Analogia...

[mikhail 99]

Joãozinho ganhou de seu pai uma bola e o ouviu dizer:

 

- Vá jogar lá na rua meu filho! Jogue duro, seja firme, não esmoreça e me faça orgulhoso!

 

Joãozinho pegou sua bola e foi pra rua. Joga pra lá, joga pra cá e quando estava ficando bom se empolgou. Um chute mais forte e pronto, lá se foi a vidraça de dona Maria.

 

Joãozinho ainda tentou esconder-se e culpar a outro, mas não deu. Muitos viram, até filmaram, sua culpa estava documentada.

 

Dona Maria acabou ferida e com um tremendo prejuízo. Questionou o pai de Joãozinho e o fez pagar pela vidraça quebrada, além dos custos com médicos e medicamentos necessários graças aos ferimentos causados pelos vidros ao quebrar.

O pai de Joãozinho não trabalha e vive dos recursos de sua família e amigos. Os prejuízos causados acabaram sendo pagos por esses familiares e amigos que viram-se impelidos e compelidos a arcar com esses custos.

 

Perguntas:

 

• Você acha certo que o pai de Joãozinho pague pela vidraça quebrada e que custei o tratamento médico de Dona Maria?
  
• Você acha correto que os familiares e amigos tenham que arcar com esses custos?
  

 

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Responda as perguntas acima e depois volte aqui, abra e leia.

 

 

Analogias, paralelos, simetrias e diferenças....

 

Vamos testar sua capacidade analítica e vejamos se você conseguirá entender.

 

Personagens:

 

• Pai >> O Estado
  
• Joãozinho >> Polícia
  
• Bola >> Arma
  
• Jogo >> “Ação de combate a ilegalidade – Trabalho policial”
  
• Amigos e familiares >> Cidadãos contribuintes: EU e VOCÊ
  

 

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Agora responda novamente:

 

• Você acha certo que o pai de Joãozinho pague pela vidraça quebrada e que custei o tratamento médico de Dona Maria?
  
• Você acha correto que os familiares e amigos tenham que arcar com esses custos?
  

 

Traduzindo:

 

Você acha certo que o contribuinte – você e eu – paguemos uma pensão mensal pelos próximos

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a família de Dona Claudia?

 

Lembre-se de que o Estado nada produz, ele “vive” do dinheiro dos impostos que nós pagamos. Os mesmos impostos que servem para a educação, saúde, segurança e outros serviços que deveríamos receber já que os custeamos.

 

[kazzos 1]

Eu entendo que vivemos em uma comunidade, logo eu acho certo que a família que foi prejudicada tenha um aporte público.

 

Usando também uma analogia, eu vejo, mesmo sendo uma visão utópica, que o dinheiro dos impostos iriam para um "cofrinho" e que através de um consenso, esse dinheiro iria ser administrado por uma pessoa de confiança, onde ele escolheria como e aonde esse dinheiro iria ser aplicado, e ao meu ver essa pessoa de confiança numa situação dessas (quebrou o vidro, dona maria saiu prejudicada) iria retirar o dinheiro do cofre para ajudar a dona maria, e o consenso dos contribuintes seria de apoio e não de reprovação.

 

Entendo também que esses acontecimentos tiveram repercussão da mídia, mas com certeza deve acontecer muitas coisas que não são divulgadas, e que no final os únicos prejudicados são os familiares.

[Kairs1 2]

Você acha certo que o contribuinte – você e eu – paguemos uma pensão mensal pelos próximos 26 anos a família de Dona Claudia?

Talvez não. Se for contar, são apenas alguns centavinhos de cada pessoa [talvez nem isso].

 

O que eu não acho certo é pagar milhões e milhões para manter times de futebol por um patriocineozinho que servirá para pagar gente que recebe meio milhão de reais por mês.

Muito menos deixar os bancos nos comerem cada vez mais.

 

Apenas estamos pagando o preço por ter uma Polícia despreparada :inocente:

 

Embora o dinheiro nunca compensará a dor da morte de uma pessoa, ainda mais como ocorreu, acredito que seja algo que pelo menos ajudará a confortar a família.

[Nefαhαl 116]

Acho que não temos para onde correr, a vida é injusta de vez enquando, por isso, nós pagamos por algo que nem somos culpados. Como por exemplo, pagamos os policiais para nos defender e eles acabam financiando o tráfico, a corrupção, e somos nós quem "bancamos" tudo isso.

[Blue.Fenix 5]

Você acha certo que o pai de Joãozinho pague pela vidraça quebrada e que custei o tratamento médico de Dona Maria?

Sim. Visto que seu filho é menor e não tem condições e que ele é o responsável legal pela criança.

Além disso, se não fosse por ele, o guri não teria quebrado a vidraça.

 

Você acha correto que os familiares e amigos tenham que arcar com esses custos?

Não acho certo nem ele viver às custas da família (A não ser que ele seja doente e não possa trabalhar), e nem ter que cobrar a família por este prejuízo.

 

 

Quem deveria pagar a tal pensão são os policiais incompetentes culpados pela morte desta pobre mulher, e não toda a sociedade.

Uma redução salarial de cada um seria muito mais justa do que retirar de todos nós.

[Lokazi 44]

Pelo "Dona" ela era velha, tá na hora de morrer, portanto ninguem tinha que pagar nada e deixar a velha ter hemorragia.

