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O Fim (História bosta que eu inventei) Capítulo 1 - O Começo do Fim


MacacoFedido
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O fim.

 

O celular tocava em cima da mesa de minha casa, eu estava com muito sono. Acordei três horas da manhã e ainda não consegui dormir. Já era oito da manhã em um sábado. Eu sou um simples executivo que não tem uma vida empolgante. Nada demais. Eu levantei e andei pelo corredor, o chão de madeira estava gelado. Meus pés descalços faziam barulho pela casa silenciosa. Peguei o celular e o atendi. Era do trabalho, meu chefe dizia que por conta da nevasca não teria como ir para o trabalho. Obrigado, não aguentaria mais um minuto desse trabalho miserável.

 

Tentei olhar pela janela mas não dava para ver nem um palmo lá fora. Senti um pequeno tremor vindo do chão, os objetos da casa começaram a se mover. Nada diferente, sempre alguma vez no ano acontece isso nessa merda de lugar. Sentei no sofá e liguei a TV. Estava com uma leve interferência. Coloque um filme pelo DVD e voltei a assistir.

 

Outro tremor, desta vez pior. Alguns pratos caíram. Eu catei os pedaços de vidro e varri o resto e coloquei em um saco. Vesti um casaco, peguei o saco e fui jogar fora. A rua estava completamente deserta, óbvio que estaria. Desta vez grande tremor ocorreu e fez uma rachadura no chão.

 

Eu tentei correr mais o terremoto me fez cair no chão. A minha casa se partiu no meio e desabou. A mesma coisa ocorreu com as várias outras casas que estavam espalhadas pela rua. Estilhaços de parede vinham em minha direção e eu cobri o rosto. Quando eu tirei o braço que estava cobrindo o meu rosto, vinha um carro na direção em que eu estava na estrada. Eu me joguei pro lado, os tremores continuavam. Destruindo cada vez mais a paisagem.

 

As pessoas que conseguiram sair das suas casas começaram a correr sem rumo e tentar fugir da catástrofe que acontecia. Mas fugir para aonde? Eu me perguntava, caído no chão. De joelhos, sem saber o que fazer. Os estilhaços que me atingiram começou surtir efeito. A dor não era forte, mas incomodava. Eu agradeci por ter pego um casaco antes disso acontecer, não conseguiria aguentar sem ele. Como várias pessoas que saíram agora estão sem nenhuma proteção contra o frio.

 

Sem alimento, sem proteção. O que fazer agora? Minha única opção era fugir daquele lugar. Eu comecei a correr, correr para longe. Os carros passavam acelerados pelas ruas, atingindo as pessoas que estavam tentando atravessar. Caminhões tombados e várias pessoas saqueando eles. Não consigo entender como a natureza humana pode se transformar tão selvagem em tão pouco tempo.

 

Uma mulher estava desesperada, gritava por alguém. Eu apenas segui em frente, seguia sem olhar para trás.

 

Ainda estava correndo, passei tanto tempo correndo... já está anoitecendo. Definitivamente hoje foi um dia que eu nunca esquecerei. Será que isso foi apenas um simples terremoto? O quão grande esse terremoto foi? Estava exausto demais para pensar, só pensava em achar um local para dormir. Escombros por todos os lados, nenhum local no mínimo confortável. Eu entrei num mercado e procurei coisas básicas.

 

Olhava todas as prateleiras, fui no corredor de carne e peguei algumas que ainda estavam nos locais corretos, havia muita coisa derrubada pelo chão. Peguei uma lata de lixo e a coloquei dentro do mercado. O frio estava ficando insuportável, coloquei papel dentro da caixa e acendi eles com palitos de fósforo. Assei carnes no fogo que saia, o calor começou a irradiar pelo local, enquanto lá fora a neve começou a parar de cair.

 

– Oi? – Eu escutei uma voz enquanto dormia, num solavanco levantei e recuei, ainda atordoado. – Não se preocupe, não quero fazer mal algum. – Ela continuou, sua voz era suave e doce. Acho que uma pessoa com essas características não sobreviveria num mundo assim. Uma adolescente, não sabia quantos anos ela tinha. – Tem alguma coisa para comer aqui? Ou já saquearam tudo, como os outros locais. – Ela perguntou.

