Ir para conteúdo
Faça parte da equipe! (2024) ×
Conheça nossa Beta Zone! Novas áreas a caminho! ×
  • Quem está por aqui   0 membros estão online

    • Nenhum usuário registrado visualizando esta página.

[Fanfic] Capítulo 2 - Grand Chase, a verdadeira história (25/11/2012)


loguenzoo
 Compartilhar

Posts Recomendados

Leia o capítulo 1: http://www.webcheats.com.br/forum/grand-chase-off-topic/1908769-fanfic-capitulo-1-grand-chase-verdadeira-historia-23-11-2012-a.html#post7596780

 

Capítulo 2 – O Orc e a Harpia

 

Ao final do discurso de Lothos, um portal se abriu ao seu lado, e os quatro voltaram para o reino de Serdin. As três jovens estavam exaustas e sujas. Uma mistura de poeira com suor e seu próprio sangue cobriam seus ferimentos. Após atravessarem o portal, estavam novamente no salão do trono. Lothos subiu novamente os primeiros degraus do trono das rainhas, mas dessa vez não fez reverencia. Deu uma rápida checada nas expressões faciais das rainhas e disse:

 

Lothos: As rainhas vão analisar o caso das senhoritas. Até lá, peço que se retirem ao alojamento destinado a vocês. Nós nos encontraremos pela manhã.

 

Ao entrarem no alojamento, as jovens perceberam que havia mais quartos do que devia. Afinal, tinham vinte quartos e apenas três participantes da Grand Chase. O alojamento era um comprido corredor que se ramificava nas vinte portas. No final do corredor, na parede, estava pendurava uma pintura das Três Deusas Criadoras. No interior de cada quarto, tudo era parecido. Uma cama um pouco maior que a de solteiro, mas não chegava a ser uma de casal, um armário para guardar objetos, um cabideiro para guardar suas roupas que serão usadas novamente, uma prateleira de armas, onde podiam descansar suas armas, um grande espelho fixo na parede e um banheiro.

 

Elesis entrou em seu quarto, desfez o seu penteado e deixou os cabelos soltos. Ela se dirigiu ao espelho e viu que estava completamente suja. Ela decidiu tomar uma ducha. Colocou suas roupas no cabideiro, descansou a espada na prateleira e pegou roupas limpas no armário e entrou no banheiro.

 

Arme também escolheu seu quarto. O de Elesis era o primeiro à direita, ela escolheu o segundo à direita. Entrou, ficou à vontade, depositou seu cetro na prateleira de armas e sentou na cama. Ela estava repassando seu dia mentalmente.

 

Lire entrou no quarto, o terceiro à direita, descansou o arco e sua aljava na prateleira e foi ao quarto de Arme. Ela deu dois toques no quarto da companheira. A maga logo atendeu a porta.

 

Arme: Lire! Aconteceu algo? – Perguntou fazendo uma cara preocupada.

 

Lire: Não – Estava tímida e suas bochechas começavam a ficar rosadas. Ela desviou o olhar – Só queria te agradecer por ter me confortado, antes de entrar no seu portal para a floresta. Graças a você eu pude ter esta chance maravilhosa de fazer parte do grupo.

 

A elfa deu um alegre sorriso para a maga, que retribuiu e ficou mais relaxada.

 

Arme: Pare com isso! Está me fazendo ficar vermelha! Mas que bom que temos uma combatente habilidosa e ágil como você junto com nós. Não consigo imaginar como seria minha vida se a Grand Chase fosse composta apenas por mim e pela Elesis.

 

Lire: Pare com isso, Arme. Elesis ainda tem muito que aprender. Canaban é um lugar muito rígido e com certeza eles não se sentem à vontade sob comandos de líderes, portanto, eles tomam a frente. Fora que são treinados para fazerem praticamente tudo sozinhos.

 

Arme: Você acha que ela seria capaz de derrotar aquele Yeti sozinha? Digo, se meus recursos mágicos se esgotassem e suas flechas se quebrassem?

