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[Amazonas] Saiba tudo antes de chamar alguém de índio


'Afrodite
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Posts Recomendados

índice

 

 

 

 

 

 

  • 1 Etimologia
  • 2 História
  • 2.1 Colonização europeia
  • 2.2 Elevação a vila
  • 2.3 Cabanagem
  • 2.4 Período áureo da borracha
  • 2.5 Período comtemporâneo
  • 3 Geografia
  • 3.1 Relevo
  • 3.2 Clima
  • 3.3 Vegetação
  • 3.4 Hidrografia
  • 3.5 Fauna e flora
  • 3.6 Parques e espaços públicos
  • 3.7 Poluição ambiental
  • 4 Demografia
  • 4.1 Expansão demográfica
  • 4.2 Composição étnica
  • 4.3 Migração
  • 4.4 Religião
  • 5 Política
  • 5.1 Municipal
  • 5.2 Relações internacionais
  • 6 Subdivisões
  • 6.1 Região metropolitana
  • 6.2 Regiões
  • 6.3 Bairros
  • 6.4 Administrações regionais
  • 6.5 Principais ruas e avenidas
  • 7 Economia
  • 7.1 Zona franca
  • 7.2 Refinaria Isaac Sabbá
  • 7.3 Centros comerciais
  • 7.4 Turismo
  • 8 Estrutura urbana
  • 8.1 Educação
  • 8.2 Saúde
  • 8.3 Comunicações
  • 8.4 Segurança pública
  • 8.5 Transporte
  • 9 Cultura e sociedade
  • 9.1 Artes cênicas
  • 9.2 Artesanato
  • 9.3 Moda
  • 9.4 Museus
  • 9.5 Eventos
  • 9.6 Futebol
  • 9.7 Feriados locais
  • 10 Ver também
  • 11 Referências
  • 11.1 Bibliográficas
  • 12 Ligações externas

Introdução

Manaus (AFI: [mɐ̃ˈnaʊ̯s]) é um município brasileiro, capital do estado do Amazonas e o principal centro financeiro, corporativo e econômico da Região Norte do Brasil. É uma cidade histórica e portuária, localizada no centro da maior floresta tropical do mundo.Situa-se na confluência dos rios Negro e Solimões. É uma das cidades brasileiras mais conhecidas mundialmente, principalmente pelo seu potencial turístico e pelo ecoturismo, o que faz do município o décimo maior destino de turistas no Brasil.[14] Manaus pertence à mesorregião do Centro Amazonense e à microrregião homônima. Destaca-se pelo seu patrimônio arquitetônico e cultural, com numerosos templos, palácios, museus, teatros, bibliotecas e universidades. É localizada no extremo norte do país, a 3.490 quilômetros da capital nacional, Brasília.

É a cidade mais populosa do Amazonas e da Amazônia, com uma população de 1 832 423 habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011, sendo também a sétima mais populosa do Brasil e a 131ª mais populosa do mundo. A cidade aumentou gradativamente a sua participação no Produto interno bruto (PIB) brasileiro nos últimos anos, passando a responder por 1,4% da economia do país. No ranking da revista América Economía, Manaus aparece como uma das 20 melhores cidades no ramo de negócios da América Latina, ficando à frente de capitais de países latinos como San Salvador, Caracas e La Paz.

Originalmente fundada em 1669 com o forte de São José do Rio Negro, foi elevada a vila em 1832 com o nome de Manaos, em homenagem à nação indígena dos manaos, sendo legalmente transformada em cidade no dia 24 de outubro de 1848 com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro. Somente em 4 de setembro de 1856 voltou a ter seu nome atual. Ficou conhecida no começo do século XX, na época áurea da borracha. Nessa época foi batizada como "Coração da Amazônia" e "Cidade da Floresta".[18] Atualmente seu principal motor econômico é o Polo Industrial de Manaus.