 

– Se quiser eu assei carne ontem à noite, está ali em cima do balcão. E mais para dentro deve ter biscoitos ou algo assim. – Eu respondi, voltando a me sentar. Ela se aproximou do balcão e pegou carne. – Qual o seu nome? Quantos ano você tem? – Perguntei a ela.

 

– Joana. Tenho 15 anos, e você? – Ela perguntou dando uma mordida na carne.

 

– Carl. – Eu disse, levantando do lugar onde eu estava e me encostando na porta.

 

– Você vai me deixar aqui? – Perguntou ela, se levantando.

 

– Eu não vou embora, só quero pensar um pouco. O que iremos fazer agora? – Perguntei, sentando novamente no chão frio.

 

– Ei? Já estamos juntos assim tão rápido? Qual a sua idade, vamos nos conhecer primeiro. –– Disse ela.

 

– Meu nome já disse, é Carl. Tenho 29 anos. – Uma pausa se estendeu pela sala. – Então, de onde você veio? Esse terremoto foi tão grande assim? – Perguntei mais uma vez, pegando um pedaço de carne que estava em cima da lixeira.

 

– Eu era da cidade vizinha. Uns 30km daqui. Estou andando faz umas 5 horas. Estava passeando no parque quando isso tudo aconteceu, fui para minha casa e estavam todos mortos. – Um clima ruim se espalhou pela sala. Havia uma apreensão no ar, até onde esse terremoto chegou?

 

– Então... para onde você acha que devemos ir? – Perguntei para ela. – Acho que devemos ir para o Sul, sugeri.

 

– Também acho, aliás. Não devemos tentar um local que não costume ter terremotos? Acho que o Sul é o melhor lugar. – Disse ela. De repente um som de passos começou a se espalhar pela rua. Acho que era cerca de 5 a 10 pessoas. Não dava para ter certeza. – Devemos ver quem é? – Perguntou ela.

 

– Acho que é melhor, eles vão nos ver de qualquer jeito. – Saímos de lá, eram 7 pessoas. Todas com aparência suja e estavam melados de sangue. Não sabia se eram deles ou de outra pessoa.

 

– Agarrem eles! – Um deles gritou, acho que era o líder. Estava com um casaco preto e um rifle de assalto na mão. Instintivamente, eu e ela estendemos as mãos para cima. – Levem os dois. – Ele falou, agora mais baixo.

 

– O que vocês querem com a gente? – Perguntei, não tentei resistir, não tinha como. Joana fez o mesmo. – Então, o que querem? – Disse depois de uma pausa.

 

– Isso foi coisa de Deus! Ele quer sacrifícios, Ele se irou contra nós! – Disse o líder, um traço de louco na voz. Todos eles pareciam devastados.

 

– O que? Isso não tem sentido! – Joana gritou, estava muito assustada. Realmente não fazia sentido, devia ser algo natural. Quer dizer, nem tão natural. – Queime-os na fogueira.

 

– Disse o líder, em voz calma. – Mais dois deles sugiram, de uma casa. O líder deu uma coronhada na cabeça de Joana, que apagou na hora. E, chegando em mim, fez o mesmo.

 

-

 

Estava em um lugar diferente, acho que dentro da casa. Tudo estava preparado, havia outras três pessoas ao meu lado, nenhum sinal de Joana. O líder despiu um homem, deixando-o totalmente nu. Ele estava falando em voz baixa, eu acho que ele estava orando. E o amarrou em um poste de metal. Ainda falando em voz baixa, acendeu o fogo. O homem começou a queimar vivo na minha frente. Um cheiro de carne queimada se instalou automaticamente em minhas narinas. Gritos desesperados de dor. Uma vontade de vomitar surgiu muito forte, mas eu me segurei. Agora ele pegou uma mulher e repetiu as mesmas coisas em outro poste. Faltava apenas um para chegar em mim. Onde está Joana? Será que ela já... não pode ser... antes do próximo chegar ao fogo ele lutou, ainda com roupas. Tentou fugir, eu aproveitei e me levantei. Tentei correr, mas um deles me puxou. Eu caí de costas no chão, as mãos amarradas.

