da vida pessoal do interlocutor;
  8. Tentar colocar o interlocutor em uma situação vexatória por meio de calúnias que o ridicularizem;
  9. Citar exemplos belos que despertem piedade;
  10. Chorar, fingindo-se de vítima;

As táticas de constrangimento emocional visam provocar no interlocutor sentimentos negativos ou ruins, de maneira a paralisá-lo e impedi-lo de continuar expressando o pensamento coerentemente. Em muitos meios são vistas como sinônimo de inteligência (!), apesar de seu caráter brutal evidente.

 

Táticas de desconcertamento intelectual (sofística)

 

  1. Excluir uma hipótese utilizando outra que não lhe é incompatível (“Fantasmas não existem porque a ciência não os comprovou”);
  2. Simular responder a uma pergunta enquanto se tenta despistá-la;
  3. Tentar relacionar o problema a um fato com o qual o mesmo não possui relação;
  4. Recusar-se a permitir o exame das premissas falsas que tenta esconder;
  5. Acusar a crítica desfavorável a uma tese de ser a defesa de alguma tese contrária (“Se você critica os gregos e os considera maus, então é porque está a favor dos troianos e os considera bons”);
  6. Acusar a defesa de uma tese de ser um ataque a alguma tese contrária (“Se você defende os gregos e os considera bons, então é porque está contra os troianos e os considera maus”);
  7. Ocultar uma idéia absurda com frases exageradamente sofisticadas e complexas, compostas por combinações de palavras que não dizem nada, impossibilitando assim seu entendimento;

As táticas de desconcertamento intelectual visam confundir para convencer, evitando o esclarecimento e a confusão.

 

Costuma-se confundir a erística com a sofística. Meu ponto de vista é o de que a erística corresponde a artimanhas voltadas para atingir as emoções do interlocutor e dos presentes, enquanto a sofística é voltada para atingir seus intelectos. A sofística convence, enquanto a erística desconcerta, confunde, envergonha, atemoriza, intimida, distrai etc.

 

A principal divergência entre Sócrates e os sofistas era justamente esta questão envolvendo a sinceridade na busca da verdade e a sofisticação da retórica para convencer. Como vemos, o problema perdura até hoje. As táticas que descrevi acima representam uma pequena parte de um repertório imenso existente. Irei ampliando e atualizando esse post conforme dispor de tempo e receber inspirações.

 

créditos:

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