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Porque Faixa de Gaza e Israel estão em conflito?


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Tava sobrando ferro e pólvora, e tinha muita mina feia, ai juntaram o útil ao agradável, fabricaram balas de ferro com pólvora, e começaram a matar as minas feias, fim.

HUEEEEEEEEEEEEEEE

 

Cara, algo sobre invasão, não querer dividir e não saber conviver junto relacionado a terra santa deles, esqueci essa história bíblica dos rios lá, boatos lá era o paraíso(onde habitavam Eva e Adão).

 

Aqui, ele explica de um jeito escroto, infantil, superficial e resumido, mas da pra entender e se inteirar sobre o assunto:

 

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Tem a ver com os Judeus, eles não tinham um estado próprio e "dominaram" Israel. (algo assim)

Então, os moradores antigos (palestinos), lutam para expulsar esses "visitantes" indesejados, que dominam mais de metade do país atualmente.

A faixa de Gaza é povo palestino antigo que ainda habita Israel, os restante são os Judeus.

 

Israel :

 

10%--------- Moradores verdadeiros que nasceram e vivem lá.

90% -------- Judeus sem o que fazer que invadiram o país e não querem sair.

 

Este é o motivo da guerra.

 

Foi assim que eu aprendi, se eu estiver errado me corrijam.

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cara se eu não me engano, os judeus já moravam lá por volta de 1500 - 1000 AC, quando Davi ganhou a guerra e criou um estado judeu, depois esse estado foi invadido por outros povos, e desde o séc 1 D.C os judeus foram expulsos de suas terras, só voltando em 1948 com a criação do estado de Israel.

 

Rei Davi

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A bandeira de Israel tem a estrela de Davi, que é justamente em homenagem ao Rei Davi que criou/conquistou o estado Judeu

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Mas os árabes dominaram esse local desde 1000 D.C. até 1948, quando foi feito a criação do estado judeu, Israel, e a maioria dos palestinos foram expulsos de Israel e se instalaram em lugares precários, chamados de campos de refugiados (faixa de gaza), acho que atualmente existem 2 milhões de palestinos morando nos campos de refugiados (faixa de gaza), onde através dos rebeldes, estão lutando contra Israel para "expulsar" o povo judeu de Israel, e criar um estado palestino.

 

Faixa de Gaza

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Mas como disse anteriormente, é um povo rebelde contra um estado com um poder bélico que o coloca entre os 10 principais exércitos do mundo, por isso esse massacre atual que nós vemos.

 

 

Mas esse assunto é mais complexo do que uma simples luta por terra, mesmo esse local sendo sagrado pras duas religiões (sim, ironicamente o lugar que é considerado um dos lugares mais sagrados do mundo, talvez seja o mais sangrento da história, guerras, cruzadas na idade média, conflitos atuais, esse lugar está há 3000 anos em guerra)

 

Mas existem outros fatores:

 

- árabes não gostam dos judeus, e inventam qualquer coisa pra matá-los (os judeus são perseguidos e mortos há 2000 anos, pelos cristãos, nazistas e principalmente os árabes)

- as organizações criminosas (Hamas) não querem que a guerra acabe, pois elas lucram com ela, eles recebem financiamento de outros países, valores milionários, e com a paz eles não iriam ganhar nada

- Israel é aliado dos EUA, pois pros EUA é interessante vc ter um aliado com forte poder bélico no Oriente Médio, lugar estratégico na geopolítica.

- a ONU poderia fazer alguma coisa pra minimizar essa guerra, mas a ONU é "comandada" pela maior potência do mundo, os EUA, e pros EUA é interessante Israel matar milhares de palestinos, deixando os árabes mais fracos.

- Uma das principais fontes de dinheiro pros EUA é com a guerra, venda de armas, tecnologia militar etc... É interessante economicamente pros EUA essas guerras, quanto mais guerra mais dinheiro pros EUA

 

 

 

Resumindo: a guerra no oriente médio é bom pro lado dos árabes (os líderes das organizações criminosas ficam milionários, vide Yasser Arafat que morreu com um patrimônio avaliado em 300 milhões de dólares) e tbm pra Israel(querendo ou não estão matando seus inimigos, de forma fácil, sem perder muitos civis/militares) e pros EUA (que fatura vendendo arma e tecnologia militar pra Israel)

 

Ou seja, por isso não vejo o fim desses conflitos, pois é bom pros dois lados, só é ruim pros civis, mas quem é que liga pra eles não é verdade?

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O problema são as terras.

