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Protestos recentes, e ativismo revolucionário no Brasil.


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A população acordou, a ditadura voltou

 

O Brasil está vivendo um momento histórico, talvez tão importante que entre para os livros de história das próximas gerações, acontecendo um movimento que não se via desde a ditadura militar. As manifestações que estão ocorrendo, principalmente contra o aumento do transporte público, que pela inflação dos últimos anos, deveria estar muito menor, foi a gota para essa nova geração das mídias sociais protestar contra a realidade revoltante em que a população brasileira de classe média e baixa vive, porém, sendo respondida com muita violência, agressões e um grande “não” do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, para conversar sobre o motivo pelo qual a população não está satisfeita, talvez ficando explícito que o regime militar voltou a um tempo e não saíamos que estávamos vivendo nele.

 

As manifestações ocorreram no facebook, com um grupo chamado “passe livre”, para protestar contra o aumento da tarifa do ônibus, de R$3,00 para R$3,20, porém, o protesto em si não é para o aumento de 20 centavos, mas uma série de tarifas, impostos, corrupção e fatos que fazem a população ficar indignada, tendo um dos maiores impostos do mundo e educação com hospitais públicos precários. As primeiras manifestações não foram tão grandes, um tanto desorganizadas, porém, com o tempo que foi aparecendo na mídia, mais e mais pessoas decidiram apoiar a ideia e ir as ruas apoiar o movimento. Na avenida paulista, houve agressão por parte da PM, pichação por parte de alguns manifestantes, onde quebraram vidros e também incendiaram ônibus. Ato discutível para saber se a manifestação, dessa forma, era correta ou não, porém, quinta-feira, dia 13 de junho, o povo brasileiro presenciou um regime que apenas se via na ditadura: manifestantes protestando sem violência alguma e a PM recebendo ordem direta para lançar bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, repressão e desordem. O pior, não apenas nos manifestantes, mas também em jornalistas que estavam trabalhando, pessoas que passavam na rua no momento, que nem ao menos participavam da manifestação e um grande “não” de Fernando Haddad para conversar sobre o aumento dessa tarifa.

 

Vinicius Souza, jornalista e fotografo, foi acompanhar as manifestações, exercer sua função, porém, presenciou uma onda de violência e repressão ao seu trabalho, de jornalista, que tem a obrigação de acompanhar cobertura de grandes manifestações e mostrar para a sociedade o que realmente está acontecendo. “Eu e a Maria Eugenia temos coberto as manifestação todos os dias em mais de 15 horas de cobertura conjunta. Nenhum de nos viu qualquer ato de violência por parte dos manifestantes, a única coisa que alguns podem chamar de "vandalismo" foram pichações, isso realmente acontece, mas perto da violência da policia é ridículo. Na sexta feira, por exemplo, a PM fechou a pista local da marginal para a manifestação, mais de 3 mil pessoas caminhavam tranquilamente sem nem ao menos pichar os muros, sem tentar parar a pista expressa e a PM simplesmente atirou cerca de 10 bombas de gás no meio da galera. Muitos se refugiaram num motel que abriu as portas, mas alguns podiam ter corrido para o outro lado e serem atropelados, seguindo pela rua em frente a subprefeitura, mais bombas sem motivo. Quando cerca de 500 manifestantes finalmente chegaram a Paulista, veio o coronel Elcio, comandante da tropa, e negociou a passeata até o MASP, onde se dispersou sem problemas, sem depredações, sem violência. Quando a PM não ataca, não ha violência, mas ontem (dia 13) foi o contrario. A PM, e não os manifestantes, fechou totalmente a Paulista por quase 3 horas e todas as estações do metro, quem está prejudicando o direito de ir e vir da população? La eu vi mais de 20 pessoas serem detidas sem qualquer motivo e a policia atirando bombas e balas de borracha, sem qualquer coordenação, batendo em todo mundo inclusive pessoas de terno e gravata que obviamente não faziam parte dos manifestantes, não existe justificativa para esses atos. Eu mesmo fui ameaçado duas vezes e estava claramente identificado como imprensa, disseram que não podia fotografar, que não tinha "autorização". Isso é ridículo. Outra coisa é que os policiais que me ameaçaram de ser espancado não traziam identificação na lapela, o que é ilegal. Vi, ainda, dezenas de pessoas sendo revistadas de forma extremamente agressiva e qualquer coisa nas mochilas era motivo pra detenção, incluindo vinagre e lenços isso era o bastante pra identificar como "manifestantes". Consegui que liberassem um garoto na porta da estação Trianon, que não tinha nada, só vinagre, mas foi quase uma hora de pressão, dizendo que seria levado a delegacia, porém, outro trazido por outros policias foi levado e não quiseram me dizer o motivo, não responderam nada nem aos repórteres. É só violência, é autoritarismo”.