 

Lire: Sim, mas isso nunca aconteceria, Arme. Pelo que eu entendi de seus poderes, você os tira dos espíritos anciões, certo? – Arme ficou petrificada. “Como ela conseguiu descobrir a fonte dos meus poderes sem conhecer a magia?” ela se indagava – Fora que minhas flechas não se quebram, por isso, eu posso recolhê-las.

 

Arme: Um minuto. Suas flechas não quebram?

 

Lire: Não. Elas são feitas de um material que só é encontrado nas ilhas de Eryuell, uma árvore sagrada. As flechas só se quebram quando o elfo em que elas estão vinculadas morre. Ou seja, todas as minhas flechas se partiriam exatamente no segundo em que eu morresse.

 

Arme: Nossa. Parece meio.. mórbido.

 

Lire: Você se acostuma. Fora que minhas flechas curvam de acordo com o poder que eu envio a elas, podendo controlar sua direção quase livremente.

 

Arme: Isso explicaria como você conseguiu fazer uma nuvem de flechas acima da cabeça da Yeti e fazer com que caísse uma de cada vez. Você as controlava.

 

Lire: Exatamente! Vejo que os Magos Violeta fazem jus à inteligência que lhes é atribuída. – A elfa sorri de leve – Bem, voltarei ao meu aposento. Obrigada por tudo.

 

Arme: Tudo bem. Foi ótimo de conversar com você, Lire.

 

A elfa começa a se retirar. Ela entra em seu quarto e escuta as ultimas palavras da maga.

 

Arme: Espere! Você é uma elfa, certo? O que uma elfa de Eryuell resolveu fazer por estas te—

 

Lire fechou a porta, interrompendo Arme. Não era a hora certa de comentar sobre estes assuntos. Era muito cedo para contar que o ancião da sua vila a mandou perseguir um grande mal. Talvez elas até já soubessem, mas na queria confirmar tão de repente.

 

As três se lavaram, colocaram seus pijamas e tentaram dormir, com um som longínquo um tilintar de espadas. Todas as três pensaram quase ao mesmo momento: “Batalhas contra os monstros até a esta hora da noite? Eu vou parar este mal. Eu devia estar pelo menos ajudando! Afinal, sou do grupo de elite!”.

 

Mas a verdade era que elas ainda estavam despreparadas para irem sozinhas ao encontro de tal mal. E elas tinham consciência disso. As meninas tentaram dormir, então.

 

Logo pela manhã, se encontraram no refeitório. Sentaram na mesma mesa, com seus devidos trajes, muito parecidos com o do dia anterior, mas limpos e inteiros. Nem parecia que haviam rasgado na noite anterior. Talvez um alfaiate fora ao quarto delas pela noite e remendou as roupas. As três tinham seus cabelos presos como de costume e não portavam suas armas.

 

Lire: Eu fui a única que dormiu pouco? Digo, vocês também conseguiram escutar a batalha?

 

Elesis: Não só escutei como também quase fui lá.

 

Arme: Gostaria de estar lá para curar os ferimentos dos nossos soldados. Não podemos ter mais baixas, neste período em que o comandante está se ocupando com nós.

 

Elesis: Nós devíamos ir lá, depois da refeição. O que acham?

 

Lire olhava para os lados, preocupada.

 

Lire: Elesis! Ficou louca? O comandante falou para nós ficarmos em nossos aposentos, só deu permissão para vir ao refeitório e logo em seguida ao salão.

 

Elesis: Ninguém precisa saber. E também, precisamos saber com o que estamos lidando. Não podemos ir à campo inimigo sem ter ideia do que enfrentaremos.

 

Arme: Elesis tem razão, pela primeira vez.

 

Elesis: Primeira vez?

 

Arme: Sim. Esta é a primeira vez que eu vejo você ter cérebro antes de força. Passar um tempo comigo deve estar te fazendo bem.

 

Lire: Parem! As duas! Então, todas concordam em ir?

 

Elesis e Arme se entreolharam por um breve instante, depois olharam para Lire e fizeram uma confirmação com a cabeça.

 

Lire: Portanto, não vamos perder tempo. Logo após comermos, vamos nos preparar e irmos ao encontro da muralha de Serdin. Ouvi dos guardas que tinham monstros fortes lá.