 

Tanto os muçulmanos quanto os judeus consideram aquela região sagrada, por isso ambos querem.

 

O conflito acontece desde o inicio do século 20, mas a guerra deste momento acontece por causa do sequestro e assassinato de três estudantes que moravam em um assentamento israelense na Cisjordânia. Israel acusou o Hamas, mas o grupo nega.

 

Apenas dois fatores que causaram e causam tanta confusão.

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  • Velha Guarda Ex-Staffer

@kazzos

 

Não houve expulsão de judeus no primeiro século.

 

Comecei a procurar livros sobre o exílio – um acontecimento fundador na História Judaica - quase como o genocídio; mas, para meu grande espanto, descobri que não existia literatura sobre o tema. O motivo é que ninguém exilou um povo desta terra. Os Romanos não deportaram povos e não o poderiam ter feito mesmo que o pretendessem. Não tinham nem comboios nem caminhões para poder deportar populações inteiras. Uma logística dessas não existiu antes do século XX. Foi, de facto, a partir daí que surgiu o meu livro: da compreensão que a sociedade judaica não tinha sido dispersa nem exilada[...] Nenhuma população se mantém pura ao longo de um período de milhares de anos. Mas a possibilidade de que os Palestinianos sejam os descendentes do antigo povo da Judeia são bastante maiores que a possibilidade que você ou eu [ambos judeus] o sejamos. Os primeiros sionistas, até à insurreição árabe [1936-1939], sabiam que não existira nenhum exílio e que os Palestinianos eram os descendentes dos habitantes da região. Eles sabiam que os camponeses não partem de um local a não ser que sejam expulsos. Até Yitzhak Ben Zvi, o segundo presidente do Estado de Israel, escreveu em 1929 que "a grande maioria dos fellahs (camponeses árabes) não são originários dos invasores árabes mas, muito antes disso, dos fellahs judeus que constituíam a maioria da região". (

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@kazzos

 

Não houve expulsão de judeus no primeiro século.

 

 

Tem razão, me expressei mal.

 

Eles simplesmente perderam a liberdade religiosa/cultural, realmente eles não foram exilados, mas eu acho que pelo menos eles foram se espelhando pelo mundo, em busca de uma certa liberdade.

Foram perseguidos por qse 2 mil anos, e até hoje estão ai, é incrível isso.

 

Em relação a essa questão de que os palestinos sejam os verdadeiros herdeiros, é uma questão polêmica, pois aquele que foi responsável pela conquista/evolução do território foi o Rei Davi, Rei Judeu, e acho no mínimo estranho que os verdadeiros herdeiros desse local sejam "inimigos" dos judeus.

 

Mas esses conflitos não sao exclusivamente pelo território, existe muita coisa em jogo.

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DIÁSPORA >> Dispersados, exilados.

 

Você não expatria um grupo apenas realocando. Também é possível fazê-lo escravizando-os, oprimindo-os de tal forma que não reste outra saída se não a migração. Como alternativa você pode matá-los.

 

A primeira diáspora, a dos registros sagrados, foi por idolatria. D'us retirou seu povo de sua terra por não observarem seus mandamentos e ensinamentos espalhando-os pelo mundo. Para os registros históricos um povo fraco que não conseguiu defender-se foi levado a migrar pelas inúmeras guerras com seus vizinhos e a continuada perda de território. Isso foi um processo lento que teve início bem antes do Cristo, cerca de 700 anos antes.

 

A segunda diáspora foi a que deu origem aos Judeus Europeus, Judeus negros Africanos e aos Judeus Asiáticos. Ela não foi total, mas foi suficiente para que abrisse caminho para ocupação do território por outros povos, novamente.

 

Os palestinos não tem "sangue puro". Muitos são descendentes dos Judeus remanescentes da segunda diáspora. A conversão religiosa acontece quer por fé, convencimento, imposição simples ou mesmo pela força. Isso aconteceu na palestina tanto quanto aconteceu na Europa na inquisição - Cristãos novos.

 

 

O que acontece hoje em Israel é uma guerra por território e pelo direito de existir. É o sionismo em prática contrapondo-se a uma nova diáspora.

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"Rerum cognoscere causas."

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  • Velha Guarda Ex-Staffer
DIÁSPORA >> Dispersados, exilados.

 

Você não expatria um grupo apenas realocando. Também é possível fazê-lo escravizando-os, oprimindo-os de tal forma que não reste outra saída se não a migração. Como alternativa você pode matá-los.