Sexta cidade mais rica do Brasil,[19][20] a cidade possui a maior região metropolitana do norte do país e a décima do Brasil, com 2 210 825 habitantes (IBGE/2010). Em 2008, o World Cities Study Group and Network (GaWC), do Reino Unido, incluiu o nome da cidade em uma lista de cidades classificadas por sua economia, cultura, acontecimentos políticos e patrimônios históricos.[23] Manaus foi classificada na mesma categoria de outras áreas metropolitanas do mundo de grande destaque, como Ancara, Salt Lake City, Las Vegas, Liverpool e Marselha, sendo que a cidade ficou acima de outras como Tijuana, Sevilha, Austin e Quebec.[23] Manaus é também considerada como a capital brasileira que mais evoluiu em qualidade de vida nos últimos dez anos,[24][25], além de ter sido escolhida como uma das doze sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014.

 

 

Etimologia

Fundada em 1669 a partir do forte de São José da Barra do Rio Negro, a sede da Capitania e a sede da Província foi estabelecida na margem esquerda do rio Negro.

A origem do nome da cidade provém da tribo dos manaós, habitante da região dos rios Negro e Solimões. A grafia antiga da cidade preservava o "O" e acentuava a vogal precedente: "Manáos". Na língua indígena, Manaus é a variação de Manaos, que não significa Mãe dos Deuses, ao que muitos achavam. No século XIX a cidade chamava-se Barra do Rio Negro.

Ainda no passado, a palavra Manau era atribuída a uma das muitas tribos que habitaram o rio Negro. Os etnólogos afirmam que os índios Manaos são de origem aruaque. Outras formas de se escrever o nome da cidade também foram utilizadas. Em 1862, na edição da tipografia escrita por Francisco José da Silva Ramos, o nome da cidade aparece com a grafia Manáus (acentuando a letra A e substituindo a letra O por U). Porém, na última página da tipografia, está grafado Manaos, nome comumente usado pelos habitantes da cidade e historiadores. Em uma manchete denominada Notizie Interessanti sulla Província delle Amazzoni – nel nord Del Brasile ("Notícias interessantes sobre a Província das Amazonas - no norte do Brasil"), editada em Roma, em 1882, o nome da cidade está grafado Manaos repetidas vezes. O nome atual da cidade, Manaus, só foi grafado pela primeira vez em 1908, na tipografia do escritor Bertino de Miranda.

 

História

Antes de os europeus chegarem à Amazonia, no século XVI, eram numerosos os povos indígenas que habitavam a região. Estes dividiam-se em diferentes etnias, que se diferenciavam por suas línguas e costumes e dedicavam-se à pesca e à cultura da mandioca, promovendo um intenso comércio intertribal. Suas habitações eram amplas e arejadas, feitas de troncos de árvores e cobertas de palha. Dentre os povos que habitavam a região do atual Rio Negro, três se destacavam pelo elevado número populacional e influência ante os conquistadores: os Manáos, os Barés e os Tarumãs. Os Manáos constituíam o grupo étnico indígena mais importante da região, onde habitavam as duas margens do Rio Negro e possuindo população de cerca de 10 mil índios no número século XVII,avaliado após os primeiros violentos conflitos travados com os portugueses colonizadores.

 

 

Colonização europeia

220px-1562_Diego_Gutierrez_Amazonas.jpg

 

A região onde atualmente se encontra o estado do Amazonas era parte integrante da Espanha, à época do descobrimento do Brasil pelos

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, entretanto foi ocupada e colonizada por Portugual. O período de povoação europeia na Amazônia inicia-se entre os anos de 1580 e 1640, época em que Portugal e Espanha permaneceram sob uma só coroa, não havendo desrespeito oficial aos interesses espanhóis por parte dos portugueses quando penetraram na região amazônica. A ocupação do lugar onde se encontra hoje Manaus foi demorada devido aos interesses comerciais portugueses, que não viam na região a facilidade em obter grandes lucros a curto prazo, pois era de difícil acesso e era desconhecida a existência de riquezas (ouro e prata). Entre 1637 e 1639, o explorador português partiu com uma expedição de
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até a cidade de , no Peru, com a finalidade de tomar posse da região em nome do Império Português.