 

As meninas comeram mais rápido do que o normal. Logo após, correram para o alojamento e pegaram suas armas. Elas se encontraram no corredor, fora dos quartos e pegaram o caminho mais curto para os arredores da muralha de Serdin. Ao chegarem, elas viram vários goblins e gosmas, parecidos como os que estavam na torre que estavam ontem. Mas tinha um monstro novo. Uma espécie de orc, um pouco maior que elas, carregando uma machadinha de pedra. Estes orcs estavam correndo, balançando a machadinha e empurrando as fileiras de soldados, que caiam ou se jogavam de lado, a maioria com o capacete amassado e com ferimentos na cabeça. Os orcs eram muitos, cerca de doze. Não tinha forma de pará-los. Não tiveram tempo para preparar um contra-ataque. Quando um dos orcs chegou a menos dez metros, um soldado de cabelos e vestes negras parou em meio delas e do orc.

 

O soldado parecia jovem, mas tinha uma velocidade tão absurda que parece ter se teleportado. Ele carregava três pequenos cristais negros no cinto. As jovens conseguiam sentir o poder que vinha dele, era tão imenso e gentil que elas perderam o medo da morte. O soldado parecia determinado. Já estava com a espada na mão. A segurava com uma das mãos, virada para as meninas. A espada parecia ser tão fina, mas ao mesmo tempo passava a imagem de ser tão letal.

 

O corte foi rápido e preciso, quando as três piscaram, o corpo do orc se partiu ao meio e cada metade caiu para um lado. Então, o jovem se virou para elas.

 

Sieghart: Vocês estão bem?

 

Elesis: Sim.

 

Sieghart: Ótimo.

 

Ao falar, ele se virou para os outros quatorzes orcs que agora corriam na direção dele, visto que seu companheiro morreu.

 

Sieghart: Espere. Espere. Espere. Ok. Todos estão alinhados. – Ele fez uma pose, dobrando um pouco o corpo, então se desdobrou e raspou a espada no chão, fazendo força. Algumas luzes roxas começaram a sair do solo, onde sua espada passava havia uma rachadura. Depois ele vibrou a espada na direção dos inimigos – ONDA DE CHAMAS!

 

Uma onda de impacto arroxeada atingiu todos os quatorze orcs, cortando todos ao meio. O jovem então guardou sua lâmina na bainha e se virou para as três.

 

Sieghart: Orcs... Eles ainda nos assolam como no passado.

 

Elesis: Quem é aquele? Aquele arrogante metido a besta ali? – Falou cochichando.

 

Lire deu uma risadinha.

 

Lire: Pode chamar do que quiser, mas ele é bem bonitinho, além de ter salvo as nossas vidas.

 

Sieghart: Meu nome é Sieghart. Sou um lendário espadachim de Canaban. Sinceramente, não esperava que me reconhecessem. Estou procurando pela Grand Chase, sabem me dizer onde posso encontrá-los?

 

Arme: ‘Sieghart? Acho que já li algo sobre ele na academia...’ – Pensou Arme.

 

Elesis: Não me venha com palhaçadas! Veja lá como fala dos meus ancestrais, maldito! Como ousa!

 

Sieghart deu uma risada.

 

Sieghart: Calma ruivinha. De algum modo, me sinto ligado a você. Bem, se virem alguém da Grand Chase, digam para me procurar em Xênia. É Sieghart, não esqueçam, por favor. Estou com pressa, preciso ir. Até mais!

 

Sieghart saiu da mesma forma que chegou: rápido como a luz, parecia ter se teleportado novamente. Os quinze orcs deitados no chão, cortados ao meio, eram as únicas provas de que ele passou por ali.

 

Lire: Ei! Nós somos da Gran— Que pressa. Depois falamos com ele. Vamos acabar com estes monstros primeiro.

 

Elesis empunhou sua espada. Arme começou a recolher a energia espiritual do local. Lire preparava flechas. Os goblins e gosmas perceberam a presença das meninas. O resultado e a sincronia não foram muito diferentes dos monstros encontrados na torre, mal faziam esforço para limpar uma grande área destes monstros. Aquela subida na torre pareceu fortalecê-las, tanto em trabalho de equipe como em força individual.