 

A primeira diáspora, a dos registros sagrados, foi por idolatria. D'us retirou seu povo de sua terra por não observarem seus mandamentos e ensinamentos espalhando-os pelo mundo. Para os registros históricos um povo fraco que não conseguiu defender-se foi levado a migrar pelas inúmeras guerras com seus vizinhos e a continuada perda de território. Isso foi um processo lento que teve início bem antes do Cristo, cerca de 700 anos antes.

 

A segunda diáspora foi a que deu origem aos Judeus Europeus, Judeus negros Africanos e aos Judeus Asiáticos. Ela não foi total, mas foi suficiente para que abrisse caminho para ocupação do território por outros povos, novamente.

 

Os palestinos não tem "sangue puro". Muitos são descendentes dos Judeus remanescentes da segunda diáspora. A conversão religiosa acontece quer por fé, convencimento, imposição simples ou mesmo pela força. Isso aconteceu na palestina tanto quanto aconteceu na Europa na inquisição - Cristãos novos.

 

 

O que acontece hoje em Israel é uma guerra por território e pelo direito de existir. É o sionismo em prática contrapondo-se a uma nova diáspora.

 

O que você acha disso?

 

- Dizer que o povo judeu é uma invenção do século XIX parece uma provocação.

- No final do século XVIII e princípio do XIX surgiu o nacionalismo, e durante a segunda parte do séc. XIX cimentou-se a ideia do nacionalismo judeu. Os franceses sabiam que o seu povo existia desde os gauleses, os alemães que existiam desde os teutões e os judeus começaram a pensar que eram um povo desde o segundo Templo. O Estado de Israel diz que é o Estado do povo judeu e que é um Estado democrático e judeu, o que é um oximoro, uma contradição”

 

- Na sua opinião isso não é correcto.

- Defendo que isso é uma “invenção”, como também não creio que existisse um povo francês 250 anos atrás. A maioria que vivia no reino francês não sabiam que eram franceses, inclusive não o sabiam na primeira metade do século XIX.

 

- Contudo, os judeus sempre tiveram uma identidade.

- Não creio que tivesse existido um povo judeu até recentemente. Inclusive lhe direi que penso que nem hoje existe um povo judeu.

 

- Porquê?

- A Bíblia não é um livro de História, é um livro de Teologia. Foram os protestantes, e depois os judeus, que converteram a Bíblia num livro de História.

 

- O povo judeu é uma invenção cristã?

- Exatamente. Vejamos, por exemplo, o suposto exílio judeu. O exílio nunca existiu. Quando os romanos destruíram o Templo no ano 70 da era cristã, não expulsaram os judeus pela força. Os romanos nunca exilaram a povos, algo que sim fizeram os assírios e os babilônios com algumas elites.

 

- Quando começou então essa versão da história?

- A história sionista aproveitou o mito cristão do mártir Justino, que foi o primeiro a afirmar, no século III, que Deus castigou os judeus com o exílio porque não aceitaram Jesus. Essa foi a primeira vez que se afirma que os judeus foram deportados.

 

- Então, não houve deportação…

- É verdade que os romanos não permitiram aos judeus viverem em Jerusalém, mas os cristãos criaram a fantasia de que não se lhes permitiu viver em toda a Judeia. A raiz do mito do exílio judeu é cristã. Jamais houve exílio. Não existe nenhum livro científico que o afirme. Nas notas de 50 shekels diz-se que Tito deportou os judeus, mas isso é um mito.

 

- Isso vai contra o que se afirma normalmente.

- Exato, embora atualmente existem historiadores que dizem “Bom, não houve exílio mas sim que houve emigração”. O certo é que como os gregos e os fenícios, os judeus viajaram pelo Mediterrâneo…

 

- E isso não é correto? Na Península Ibérica já havia judeus nessa época.

- Antes de Jesus Cristo havia na Palestina entre meio milhão e um milhão de judeus. A grande maioria, noventa ou noventa e cinco por cento, eram camponeses. Os judeus não eram como os fenícios ou os gregos, não viajavam tanto pelo mar. A proporção dos que saíram é infinitamente muito pequena.

 

- Mesmo depois da destruição do Templo no ano 70?

- Inclusive nessa época. O que aconteceu antes do ano 70, no período que vai dos Macabeus a Adriano, foi que o judaísmo começou a dispersar-se. Atenção, foi o judaísmo que se dispersou, não os judeus. É verdade que saíram comerciantes e soldados que levaram consigo a ideia monoteísta, mas não foram muitos. Os Macabeus conquistaram Edom e obrigaram pela força os seus habitantes a converterem-se ao judaísmo. O mesmo aconteceu em Galileia. Desde o século II antes de Cristo até ao século II depois de Cristo, o judaísmo foi a primeira religião monoteísta proselitista.

