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Após regulação, mortes por tráfico de drogas chegam a zero no Uruguai!

Secretário Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Heriberto Calzada afirmou que o país conseguiu reduzir a zero as mortes ligadas ao uso e ao comércio da maconha

 

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DA REDAÇÃO

Durante debate da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa no Senado, nesta segunda-feira (2), o Secretário Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Heriberto Calzada afirmou que o país conseguiu reduzir a zero as mortes ligadas ao uso e ao comércio da maconha desde que adotou regras para regulamentar o cultivo e a venda da droga.

 

Em resposta ao senador Cristovam Buarque (PDT-DF), Calzada disse que a legalização da maconha talvez aumente o número de usuários, mas ele acredita que a combinação com outras ferramentas de política pública, em aspectos culturais e sociais, poderão modificar padrões de consumo e levar ao êxito na redução de usuários.

 

Conforme relatou, o país assegura o acesso legal à maconha por meio de autocultivo, com até seis pés por cada moradia; pela participação de clubes de cultivo, com 15 a 45 membros; ou pela aquisição a partir de um sistema de registro controlado pelo governo.

 

No debate, o secretário afirmou que respostas efetivas para a questão das drogas dependem de clareza na delimitação do problema. Ele apresentou aos senadores perguntas que devem ser respondidas: Qual é a questão central das drogas? O foco deve estar na substancia? Nas pessoas? Na cultura? Na sociedade? Na política? Na geopolítica? Nas normas? Na fiscalização do trafico ilícito?

 

Os países, disse o secretário, devem ter em conta que as substancias – tabaco, maconha, heroína, cocaína – não são iguais e devem ser analisadas em suas particularidades e tratadas conforme o conjunto de aspectos referentes a cada uma. Pela grande complexidade do problema das drogas, disse, o Uruguai busca embasar suas ações em evidências científicas.

 

Conforme avaliou, a criminalização de usuários de drogas seria ineficiente por fazer com que cidadãos passem a ser tratados como viciados ou dependentes. Uma das consequências, disse, é o sistema de saúde ficar refratário a essas pessoas. Dados citados pelo secretário dão conta de que mais de 90% dos usuários de drogas não buscam ajuda no sistema de saúde.

 

Calzada afirmou ainda que, como outras drogas, como álcool, por exemplo, há riscos e efeitos colaterais negativos com o consumo de maconha, o que requer regulação e controle do Estado.

A audiência desta segunda-feira (2), que conta com participação popular pelos canais de interatividade do Senado, é a primeira de um ciclo de debates promovido pela CDH para ouvir autoridades, lideranças sociais e intelectuais, visando embasar o parecer da comissão sobre proposta de iniciativa popular (Sugestão 8/2014) que define regras para o uso recreativo, medicinal e industrial da maconha.

 

Também participam do debate a coordenadora-geral de Combate aos Ilícitos Transnacionais do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro; o representante do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime no Brasil, Rafael Franzini Batle; o relator da Sugestão 8/2014, senador Cristovam Buarque (PDT-DF); e a presidente da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES).

 

Fonte:

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Recentes estudos coordenados pela OEA têm demonstrado que, em todos os países onde houve algum nível de liberação das drogas, o consumo aumentou notadamente entre os jovens. Nos lugares onde houve maior tolerância com a maconha, seu consumo aumentou em razão da queda no preço do produto, verificando-se, também, um maior consumo de outras drogas perigosas. Este é o caso de Portugal, Áustria, Holanda, Reino Unido, alguns Estados americanos e o Brasil – onde, em 2006, a legislação abrandou a pena para o consumidor.

 

Na Holanda, o consumo de maconha cresceu 5%. Eu vi a bela cidade de Amsterdã - terra encantada do Rijksmuseum, StedelijkMuseum, Casa de Rembrandt, Casa de Anne Frank, Museu Van Gogh e outros - infestada de pessoas, principalmente jovens, exalando maconha de suas roupas pelos bondes. E este mesmo espírito libertarian, que não mede as consequências sociais dessas legalizações nefastas, incentiva, in pari passu, a perversão do turismo sexual do Bairro da Luz Vermelha. Dos grandes canais e artistas às bandeiras verdes e vermelhas da degradação moral, cultural e paisagística da capital dos Países Baixos.

 

No caso português, uma pesquisa realizada pelo Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT) registrou que, entre 2001 – data em que foi implementada a política de descriminalização da droga em Portugal – e 2007, o consumo continuado de drogas registrou, em termos absolutos, uma subida de 66%. De forma segmentada, a pesquisa apontou ainda que, no período em análise, registrou-se aumento de 37% no consumo de Cannabis, de 215% no de cocaína, de 57,5% no de heroína e de 85% no de Ecstasy.

 

Embora a psiquiatria brasileira confirme alguns benefícios clínicos pontuais da Cannabis no tratamento de algumas doenças como o glaucoma, faz o alerta quanto aos perigosos efeitos colaterais em longo prazo, tais como: infertilidade, esquizofrenia e outras psicoses, e desagregação social.

 

Uma pesquisa do Instituto Neurológico de Queensland, na Austrália, estudou mais de 3.801 homens e mulheres nascidos entre 1981 e 1984 e os acompanhou por 21 anos para perguntar-lhes sobre seu uso de maconha, avaliando os pacientes para episódios psicóticos. A conclusão: jovens que fumam maconha por seis anos têm o dobro da probabilidade de sofrer episódios psicóticos, alucinações ou delírios do que pessoas que nunca usaram a droga.

 

Os efeitos reais sobre os jovens são inevitáveis: aumentando o consumo de maconha, aumentará também a evasão escolar – por confusão mental, diminuição da memória e rebaixamento da inteligência –, a taxa de dependência química de outras drogas, índices de depressão e esquizofrenia.

 

Se já somos o maior mercado consumidor de ***** do mundo e o segundo de cocaína, temos perto de 10 milhões de jovens “nem-nem” (aqueles que nem trabalham, nem estudam), um consumo frenético de Rivotril (ansiolítico, o segundo medicamento mais vendido no país, algo em torno de 14 milhões de caixas/ano), 50 mil estupros e 47 mil homicídios por ano, 58º lugar no ranking de educação no Pisa, queremos ser o maior mercado de maconha, a ilustrar a nossa galeria de medalhas de papelão queimado?

 

O que se passa no Brasil de hoje já foi diagnosticado por Viktor E. Frankl - psiquiatra austríaco e fundador da logoterapia – em seu livro “Em Busca de Sentido - Um Psicólogo no Campo de Concentração”, em que afirma categoricamente: “há ampla evidência empírica de que as três facetas desta síndrome - depressão, agressão, dependência de drogas - são devidas ao que se chama em logoterapia de ‘o vazio existencial’, um sentimento de vacuidade e de falta de sentido”.

 

Texto de Wagner Bento.

E é mais que obvio que as mortes por tráfico vão diminuir, o que você tem que entender é que não é somente o tráfico que mata. São várias as consequências das drogas para a vida humana.

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  • Velha Guarda Ex-Staffer

Daora, 15/20 drogados, viciados fora de si em cada esquina.

Não estou falando todos, mas que terá muitos terá.

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