 

Continuaram retalhando os monstros e avançando. Até que encontraram o primeiro orc. Elas estavam traumatizadas do ultimo encontro.

 

Elesis: Não podemos vacilar! Lire, atire no pescoço. Arme, tente imobilizá-lo. Eu vou tentar um ataque por cima.

 

Arme e Lire acenaram positivamente com a cabeça. Lire preparou cinco flechas, Arme apontou o cetro na direção do orc e Elesis corria na direção do monstro.

 

Lire: TIRO VELOZ! – Lire, ao invés de soltar todas as flechas de uma só vez e controlar sua direção como fez na floresta, soltou uma flecha de cada vez, mas sua velocidade foi tão extrema que quase não podiam se acompanhar com os olhos. As flechas atingiram o pescoço do orc, cada uma em um local diferente do pescoço do monstro, mas seus ataques parecem não ter penetrado muito o couro do inimigo, mas conseguiram fazer com que ele começasse a sangrar.

 

Arme: RAIO PARALISANTE! – Uma esfera violeta saiu da ponta do cetro da maga, envolvendo todo o corpo do orc. Quando a esfera atravessou o corpo do inimigo, runas violetas cobriam o corpo do inimigo em espirais, tendo um símbolo sagrado em seus pés. O inimigo pareceu se comprimir em seu próprio corpo, incapaz de se movimentar.

 

Elesis: ONDA FLAMEJANTE! – Ao chegar aos pés do monstro, a guerreira desferiu um ataque de cima para baixo, ferindo a mão do monstro, fazendo-o soltar sua arma. Quando ela levantou a espada novamente, raspando-a no chão e rachando-o, como Sieghart, uma onda de impacto flamejante de cor vemelha saiu da ponta da espada, atingindo o monstro, cortando-lhe duas pernas, metade do tronco e o braço direito.

 

O monstro caiu em várias direções, visto que estava em pedaços. As jovens se entreolharam com pavor nos olhos.

 

Elesis: Alguém sabe como a gente fez isso? Digo, ninguém nunca havia me treinado neste golpe anteriormente.

 

Arme: O mesmo comigo. Tentei petrificar o monstro, mas palavras diferentes surgiram na minha cabeça, me desconcentrando e jogando uma magia completamente diferente. Elesis, acabei de me dar conta... Seu poder não foi parecido com o de Sieghart?

 

Lire: Comigo também. Digo, o método inicial foi parecido com a habilidade que eu queria, mas foram com uma força, precisão, técnica e velocidade completamente diferentes.

 

Elesis: Parece que nossos poderes resolveram... Evoluir. Entrar para a Grand Chase provavelmente foi a melhor coisa que nos aconteceu.

 

As meninas sorriram e ficaram satisfeitas com a evolução das sua habilidades. Mas elas sabiam que seu trabalho ainda não havia terminado. Quando voltaram a si, as três jovens continuaram destroçando e avançando a linha de frente, fazendo os monstros recuarem e levando o time de defesa de Serdin à vitória. Quando já avançaram uma distância considerável do combate, elas começaram a escutar um grunhido grave. Então as três, que estavam cobertas de sangue inimigo, pararam de prontidão e ficaram observando na direção em que dois orcs estavam parados. Algo estava para acontecer. Então elas viram um martelo aparecer atrás dos dois orcs, pareciam guarda-costas. O martelo se virou para baixo e se chocou ao chão, causando um pequeno tremor. A arma estava sendo usada de apoio. Deste apoio, levantou um orc, com o dobro do tamanho dos que elas estavam enfrentando. Este, vestia armaduras nos ombros, cabeça e uma espécie de vestimenta romana usadas pelos gladiadores nas arenas. Ao se levantar, o orc olhava friamente para as três meninas indefesas à sua frente.

 

Guerreiro Orc: São vocês que estão perturbando meus subordinados e impedindo a minha vitória sobre esta muralha?

 

Arme: Meninas, é um orc dos grandes. E ele parece ser ainda mais forte que os outros.