 

- Mesmo durante a diáspora?

- No Mediterrâneo, no final do século I depois de Cristo havia quatro milhões de crentes judeus. Foi durante esse período proselitista quando o judaísmo se projeta no Mediterrâneo.

 

- Quer dizer que a maioria dos judeus do Mediterrâneo não vieram da Palestina?

- Efetivamente, a grande maioria não são originários da Palestina. Foram convertidos. Desde a época de Adriano, no século II, verificou-se uma drástica queda do número de judeus porque muitos se converteram ao cristianismo. De quatro milhões de crentes judeus passou-se a um milhão.

 

- Converteram-se ao cristianismo?

- E o que vou a dizer agora está relacionado com a Península Ibérica. No início do século IV produz-se a vitória do cristianismo com Constantino e decresce o número de judeus. O judaísmo prevalece especialmente em Palestina, em Babilônia e no Norte de África. No Norte de África, no século VII, quando chega o Islão, são os judeus que lutam contra os muçulmanos. Existiu uma rainha judia berbere, Dahia Kahina, que lutou contra os muçulmanos. O historiador árabe Ibn Jaldun menciona que na zona havia tribos judaicas muito grandes. A rainha Kahina morreu lutando contra os muçulmanos em 694. Tariq ibn Ziyad, o conquistador da Península Ibérica em 711, era berbere. Existem muitos testemunhos antigos cristãos que afirmam que os conquistadores eram judeus e muçulmanos. Muitos judeus juntaram-se ao exército muçulmano porque sofreram muito durante os reinos visigodos.

 

- Só então entram os judeus de forma massiva na Península Ibérica?

- Frequentemente me perguntava porque havia tantos judeus na Península Ibérica e não em França ou Itália, porque havia tantos judeus no lugar geograficamente mais afastado da Palestina. É óbvio que houve alguns soldados e comerciantes que se converteram, como em França ou Itália. Mas porque de repente há tantos judeus na Península? Creio que a resposta tem que se procurar na conquista berbere de judeus e muçulmanos. O conquistador Tariq ibn Ziyad pertencia à tribo Nafusa, a mesma tribo da rainha Kahina. Se em 711 Tariq ocupou um posto tão destacado, é bastante provável que em 694 fosse um soldado no exército judeu de Kahina. Não pode ser de outra maneira. Certamente Tariq foi um judeu que se converteu ao islão. Se lemos os testemunhos antigos, constatamos que os cristãos acusam conjuntamente muçulmanos e judeus da conquista da Península. Creio que é por isso porque o número de judeus em Espanha é tão superior ao número de judeus em França ou Itália.

 

- Então a maioria dos judeus da Península Ibérica provinha de judeus berberes convertidos?

- Efetivamente. Colocarei outro exemplo, os judeus de Iêmen. Também existiu um reino judeu em Iêmen durante 120 anos, no final do século V e princípio do VI; uma tribo que se tinha convertido ao judaísmo.

 

- Você menciona também o reino dos cázaros, um povo originário de Ásia Central, que se converteu ao judaísmo.

- Com os cázaros aconteceu exatamente o mesmo: é o judaísmo, não os judeus, o que se expande. A massa demográfica mais numerosa é a dos cázaros. É curioso que o sionismo reconhece a importância dos cázaros até 1967 e depois deixa de ser uma tese legítima.

 

- Dos cázaros proveem os judeus asquenazitas de Europa?

- Assim é. Os mongóis expulsaram os cázaros para Europa. Não pode ser que os judeus de Polônia tenham vindo de Alemanha, porque em Alemanha, nos séculos XII e XIII, apenas havia uns centos de judeus, não se pode passar de um dia para o outro a três milhões de judeus na Polônia, é simplesmente impossível. Os judeus de Polônia e de outros países da Europa Oriental, só podem descender dos cázaros. Ainda em 1961 havia um prestigiado historiador israelita que afirma que os cázaros são os antepassados dos judeus de Europa Oriental. Naquela altura ainda se aceitava que não provinham da Alemanha.

 

- A sua teoria é que a maior parte dos judeus de hoje não proveem da Palestina mas de outros povos que se converteram ao judaísmo.