[mikhail 99]

Pelo "Dona" ela era velha, tá na hora de morrer, portanto ninguem tinha que pagar nada e deixar a velha ter hemorragia.

 

Dona Claudia Silva Ferreira tinha entre 39 e 40 anos.

 

O "Dona" é, para e por mim, um sinal de respeito e não é apenas pela idade.

 

Falando sério... Nem um cão sarnento merece morte como aquela.

[ΡΣÐRΘ ¥ 11]

Lendo a história de Joãozinho tinha mesmo outra visão. Acho que este caso chocou muito todo nós, e não acho nada justo que a população pague por isso, mas também querendo ou não, a família se encaixaria em qualquer programa social(Bolsa Família e coisas do tipo).

Só pagamos isso por culpa dessa roubalheira que ocorre lá em Brasília, pelo nosso nióbio que sai por aí, pelos nossos minerais que somem.

Ao fim misturei alguns assuntos mas isso tudo acaba em uma só coisa ao meu ver, triste.

[Victor Flecker 31]

Porra, no caso da bola, só se a velha se assustou, escorregou, caiu e ficou de cadeira de rodas ... Porque, pqp né ? Uma bola chutada por uma criança, que ainda teve sua força reduzida ao chocar-se com o vidro, machucará a mulher a ponto de necessitar de tratamento médico e ainda entrar na justiça para que o pai do moleque custeie o tratamento ? :o Moleque é filho do Hulk, não de seu pai.

 

Mas sobre a polícia, mermão, não vejo como dar dinheiro pra família dela possa ressarcir ou sequer diminuir a lesão que lhes fora causado, então acho que o estado deva sim fazer o máximo possível para tentar conforta-los, mesmo se a pensão for de R$100.000/mês ou mais, entretanto, esse meu pensamento só se torna válido se ela ou seus filhos/marido não tiverem passagens criminais, pois se forem bandidos, penso que a polícia tem que voltar lá e matar TUDO ! E penso ainda que o estado deva cobrar dos demais familiares a munição e gasolina que gastaram com essa safada(no caso, repetindo, se ela for ou estiver relacionada com a bandidagem).

[Qisu 1]

Você acha certo que o pai de Joãozinho pague pela vidraça quebrada e que custei o tratamento médico de Dona Maria?

Não. Foi sem querer.

 

Você acha correto que os familiares e amigos tenham que arcar com esses custos?

Não. Primeiro que para ter um filho ao menos o pai de joãozinho teria que ter uma boa grana para sustenta-ló.

[Mv~* 2]

Ela literalmente foi jogada como uma bola

[mikhail 99]

Um garoto jogando bola causa um dano material e físico a uma pessoa e a seu patrimônio.

 

Via de regra achamos que os pais, ou mesmo o garoto, devam ser responsabilizados pelos danos. Somos mais ciosos ou rígidos com o que acontece dentro do nosso raio de percepção do que com aquilo que, aparentemente, está distante.

 

Uma ressalva:

Não existe o sem querer, você assume o risco de suas ações. Dar uma bola a uma criança e manda-la para a rua jogar equivale a assumir riscos como danos a terceiros e até mesmo a criança. É a culpa que lhe cabe pelas consequências de suas ações. Culposo, negligente.

 

Dar uma arma a um policial despreparado ou mau instruído equivale a assumir o risco de incidentes como o ocorrido. Equivale a correr o risco de que esses policiais causem o estrago que causaram. Negligencia Estatal.

 

O pai de Joãozinho deve pagar pelos danos que o filho e sua bola causaram, deve ser responsabilizado por todo o estrago independentemente de onde venham os recursos. O importante, no caso do garoto e sua bola não é a origem dos recursos, mas o ressarcimento que se faz obrigatório.

 

O mesmo ocorre com o Estado e sua polícia. Porém, ao contrário do pai do Joãozinho os recursos do Estado são de responsabilidade de todos. Não importa se pagaremos a mais alguns “centavinhos” ou algumas centenas de reais, o que importa é que pagaremos impostos ainda maiores por conta de erros ou teremos retorno ainda menor do imposto que já pagamos.

 

Os familiares e amigos do pai de Joãozinho também são responsáveis pela vidraça quebrada e pelos ferimentos em dona Maria. O dinheiro gasto com a compra da bola foi deles, são eles quem “sustentam” Joãozinho, são eles com seus recursos que mantém toda aquela família naquela situação e se responsabilizam por seus gastos.

 

Nós, cidadãos contribuintes, somos responsáveis pelos policiais que mataram dona Claudia. São nossos impostos que pagam o salário deles, que compraram as armas e que deveria servir para melhor prepara-los. Somos nós que pagaremos a mais que devida pensão a família de dona Claudia, uma vez comprovada, como já o foi, sua não participação ou colaboração com ilícitos.

 

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@Blue

 

O Estado foi negligente e deve pagar a pensão o que não o exime da mais que justa iniciativa de buscar o ressarcimento daquilo que pagará. Ou seja, o Estado paga a pensão e inicia processo para receber dos policiais tudo aquilo que gastar (No caso do Rio de Janeiro isso é pouco provável graças ao exagerado corporativismo policial e o medo do Estado quanto ao revanchismo da corporação).

 

Isso já ocorre com o INSS quando do pagamento de pensão por morte ou aposentadoria por invalidez causada por acidente de transito. Já há ações com ganho de causa onde o INSS busca o ressarcimento da pensão ou aposentadoria paga.