 

O orc não deu mais brechas para que ficassem conversando. Ele investiu nas guerreiras e não deu mais tempo para debaterem estratégias, apenas desviar e agir por instinto. Arme não tinha energia o suficiente para conjurar seus meteoros, Elesis estava enfraquecida para uma habilidade em seu potencial máximo. A única que tinha forças o suficiente era Lire.

 

As três sabiam da situação atual, não precisaram nem de resolver uma estratégia. Arme começou a preparar uma magia, mas parecia distante, destraida. Elesis distraia o monstro. Lire preparou três flechas e começou a colocar todo o seu poder nelas. O martelo foi rápido, Elesis não conseguiu se desviar. O golpe a atingiu e a arremessou contra Arme, as duas caíram. Lire finalmente estava pronta. Ela jogou uma flecha e se moveu rapidamente para trás jogando outra e repetiu o movimento. Sua velocidade era tanta que parecia que ela tinha feito clones.

 

Lire: ELITE DE ERYUELL! - As três flechas se chocaram em cima do orc, criando um portal esverdeado, fazendo cair incontáveis flechas, perfurando e atravessando o corpo do inimigo.

 

Guerreiro Orc: Maldição!

 

O inimigo colocou a mão no peito, na direção do coração, que estava perfurado. O sangue negro não parava de escorrer pelo corpo do inimigo, até que ele tombo no chão, esmagando os dois guarda costas que estavam com ele.

 

Elesis: Arme! Você está louca? Fica sonhando acordada no meio de uma batalha!? Você quase colocou todas nós em perigo!

 

Arme: Eu.. Finalmente lembrei! Aquele era mesmo O Sieghart, certo? Elesis, você é a ultima descendente da família Sieghart, né?

 

Lire: Como assim? Isso é sério? Elesis é descendente da famosa família Sieghart? De verdade?

 

Elesis: Bem, sim. Meu nome completo é Elesis Sieghart. Sou a atual líder dos Cavaleiros Vermelhos de Canaban.

 

Arme estava surpresa.

 

Arme: Você... É dos Cavaleiros Vermelhos? – Enquanto falava, Arme pensava: “Maldita, ela tem do que se gabar!”

 

Lire: Uau! Que currículo surpreendente!

 

Elesis: Gostaria de manter isso em segredo. Não quero que as pessoas saibam disso.

 

Arme: Bem, se você quer assim... – Arme começava a juntar os pedaços: “Se ele usou o nome de Sieghart, como nome mesmo... Ele deve ser... Será?”.

 

Ao verem seu líder morrer em combate, os goblins, gosmas e orcs restantes recuaram e começaram a correr para o leste. Ao ver que a vitória era deles, os combatentes de Serdin gritaram em um júbilo de vitória. Mas as comemoração não seria apreciada por muito tempo para as três jovens combatentes. Um portal se abriu, bem próximo a elas, e Lothos saiu de dentro dele, com uma cara séria e de braços cruzados.

 

Lothos: Quem disse para vocês descerem para essa batalha, nos arredores da muralha? Não ouviram eu dizer que era para irem para o salão do trono depois da refeição?

 

Arme deu uma risada.

 

Arme: Eu não ouvi. – E fez uma cara de inocente.

 

Lothos: Tá... De qualquer forma, vocês estão designadas como oficiais da Grand Chase agora. Sua tarefa é perseguir Cazeaje, que está invocando esse caos e as batalhas no continente.

 

Arme: Han? Mas já não éramos membros oficiais da Grand Chase? Eu tinha entendido isso.

 

Lothos: Como eu disse na Torre Sombria, vocês se tornariam membros oficiais da Grand Chase depois que as rainhas as designassem como tal. De qualquer forma, vocês já têm as próximas instruções. Vocês devem acabar com os monstros que estão causando problemas na Praia Carry, aquela ao leste.

 

Lire: Parece obra da influência maligna de Cazeaje.

 

Lothos: Sim, parece que Cazeaje tem poderes fortes o bastante para dar poder à Rainha Harpia para que ela controle todos os monstros do local. E falando nisso, cuidar da Harpia faz parte das ordens.