 

– Ninguém vai sair daqui! – Gritou ele, era o líder. O outro cara que estava comigo pegou uma faca de um dos caras e cortou as amarras. E agarrou uma arma, não sei como ele fez isso. Ainda estava no chão, ele devia ser treinado... um soldado... não sei... tudo estava ficando confuso. Havia sangue em minha cabeça. Eu levantei, cambaleando. Novamente um cheiro de carne queimada se instalou em meu olfato, o local escuro estava iluminado com a fogueira que ardia queimando os dois. Os gritos e lamentos cessaram. Novamente me levantei, o líder agarrou uma arma e atirou no cara, os tiros erraram. Eu empurrei o líder, a faca dele caiu no chão. Eu segurei ela de um jeito que pudesse cortar a corda que me amarrava e então comecei a cerrar. O líder levantou do chão, a cabeça também sangrava. Parece que bateu no mesmo lugar que eu, e quando recobrou os sentidos eu já havia cortado a corda e segurava a faca de maneira ofensiva para ele. Ele pegou o seu fuzil e eu tentei me esconder. Ao apertar o gatilho ele percebeu que estava travado, ao destravar eu já havia me escondido. O chão estava viscoso e a fumaça se acumulava no teto e prejudicava a visão. O cheiro ruim continuava, o soldado estava num tiroteio com três lunáticos. Um pequeno machado estava ao meu lado, guardado e bem cuidado. Numa noite eles conseguiram juntar tantas armas? Ou acharam um forte, algo do tipo.

 

Agarrei o machado e saltei em direção ao líder, minha visão embaçou. Finalmente o efeito da pancada surgiu, a adrenalina estava indo embora. O soldado tinha derrotado os três, que jaziam mortos no chão. Eu recuei de volta para a cobertura. O líder agora prestava atenção no soldado. Barulho de tiro era frequente, não havia o que fazer a não ser olhar. Ele saltou atrás da cobertura onde eu estava.

 

– Não nos resta escolha, mais dois deles chegaram. Teremos que fugir, está me ouvindo? – Perguntou ele. Ele retornou a falar, mas eu não ouvia som algum. Ele me agarrou pelo braço e começou a correr. O líder atirando em minha direção, os tiros não acertavam. Ele parou para trocar o pente descarregado. Saímos correndo, o corredor estava escuro. Pedaços de metais estavam espalhados pelo chão. Isso foi o que fez minha cabeça sangrar, pontas de vigas e concretos. O terremoto abalou essa construção, não irá durar mais 2 meses em pé.

 

– Eu sei como resolver isso. – Sussurrei para ele. – Algo que faça impacto nas paredes, alguma explosão. Iria botar essa casa no chão. – Continuei, havia outra porta no corredor, apenas essa. Olhando pela portinhola que havia ali, três pessoas amarradas lá dentro. Joana era uma delas.

 

– Joana! Ei! – Eu gritei, batendo na portinhola. Ela não olhava, parecia que a porta não fazia som. Chutei a porta, fez um barulho bem alto. Ela olhou, finalmente. Seus olhos negros estavam apontados para a porta. Ela estava falando, mas não dava para ouvir. Uma janela estava aberta no outro lado da porta. – Vamos arrodear e entrar pela janela. – Sugeri, saindo pelo corredor e entrando no quarto ao lado. Outra janela estava lá, porém essa estava fechada.

 

– Não conhecemos esse lugar, devemos sair agora! – O soldado gritou.

 

– Eu não vou sair sem Joana. – Falei, calmamente. Chutei a janela e a madeira rachou um pouco. Repeti o chute. A rachadura aumentou. – Eu não vou sair sem ela, não posso deixar ela sozinha aqui.

 

– Você tem que fazer isso! Se não você irá morrer! Sacrifique isso. – Ele disse, perdendo a paciência.

 

– E se eu não quiser? – A janela finalmente cedeu. – Por favor... eu te peço... só me dê 10 minutos. A gente precisa juntar forças, precisamos ficar juntos. Como é seu nome? – Perguntei a ele, estendendo a mão. Nós estávamos sujos de cinzas e poeira. Nossas roupas estavam enegrecidas.

 

– Bruno, eu sou o Sargento Bruno. – Disse ele, estendendo a mão.

 

– Carl, agora tenho que fazer algo. – Falei, o cumprimentando. Subi pelo parapeito do prédio e me equilibrei. Cair ali seria morte certa. Entrando pela janela do quarto onde Joana se encontrava, eu desci e abracei ela.

 

– Tudo vai dar certo, nós vamos para o sul. Você vai ver, tudo vai melhorar.

 

Sugestões são 100% bem vindas.

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Hagaro-sempai

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