 

Além do jornalista Vinicius Souza, muitos casos foram parar na internet, depoimento de manifestantes , repórteres que foram agredidos e até um deles chegou a perder a visão de um dos olhos graças a uma bala de borracha. Dentre os depoimentos, um deles foi de Dani Souza, que acompanhou de perto o ato de violência da PM na manifestação. “Um amigo meu já estava no hospital, levou uma bala de borracha na cara, a namorada levou uma dedada na ****** de um policial que a revistou. A menina está em estado de choque. Muita gente estava machucada. Eu vi. O policial do choque estava a dois metros de mim. Olhou pra mim e riu. Foram os dois segundos mais longos que já vivi. Ele riu e jogou uma bomba de efeito moral na minha direção. Virei e comecei a correr, sem ar, por causa da gripe. Uma lata de gás lacrimogêneo atingiu meus pés, chiando. Não conseguia respirar. Meu peito queimou. Tentava correr tão rápido quanto meu namorado e não conseguia. Eu queria chorar, gritar, sentar no chão, sei lá. Meu joelho começou a doer demais, meu cérebro falou pra ele que não tinha como parar. Antes de terminar a ultima sílaba da segunda palavra, as bombas começaram a cair. Muita gente correndo. Latas e mais latas de gás lacrimogêneo chiando pelos meus pés. Uma bala de borracha passou a um centímetro da cara do Chicó, fez um buraco na parede e quase rebateu em mim. Um cara caiu e começou a ser pisoteado pelas pessoas desesperadas que corriam da polícia. Parei pra ajudar, carreguei o cara com uma força que eu novamente não sabia que tinha e quando olhei pro lado um policial da Choque estava com a arma apontada pra minha cabeça”.

Além da repercussão nacional, internacionalmente a mídia em geral crucificou o ato da PM contra os manifestantes, além de apontar os problemas de alta inflação que está sendo a realidade dos brasileiros. Denis Doqbi, radialista, tem contato com radialistas de outros países e por eles, percebeu o quanto a mídia internacional está ligada no ocorrido. “ Eu passei mais de uma hora traduzindo notas para colegas do exterior, você não tem noção do quanto o povo lá fora está surpreso. Finalmente eles viram os brasileiros que são mundialmente conhecidos como bananas fazerem alguma coisa que presta. Lá fora é puro orgulho de nós”.

O próximo grande ato acontecerá na segunda-feira, dia 17/06, sendo que, dessa vez, quase 200mil pessoas já estão confirmadas para participar. O principal foco não é apenas o ato de violência da PM, mas sim uma série de fatores que mostra historicamente que a classe alta do Brasil é beneficiada, principalmente as grandes empresas, deixando de lado a classe média e baixa se contentando com migalhas. Talvez iremos presenciar um ato histórico, uma manifestação poderá mudar o futuro do Brasil.

 

Autor: Thiago Prado

 

Foto: Vinicius Souza,

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"Um dos países com impostos mais caros do mundo, com hospitais precários e escolaridade baixa."

 

Resumo do Brasil!

 

Se pelo menos tvessemos um atendiimento bom nos Postos de Saúde, Hospitais, escolas descentes e coisas do tipo valeria a pena pagar por esses impostos, mas até acontecer isso não valerá.

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