 

Elesis: Tá. – Depois de ouvir as ordens de Lothos, ela começa a andar em direção às escadas que levavam à praia. Lire e Arme hesitaram por um momento, mas depois começaram a seguir ela.

 

Lothos: Tá? Só isso que tem a me dizer?

 

Mas elas já estavam distantes. Ao descer a escadaria e começar a pisar na areia, a brisa do mar invadiu suas narinas.

 

Arme: Yes! Praia! Que divertido!

 

Elesis: Arme! Você acha que estamos aqui para brincar?

 

Arme: Ah! O mar! Tão bom, tão refrescante!

 

Elesis: Ela me escuta? Sério, parece que entra por um ouvido e sai pelo outro.

 

Lire: Arme? Vamos indo, temos uma tarefa para cumprir antes.

 

Arme: Ok! A Rainha Harpia não é de nada. Vamos detonar ela e depois ficar brincando na água! Digam que sim! Sim?

 

Elesis: Você está me ignorando? Você responde apenas a Lire!

 

Arme: Tá, tá. Vamos indo.

 

Arme começa a andar na frente e enquanto anda, Lire pensa “Será que elas nunca vão parar?”.

 

O que as meninas não viram, é que bem acima da cabeça delas, cerca de 10 metros, duas imagens estavam em pé em cima de um disco negro. Era um homem e uma mulher. A mulher tinha chifres e o homem estava vestido como um mordomo.

 

Mulher: James! Tem certeza de que ele ainda está nesse mundo?

 

James: Sim. Seu rastro termina neste plano. Mas eu não consigo sentir sua presença. Talvez—

 

A mulher o calou com um aceno de mão.

 

Mulher: Se ele realmente veio se esconder neste fim de mundo, não entendo porque papai me escolheu para encontrá-lo.

 

As meninas estavam andando, quando viram que tinha uma escadaria, no meio da praia. Era uma construção que não devia estar ali. O topo dessa construção parecia ser plano e dava para ver a Rainha Harpia da areia da praia. Ela estava batendo suas asas, pousada a uma parede da área plana, semelhante a um palito em uma gaiola de pássaros.

 

Lire: Engenhosa, essa harpia, não? – Ela olhava para as amigas, que estavam com uma cara de que a piada não foi nem um pouco engraçada – Mas não é?

 

Elesis: Acho melhor nós continuarmos nossa missão. Essa pequena torre não deve abrigar só ela. E também, olhem direito. São vários andares, e as escadas são alternadas, passando por portas. Isso significa que, se subirmos pela frente, passaremos por uma porta com monstros e subiremos para o segundo andar no lado de trás da torre. Arme, você consegue sentir a energia maligna, certo?

 

Arme: Sim.

 

Elesis: Confirme quantos monstros são e tente distingui-los pelo poder que possuem.

 

Arme: Ok. – Ela começa a se concentrar, fechando os olhos. Ela começa a contar em voz alta. Depois ela abre. – São vinte monstros no total. A Rainha Harpia, nove gosmas e dez monstros que não consegui identificar. É bom especular que uma parte sejam harpias menores.

 

Elesis: Certo. Então vamos!

 

As meninas começaram a subir os degraus e chegaram até o primeiro andar. Elas começaram a dar a volta na construção, evitando fazer barulho. Quando elas estavam a dois passos da porta, ela se abre, saindo alguns caranguejos de tamanhos mutantes para ir ao encontro delas. Lire arremessou uma flecha por reflexo, mas a flecha apenas quicou no casco do monstro. Elesis conseguiu facilmente partir o monstro ao meio com um golpe de espada. Eram quatro caranguejos. Elas contornaram o local e subiram para o segundo. Encontraram as nove gosmas e estouraram elas quase instantaneamente.

 

Elesis: Ok. Faltam apenas sete monstros, incluindo a rainha. Vamos para o terceiro andar.

 

Elas subiram ao terceiro andar e encontraram quatro harpias. Elas tinham penas rosadas e penteados exóticos. Elesis as viu teve vontade de dar uma gargalhada.