A primeira tentativa de ocupação da região de Manaus ocorreu em 1657, quando tropas de resgate comandadas pelo Cabo Bento Miguel Parente saiu de acompanhado de dois padres: Francisco Veloso e Manuel Pires. Durante algum tempo, a tropa fixou-se na foz do rio Tarumã, onde foi fincada uma cruz e como de costume foi rezada uma missa. Em 1658, outra tropa de resgate oriunda também do chegou à região, procurando além dos nativos, as chamadas drogas do sertão. Os nativos tinham suas aldeias saqueadas pelos exploradores e os rebeldes que recusavam-se a serem escravizados eram mortos. O interesse em construir umna localidade surgiu apenas em 1668, através do capitão Pedro da Costa Favela, caçador de índios, que convenceu o governador Antônio Alburquerque Coelho de Carvalho sobre a necessidade tática de guarnecer a região contra o assédio dos holandeses e espanhóis, ao retornar ao Pará. A missão de construir um simulacro de fortaleza foi dada a Francisco da Mota Falcão, que recebeu o auxílio de Manuel da Mota Siqueira.

Assim sendo, a colonização europeiana região de Manaus começou em 1669, com uma fortaleza em pedra e barro, com quatro canhões. O Forte de São José da Barra do Rio Negro foi construído para garantir o domínio da coroa de Portugal na região, principalmente contra a invasão de holandeses , na época aquartelados onde hoje é o Suriname. O Forte situava-se próximo a foz do Rio Negro e desempenhou sua missão durante 114 anos, sendo o capitão Angélico de Barros o seu primeiro comandante.

Em 3 de junho de 1542 o Rioo Negro foi descoberto por Francisco Orellana. que lhe pôs o nome. A região onde se encontrava o Forte de São José da Barra do Rio Negro foi habitada primeiramente pelas tribos manaós, barés, banibas e passés, as quais ajudaram na construção do forte e passaram a morar em palhoças humildes nas proximidades do mesmo. A tribo dos "manáos" (na grafia antiga, atualmente mais conhecido como manaós), considerada orgulhosa pelos portugueses, negava-se a ser dominada e servir de mão de obra escrava e entrou em confronto com os colonizadores do forte. As lutas só cessaram quando os militares portugueses começaram a ligar-se aos manaos através de casamentos com as filhas dos tuxauas, iniciando assim, à intensamiscigenação na região e dando origem aos caboclos. Um dos líderes da tribo dos manaós foi o indígena Ajuricaba, forte opositor da colonização dos portugueses e que apoiava, no entanto, os holandeses. A morte de Ajuricaba foi um grande mistério: Foi aprisionado e en***** ao Pará, tendo morrido no percuso da viagem

Imagem de Francisco de Orellana

 

 

220px-Francisco_de_Orellana1.JPG

 

Devido à colonização portuguesa, foi efetuado um trabalho de esquecimento ou tentativa de apagar os traços e obras históricas dos povos indígenas. Pode-se notar isso pela destruição do cemitério indígena, onde se encontra, atualmente, a Praça Dom Pedro e o Palácio Rio Branco. Quando o governador Eduardo Ribeiro remodelou a praça e mandou nivelar as ruas que a contornavam, grande números de igaçabas foi encontrado e atualmente não existe nenhum marco indicando a sua existência.

A população cresceu tanto que, para ajudar no catecismo, em 1695 os missionários (carmelitas, jesuítas e franciscanos) resolveram erguer uma capela próxima ao forte de Nossa Senhora da Conceição, a padroeira da cidade.

A Carta Régia de 3 de março de 1755 criou a Capitania de São José do Rio Negro, com sede em Mariuá (atual Barcelos), mas o governador Manuel da Gama Lobo D'Almada, temendo invasões espanholas, passou a sede novamente para o Lugar da Barra em 1791, por se localizar na confluência dos rios Negro e Amazonas, que era um ponto estratégico.

O Lugar da Barra perdeu seu status político-administrativo sob influência de D. Francisco de Souza Coutinho, capitão-geral do Grão Pará, que iniciou campanha contra a mudança de sede, o que levou a ser desfeito o ato através da Carta Régia de 22 de agosto de 1798 e, em maio de 1799, a sede voltou a Barcelos. Em consequência da perda de seu status, tornou-se inevitável a decadência do Lugar da Barra.[35] Em outubro de 1807, o governador da Capitania, José Joaquim Victório da Costa, deixou Barcelos, transferindo a administração da Capitania definitivamente ao Lugar da Barra.