- Exato. Mas existe outra questão importante: se não houve exílio da Palestina, se os romanos não expulsaram os judeus, que aconteceu aos judeus da Palestina? Existem muitos historiadores israelitas, incluídos Yitzhak ben Zvi, o segundo presidente de Israel, ou David ben Gurion, que até 1929 afirmavam que os palestinianos árabes são os verdadeiros descendentes dos judeus. Esta tese, defendida pelos principais sionistas, morreu em 1929. Ainda em 1918 Ben Zvi e Ben Gurion escreveram juntos um livro onde afirmavam que os palestinianos são os autênticos descendentes dos judeus. Contudo, dizer isto hoje em dia causa escândalo.

 

- O sionismo não o aceita.

- É importante entender que existem duas versões do nacionalismo, uma do rio Reno para Ocidente e outra do Reno para Oriente. Em todas as partes se inicia o nacionalismo como um fenômeno racista etnocêntrico, mas em Ocidente deriva num movimento político civil. Ao contrário, a Oriente do Reno prevalece o seu carácter etnocêntrico. Em ambas as partes há racismo. Em França, se tens a nacionalidade francesa és francês, em virtude dos valores republicanos. Mas na Alemanha, mesmo que tenhas a nacionalidade não és necessariamente alemão. Em Polônia, desde 1919, se não és católico não és polaco. O sionismo nasceu entre Alemanha e Polônia e por isso tem uma forma meio alemã meio polaca.

 

- Mas um judeu é o filho de uma mãe judia.

- Sim, segundo a lei religiosa, mas para o sionismo o judaísmo é povo e nação. Não se pode entrar mas também não se pode sair. Só podes entrar se te convertes religiosamente. O sionismo não era religioso mas utilizou a religião porque não dispunha de outros instrumentos para delimitar o judaísmo. A minha tese é que o sionismo adotou componentes etno-religiosos dos polacos e etno-biológicos dos alemães e criou uma espécie de nacionalismo fechado, que não é político nem civil como foram os nacionalismos ocidentais.

 

- E quais as suas previsões para o futuro?

- Hoje em dia o sionismo conserva o seu carácter etnoreligioso e creio que isso destruirá o Estado de Israel.

 

- Porquê?

-O Estado de Israel afirma que é o Estado do povo judeu e que é um Estado democrático e judeu, o que é um oximoro, uma contradição. Um Estado democrático pertence a todos os seus cidadãos. Uma quarta parte dos cidadãos de Israel não são judeus, mas o Estado afirma que pertence somente aos judeus. Existem leis que dizem que o Estado é judeu e que o Estado não está aberto aos outros. O sionismo não reconhece os “israelitas” não judeus e isso não pode continuar. Mesmo que Israel saia dos territórios ocupados não haverá calma. Os árabes estão vivendo num Estado que diz que não é deles, em cujo hino nacional se fala do “espírito judeu”. Quanto tempo poderá durar esta situação? (

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São tantas as teorias nas quais essa forma de pensar, assim como as conclusões, se baseiam que ficaria difícil dissertar sobre cada uma.

 

Em linhas gerais concordo com muito do que é dito. Não se pode levar a ferro e fogo tudo que está transcrito nas escrituras. São relatos religiosos que, muitas vezes, carecem de comprovação e exigem algo a mais de quem lê e acredita: Fé!

 

Contudo é inegável que os Judeus existiam enquanto povo. Ou como explicar a organização, as divisões políticas, os templos, os reis, as leis...? Tudo comprovado historicamente, datado de tempos anteriores ao Cristo. Não é preciso uma declaração ou certidão de nascimento para cada habitante para que então se possa afirmar que há ali um povo.

 

Já no tocante ao exílio, as diásporas, elas jamais foram completas ou totais, mesmo que através delas muitos tenham se convertido ao Judaísmo tanto quanto muitos Judeus tenham sido convertidos a outras religiões pelo mundo conhecido à época.

 

Sempre houve judeus na Palestina, como sempre houve não Judeus por lá também.

 

Disse um Rabino uma vez: "Em guerras contra vizinhos Caim mata Abel e ainda acha-se justificado." Irmão mata irmão, no contexto Israel X Palestina isso somente se justifica se fossemos todos de uma mesma origem.

 

Essa confusão entre Estado de Israel e Estado Judeu um dia terá que ser desfeita. O Estado de Israel deveria ser um Estado laico para ser chamado de pleno e democrático, mas não o é. O Estado Judeu não é laico, mesmo que líderes religiosos não detenham o poder político a religião influencia demasiadamente inclusive forçando a distinção entre os nascidos por lá, entre Judeus e não Judeus. - Não há discriminação como a racial, mas há distinção que fica muito clara em época de conflitos.

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"Rerum cognoscere causas."

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