 

Elesis: Vocês costumam lutar voando, certo? O que acontece se eu cortar suas asas?

 

Então ela pegou sua espada e investiu em uma das harpias, que voou e desviou rapidamente. Ela percebeu que não conseguiria alcançar as malditas enquanto estavam voando, então desistiu de lutar contra elas. Já Lire e Arme jogavam flechas e magias pequenas como bolas de fogo e acertavam facilmente. Logo elas já podiam subir ao ultimo andar. Quando subiram, viram a Rainha Harpia de frente e duas harpias menores como guarda-costas.

 

Elesis: Eca! Aquela coisa gorda voando ali é a Rainha Harpia?

 

Lire começou a analisar.

 

Lire: Asas, garras, parte do corpo de mulher... Parece que sim.

 

Arme: Vamos fritar ela e depois ir brincar no mar!

 

Elesis: Não estamos aqui para brincar!

 

Lire: De qualquer forma, precisamos dar um jeito na Rainha Harpia.

 

Rainha Harpia: Vocês me chamaram do que? COISA GORDA VOANDO? Seus insetos barulhentos!

 

Arme: É você a criatura maligna que me separa do meu banho de mar? Não vou perdoá-la!

 

Elesis: Fique atrás. Eu vou cuidar dela.

 

Rainha Harpia: Não me ignorem, suas coisinhas! Vou calar vocês de uma vez por todas!

 

Lire: Cuidado, ela vai atacar! Todos a postos!

 

Se Lire não tivesse avisado, Elesis seria atingida pelo rasante da Rainha. Ao rolar para o lado, a guerreira tentou cortar a asa da harpia, mas ela já havia levantado voo. De cima, a rainha tentou outro rasante, sendo impedida por algumas flechas de Lire que ficaram presas em suas asas.

 

Arme: Lire! Tive uma ideia. Tente derrubar a harpia enquanto eu reúno poder!

 

Lire entendeu e começou a atirar flechas sem parar. Parecia ser inútil, pois era só reflexo, ela não parava para mirar. Suas flechas estavam acabando, mas dessa vez, estavam espalhadas pela areia da praia. Quando ela sacava sua penúltima flecha, sentiu um frio na espinha de que não conseguiria fazer sua parte para ajudar suas amigas. Ela havia colocado a maior parte do seu poder restante nessa flecha. Ela parou, acompanhou os movimentos da rainha, calculou a distancia, o vento e previu os movimentos da inimiga. Quando a rainha fez um movimento para onde ela estava calculando, ela soltou sua flecha.

 

Lire: TIRO ÉLFICO! – A flecha acertou a asa. Quando a flecha atravessou as penas da harpia, ela retornou, e retornou várias vezes depois de atravessar, mas em uma velocidade tão rápida que parecia ter sido vinte flechas.

 

A asa da inimiga ficou destroçada em questão de segundos. A harpia caiu de costas no chão, nesse momento, Arme já estava preparada. Uma esfera flamejante vibrava na ponta de seu cetro. Ela pulou e apontou o cetro para a inimiga.

 

Arme: GRANDE EXPLOSÃO! – A esfera foi arremessada do cetro, atingindo a harpia que estava deitada no chão, tentando levantar. Quando a esfera se chocou, ela ampliou de tamanho, explodindo completamente a área em que a harpia estava, transformando-a em cinzas.

 

As meninas se entreolharam, sentaram devido ao cansaço e começaram a rir. Elas voltaram ao alojamento e se lavaram por completo, tentando esquecer os problemas que tiveram. Logo em seguida, se encontraram para ir ao salão do trono. Elas reportaram o sucesso da missão à Lothos e tudo saiu como planejado.

 

Lothos: Ótimo. Agora nós podemos conversar sobre algumas coisas que são interessantes para vocês.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Este tópico está impedido de receber novos posts.
 Compartilhar

×
×
  • Criar Novo...

Informação Importante

Nós fazemos uso de cookies no seu dispositivo para ajudar a tornar este site melhor. Você pode ajustar suas configurações de cookies , caso contrário, vamos supor que você está bem para continuar.