 

Elevação a vila

A partir de 29 de março de 1808, o Lugar da Barra voltaria a ser sede da Capitania de São José do Rio Negro, após proposta de dom Marcos de Noronha Brito ao penúltimo governador capitão de mar-e-guerra José Joaquim Victório da Costa.[35] Através do decreto de 13 de novembro de 1832, o Lugar da Barra passou à categoria de vila, já com a denominação de Vila de Manaus, nome que manteria até o dia 24 de outubro de 1848. Com a Lei 145 da Assembleia Provincial Paraense, adquiriu o nome de Cidade da Barra do Rio Negro, em vista de a vila ter assumido foros de cidade, cidade de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro. A 5 de setembro de 1850, foi criada a Província do Amazonas pela Lei Imperial 1 592, tornando-se a Vila da Barra do Rio Negro. Foi seu primeiro presidente João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, nomeado em 27 de julho de 1851, que instalou oficialmente a nova unidade provincial a 1 de janeiro de 1852, com o que sua situação de atraso melhorou bastante. Foi criada a Biblioteca Pública e o primeiro jornal foi fundado em 5 de setembro. Entretanto, sua primeira edição só circulou a 3 de maio de 1851, já com o nome de "Estrela do Amazonas", de propriedade do cidadão Manuel da Silva Ramos. Tornaram-se, ambos, as bases do desenvolvimento da cultura local, junto ao teatro e escolas profissionais.

Em 4 de setembro de 1856, pela Lei 68, já no decurso do segundo governo de Herculano Ferreira Pena, a Assembleia Provincial Amazonense deu-lhe o nome de Cidade de Manaus, em homenagem à nação indígena manaós.

 

 

 

Cabanagem

A Cabanagem foi um movimento político e um conflito social ocorrido entre 1835 e 1840 no Pará, envolvendo homens livres e pobres, sobretudo indígenas e mestiços que se insurgiram contra a elite política e tomaram o poder. A entrada da Comarca do Alto Amazonas (hoje Manaus, a qual foi o berço do manifesto na Amazônia Ocidental) na Cabanagem foi fundamental para o nascimento do atual estado do Amazonas. Durante o período da revolução, os cabanos da Comarca do Alto Amazonas desbravaram todo o espaço do estado onde houvesse um povoado, para assim conseguir um número maior de adeptos ao movimento, ocorrendo com isso uma integração das populações circunvizinhas e formando assim o estado.

 

Período áureo da borracha

Teatro Amazonas

 

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No Rio de Janeiro, a República Federativa do Brasil foi proclamada em 15 de novembro de 1889, extinguindo-se o Império. A Província do Amazonas passou a ser o Estado do Amazonas, tendo como capital a Cidade de Manáos.[36] A borracha, matéria-prima das indústrias mundiais, era cada vez mais requisitada e o Amazonas, como principal produtor mundial, orientou sua economia para atender à crescente demanda. Intensificou-se o processo de migração para Manaus de nordestinos e brasileiros de outras regiões, bem como a imigração de ingleses, franceses, judeus, gregos, portugueses, italianos e espanhóis, gerando um crescimento demográfico que obrigou a cidade a passar por mudanças significativas. Naquela época, o Nordeste brasileiro foi atingido pela "Grande Seca de 1877-1878", que causou mais de um milhão de mortes, além de uma grande epidemia de cólera. Muitos nordestinos vieram para Manaus fugidos deste fenômeno, chegando ao local em grandes massas.

Em 1892, iniciou-se o governo de Eduardo Ribeiro, que teve um papel importante na transformação da cidade, através da elaboração e execução de um plano para coordenar o seu crescimento. Esse período (1890-1910) é conhecido como fase áurea da borracha. A cidade ganhou o serviço de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e água encanada, além de um porto flutuante, que passou a receber navios dos mais variados calados e de diversas bandeiras. A metrópole da borracha iniciou os anos de 1900 com uma população em torno de 20 mil habitantes, com ruas retas e longas, calçadas com granito e pedras de liós importadas de Portugal, praças e jardins bem cuidados, belas fontes e monumentos, um teatro suntuoso, hotéis, cassinos, estabelecimentos bancários, palacetes e todos os requintes de uma cidade moderna.

 

Biblioteca Pública de Manaus no início do século XX.

