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Lei Maria da Penha, o que vc pensa sobre?


Hagaro
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Não existe igualdade entre provedor e dependente. Não existe igualdade entre agressor e agredido.

 

Não mesmo. Porém, o mesmo homem que apanha não é o mesmo homem que bate em mulheres.

 

Achar que toda mulher é forte o suficiente para responder a altura quando agredida é fugir da realidade. A vida não é assim, ela não é um céu azul onde o voo é tranquilo ou um quartinho cor de rosa onde tudo é amor.

 

Realmente, mulheres fracas trancam-se em suas casas, temendo pelas suas vidas todos os dias e a delegacia é a apenas uma linha de ônibus.

 

Muito se fala sobre educação e tudo mais. Por muito anos, séculos, nesse país mulheres foram proibidas de estudar, elas eram criadas por suas famílias para casar, se tornar donas de casa, obedecer a seus maridos, criar seus filhos e nunca reclamar da porradas que levariam. Você não quebra uma tradição pútrida de dominação sem proteger a parte prejudicada na história.

 

Então são as mulheres que não procuram mudar a história, continuam com o erro de abaixarem a cabeça? Sabe como proteger uma mulher que apanhou? Ela que vá na delegacia, faça a denuncia (com Maria da Penha ou não) e espere pela justiça.

 

Há sim leis de proteção aos homens. Dê um murro na cara do seu amigo e veja as consequências, aguarde o processo e estude as leis aplicadas. Elas também valem para o caso de uma mulher agredir um homem. Mas o que essa lei trata é algo ainda mais profundo e mais grave.

 

Ela protege a dependente de seu provedor/agressor, ela tenta inibir a ação predatória daqueles que considero doentes mentais, ela dá voz a quem tem a boca tapada enquanto seu olho é socado e seu útero chutado.

 

Se eu der um murro em um garoto fraco, magro e pequeno, ele vai poder usufruir de uma lei especial? Não. Continua sendo mais fraco que eu, do mesmo jeito que a mulher seria.

 

"Ah, mas mulheres sofrem, é tradição..."

 

E as pessoas que precisam conviver com o estereotipo de CDF não? Conte-me sobre como os gordos, que são humilhados e inferiorizados, precisam seguir uma lei de igual para todos.

 

Não se quebra uma tradição execrável que perdura por séculos com uma lei, isso é verdade, mas é com ela que começa a fazer algo mais que apenas olhar pro outro lado com desculpas esfarrapadas. Nesse ponto ela é melhor que nada, melhor que a hipocrisia que dominava esta sociedade, assim como a maioria das sociedades latinas e quase todas as muçulmanas.

 

Como se resolve um problema? Com uma solução. Nós só encontraremos a solução por tentativas. Suas palavras de que mulheres não conseguem encontrar justiça com tal lei só mostram que a mesma é inútil. Tentaram uma solução, não adiantou. Próxima!

 

E volto a repetir: "Se a lei separa os se.xos, como você afirma e eu discordo, não seria mais justo lutar pela criação de uma lei equivalente que protegesse o homem ao invés de apenas apontar a suposta distorção que ela cria?" As leis já existem.

 

Ah, por favor, mostre-me a lei exclusiva para homens se defenderem de mulheres. Caso não tenha, não serve leis de agressões que não definem sexo, essas não se igualam a Maria da Penha.

 

E ao contrário do que você acredita a culpa do não efeito da lei não é da mulher, é da justiça que não a aplica corretamente; dos juízes machões que dão porrada em casa e não enxergam nada de errado quando um homem espanca sua esposa; é da polícia que não garante o cumprimento do mandato judicial; é da cultura local que faz com que muitos homens acreditem que podem fazer valer sua opinião a força independente de haver sentença em contrário; é do sentimento de impunidade que se tem... Se há culpa da mulher também há medo, medo de perder o único meio de subsistência - o casamento - medo de ver seus filhos espancados também, medo de perder seu lar, medo de não ter como garantir sua vida. E o pior de todos os medos, o da impunidade que pode, inclusive, leva-la a morte.

 

Quando uma mulher que passa por isso dizer o mesmo, considerarei mais do que palavras suas. Por enquanto é uma lei que não funciona, mostrando que não é a solução e nem uma forma de aliviar o problema.

 

Igualdade passa por respeito e respeito passa por garantias. Se a relação é desigual cumpre ao Estado garantir proteção, foi isso que o legislador criou com essa lei e é isso que entende a mais alta corte desse país, o STF.

 

Se a relação é desigual, o inferior deve ir atrás da igualdade.

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Leonardo, acho que você não tá entendendo bem o mikhail. Tenta dar uma acalmada nos ânimos, você se envolve demais, cara. Ainda sobre o assunto:

 

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Leonardo,

 

Sou neto de um desembargador, por 3 anos meu avô me fez ler e acompanhar os processos que ele relatou, julgou e avaliou. Foram recursos de sentenças em primeira instancia, casos já julgados por juízes de primeiro grau nos quais os advogados de uma das partes apelava da decisão.

 

Por 3 anos pude ler, ver e ouvir das mais simples besteiras até os casos mais escabrosos que tenho notícia. Por 3 anos vi mulheres mutiladas, espancadas, desdentadas, quebradas e até torturadas por seus maridos. Isso me deu a dimensão do que ocorre e da necessidade da lei.

 

Minhas convicções não são as de um ativista de sofá, ou as do pensador de teclado. São de quem pode ouvir depoimentos, ver os traumas físicos deixados e acompanhar, ainda que brevemente, a histórias de várias dessas vítimas. A lei é necessária, foi criada por necessidade e não por futilidade ou frugalidade. Não foi criada por capricho ou vontade de espezinhar sua vida ou sua opinião.

 

De homem pra homem:

 

- A lei Maria da Penha não me incomoda, de verdade me sinto muito bem sabendo que ela existe. Não tenho problema algum em defender-me de uma possível agressora e não vejo razão para utilizar nenhum outro dispositivo legal que não os existentes, inclusive a própria lei, na defesa de quaisquer de meus diretos atuais ou futuros. Por que ela te incomoda tanto?

 

Como se resolve um problema? Com uma solução. Nós só encontraremos a solução por tentativas. Suas palavras de que mulheres não conseguem encontrar justiça com tal lei só mostram que a mesma é inútil. Tentaram uma solução, não adiantou. Próxima!

 

E o que essa lei é se não uma tentativa de solução?

 

Você parece querer tirar coelhos de cartolas. Chamar de inútil algo que existe ha talvez 8 anos e que busca quebrar um comportamento com séculos de existência e prática é LEVIANDADE! O que apontei foram falhas no sistema e não falhas na lei, foram falhas no caráter das pessoas e não falhas na legislação em curso.

 

Bom, eu espero sinceramente que você jamais tenha em sua família uma mulher espancada por um namorado, companheiro ou marido. Do fundo do coração espero que você jamais se arrependa de seu ponto de vista. Continue achando que igualdade é eliminação de garantias e não a imposição delas.

 

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"Rerum cognoscere causas."

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