 

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Na fase áurea da borracha, a cidade foi referência internacional das discussões sobre doenças tropicais, saneamento e saúde pública.A cidade realizou grandes ações em parceria com cientistas internacionais, como foi o caso da erradicação da febre amarela, em 1913. No início do século XX, as ações de saneamento estiveram praticamente restritas a Manaus. A situação mudou após a criação do Serviço de Saneamento e Profilaxia Rural, que levou o saneamento para outras partes do Amazonas.[36]A infraestrutura da época abrangia bases fixas de operação nas calhas dos principais rios e embarcações que percorriam as comunidades ribeirinhas. O auge do ciclo econômico transformou Manaus em uma cidade moderna, com as mesmas benfeitorias que chegavam ao Rio de Janeiro, a então capital federal. O desenvolvimento econômico proporcionou também grande circulação de ideias e permitiu o surgimento de um núcleo de médicos que estava a par das discussões científicas mais avançadas a respeito do combate às doenças tropicais. Atualmente, escolas de medicina tropical recém-criadas, como as de Londres e Liverpool, na Inglaterra, enviam missões frequentemente para Manaus.

Em 1910, Manáos ainda vivia a euforia dos preços altos da borracha, quando foi surpreendida pela fortíssima concorrência da borracha natural plantada e extraída dos seringais da Ásia, que invadiu vertiginosamente os mercados internacionais. Era o fim do domínio da exportação do produto dos seringais naturais da Amazônia (quase que exclusivamente gerada no Amazonas), deflagrando o início de uma lenta agonia econômica para a região. O desempenho do comércio manauense tornou-se crítico e as importações de artigos de luxo e supérfluos caíram rapidamente. Manáos, abandonada por aqueles que podiam partir, mergulhou em profundo marasmo. Os edifícios e os diferentes serviços públicos entraram em estado de abandono.

 

 

 

Vista Panorâmica do Palacete Provincial, um dos símbolos gerados pela riqueza da borracha.

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Período comtemporâneo

Horizonte de Manaus

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Com a implantação da Zona Franca de Manaus na década de 1960, a cidade novamente ocupou lugar de destaque entre as mais ricas do Brasil e da América Latina. Ao lado de Cuiabá, capital de Mato Grosso, é a capital que mais cresceu economicamente nos últimos quarenta anos, fato explicado principalmente pela implantação e desenvolvimento da Zona Franca de Manaus, que também atraiu milhares de migrantes que ocuparam de forma desordenada a periferia da cidade.

A cidade experimentou um grande avanço econômico e populacional após a implantação da Zona Franca. O Regime militar no Brasil procurou ocupar uma região até então pouco povoada, com a justificativa de criar condições de rentabilidade econômica. A grandíssima expansão urbana e demográfica de Manaus na década de 1970 trouxe consequências positivas e negativas para o município, que viu-se obrigado a abrigar cada vez mais migrantes vindos de diversas regiões brasileiras e do interior do estado atraídos por uma melhor qualidade de vida. Na questão ambiental, Manaus sofreu diversas invasões a áreas verdes entre as décadas de 1970 e 1980, que originaram, por suas vez, grande parte dos bairros da periferia da cidade. Em 2006, verificou-se que o município já havia desmatado 22% de sua área urbana. Até meados da década de 1970, a população manauense concentrava-se, sobretudo, nas regiões sul, centro-sul, oeste e centro-oeste do município, havendo uma densa população vivendo as margens de igarapés.

Como medida para desvirtuar as grandes ocupações irregulares de terra em Manaus, o governo passou a criar loteamentos de terra regulares voltados para os migrantes que chegavam à cidade. Bairros como Cidade Nova, São José Operário e Armando Mendes surgiram desta iniciativa. Neste período, acentuaram-se as degradações ambientais, principalmente nas regiões leste e norte. Nos últimos anos, as zonas leste e norte sofreram os maiores impactos ambientais, poluição de rios e perda de biodiversidade e mata nativa, problemas ambientais oriundos do intenso processo de ocupação irregular dessas duas regiões.

Em 1991, o município ultrapassou a marca de 1 000 000 de habitantes. Atualmente, é a vigésima sexta cidade mais populosa da América. Em âmbito nacional, é o sétimo município brasileiro mais populoso, abrigando mais da metade da população do estado. Está também entre os cinco municípios com participação acima de 0,5% no PIB do país que mais crescem economicamente.

 

Tropical Hotel.

 

 

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Segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV/RJ), em parceria com a revista Você S/A, analisando 127 cidades do País, Manaus é a melhor cidade da Região Norte do Brasil para fazer carreira. Outras capitais da região, como Belém, Porto Velho e Palmas, também são listadas no ranking da Região Norte. No ranking nacional da pesquisa, a capital do Amazonas aparece em 22º lugar. O Código postal (CEP) de Manaus é 69000-000[56] e o DDD telefônico é 092.

Sua área é de 11.401 km², representando 0.7258 % do estado do Amazonas, 0.2959 % da Região Norte do Brasil e 0.1342 % de todo o território brasileiro. Desse total 229,5040 km² estão em perímetro urbano. Abriga a universidade mais antiga do país, a Universidade Federal do Amazonas, fundada em 1909. A cidade representa sozinha 49,9% da população do Amazonas e 10,89% da população de toda a Região Norte do Brasil.

 

Geografia

Manaus localiza-se na microrregião homônima e na Mesorregião do Centro Amazonense, na margem esquerda do Rio Negro, sendo a maior cidade da Região Norte do Brasil, com uma área de 11.401,058 km² e uma densidade de 152,50 hab./km². Ilhas, arquipélagos e áreas ecológicas são encontrados próximos à cidade, com destaque para o arquipélago de Anavilhanas, situado nas divisas com Novo Airão,[63] e o Encontro das Águas, famoso cartão-postal da cidade.[64] Limita-se com os municípios de Presidente Figueiredo, Careiro, Iranduba, Rio Preto da Eva, Itacoatiara e Novo Airão.

 

Relevo

Caracterizado por planícies, baixos planaltos e terras firmes, com uma altitude média inferior a 100 metros. As planícies são constituídas por sedimentos recentes da Era Antropozóica; tornam-se bastante visíveis nas proximidades dos rios. As elevações são encontradas nos limites com Roraima e Venezuela, onde encontramos as serras de Itapirapecó, Imeri, Urucuzeiro e Cupim.

 

Clima

Um pôr do sol no Rio Negro.

 

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O clima de Manaus é considerado tropical úmido (tipo Am segundo Köppen),[67] com aumento de chuvas no verão e temperatura média anual de 26,5 °C, tendo uma umidade relativa elevada durante o ano, com médias mensais entre 76 e 89%.[68]

Devido à proximidade da linha do equador, o calor é constante do clima local. São inexistentes os dias de frio no inverno, e raramente massas de ar polar muito intensas no centro-sul do país e sudoeste amazônico têm algum efeito sobre a cidade, como ocorreu em agosto de 1955. A proximidade com a floresta normalmente evita extremos de calor e torna a cidade úmida.[69]

A precipitação média anual é de 2.194,9 mm, sendo agosto o mês mais seco, quando ocorrem apenas 55 mm.[69] Em março, o mês mais chuvoso, a média fica em 310,2 mm.[70] As estações do ano são relativamente bem definidas no que diz respeito à chuva: o inverno é relativamente seco, e o verão chuvoso.[69] A menor temperatura já registrada oficialmente em Manaus foi de 14 ºC no aeroporto da cidade no dia 16 de agosto de 1999. Já houve ocorrências pontuais de chuva de granizo na cidade.[72] Sobre a temperatura máxima registrada em Manaus, verifica-se que em 20 de setembro de 2010 o município registrou 38,3 ºC, sendo também a maior temperatura registrada no Brasil naquele ano. Entretanto, diz-se que em 2009 a temperatura da cidade registrou 40,9 °C, no dia 29 de setembro, superando até mesmo os 36,1 °C registrados no dia 21 de agosto do mesmo ano.

No dia 26 de novembro de 2009, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou um caso de chuva ácida em Manaus. Segundo o Inmet, a poluição do ar, causada em grande parte pelo acúmulo de fumaça de queimadas, associada ao dióxido de carbono emitido por carros, provocou chuva ácida na cidade. Apesar de a incidência de chuva ácida ser comum em algumas capitais brasileiras onde há grande concentração de carros, em Manaus e em outras cidade do Amazonas a situação se agrava com o período prolongado de estiagem com a fumaça das queimadas.

 

 

 

 

Temperatura e precipitação média em Manaus

 

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Vegetação

A vegetação da capital é densa, e tipicamente coberta pela floresta Amazônica. Com uma flora diversificada, abriga vários tipos de plantas, além da vitória-régia, uma espécie aquática ornamental. Existem plantas bem próximas umas das outras, o que torna a vegetação úmida e impenetrável. Há espécies com folhas permanentes, encarregadas de deixar a floresta com um verde intenso o ano todo.

Manaus é tida como a "Capital Ambiental do Brasil", pelo seu extraordinário recurso natural. Cerca de 98 % dos 11.401,058 km² da área rural do município está intacta.

 

Hidrografia

Os rios que passam por Manaus são o Negro e o Solimões e, ao se encontrarem, formam o grande rio Amazonas. O Rio Negro é o maior afluente da margem esquerda do Rio Amazonas, o mais extenso rio de água negra do mundo e o segundo maior em volume de água — atrás somente do Amazonas. Tem sua origem entre as bacias do rio Orinoco e Amazônica e também conecta-se com o Orinoco através do Canal do Cassiquiare. Na Colômbia, onde tem a sua nascente, é chamado de rio Guainia. Seus principais afluentes são o Rio Branco e o rio Vaupés, que disputa ser o começo do rio Orinoco junto com o rio Guaviare, drena a região leste dos Andes na Colômbia. Após passar por Manaus, une-se ao rio Solimões e passa a chamar-se rio Amazonas. O rio Solimões começa no Peru e, ao entrar no Brasil, no município de Tabatinga, recebe o nome de Solimões.

O rio Amazonas é o maior rio da Terra, tanto em volume d'água quanto em comprimento (6.992,06 km de extensão). Tem sua origem na nascente do rio Apurímac (alto da parte ocidental da cordilheira dos Andes), no sul do Peru, e deságua no oceano Atlântico, junto ao rio Tocantins.

 

Fauna e flora

Vitória-régia, a maior flor do mundo.

 

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Toda a fauna da floresta tropical úmida presente na Amazônia também se encontra na cidade. Nas áreas rurais do município, há inúmeras espécies de plantas e pássaros, inúmeros anfíbios e milhões de insetos.[78]

Os grandes mamíferos da água, como o Peixe-boi e o Boto, são encontrados principalmente em regiões sem muita movimentação do Rio Negro, em lagos encontrados no bairro Tarumã e também em alguns reservatórios da cidade, como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Algumas árvores de origem amazônica, como a Andiroba e Mafumeira (também conhecida como Sumaúma), são encontradas em parques da cidade como o Parque do Mindu e Parque Estadual Sumaúma. Este último recebe este nome em razão da grande quantidade de árvores mafumeiras que possui e atualmente é um parque estadual. Répteis como tartarugas, caimões e víboras também ali habitam. Há pássaros e peixes de todas as espécies, plumagens e peles. Em algumas regiões ao longo do Rio Amazonas, floresce a planta Vitória-régia, cujas folhas circulares chegam a mais de um metro de diâmetro.

 

 

 

 

 

Parques e espaços públicos

Área verde na Santa Etelvina, Zona Norte de Manaus.

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A cidade conta com importantes parques e reservas ecológicas, como o Parque do Mindu, o Parque Estadual Sumaúma, o Parque Ponte dos Bilhares e o Jardim Botânico Adolpho Ducke - o maior jardim botânico do mundo.[81] - entre outros

O Parque do Mindu localiza-se na Zona Centro-Sul de Manaus, no bairro Parque 10. É hoje um dos maiores e mais visitados parques municipais do Amazonas. Foi criado em 1989, através de um manifesto popular iniciado pelos moradores do bairro Parque 10. Com 33 hectares de biodiversidade, é uma das quatro Unidades de Conservação, vitrine das espécies de flora, fauna e outros elementos do ecossistema amazônico.[82] O objetivo do Parque é promover e desenvolver atividades ambientais e culturais com a finalidade de propiciar momentos de integração comunitária, permitindo despertar os habitantes do entorno e os visitantes para questões sócio-ambientais e culturais no que diz respeito à valorização do meio ambiente. Abriga uma considerável população de Soim-de-coleira, um pequeno símio que existe apenas na região de Manaus. O soim-de-coleira possui pelos castanhos no corpo e pelos brancos no pescoço, o que faz com que pareça usar uma coleira. Apesar de pequeno, o macaco possui garras extremamente afiadas, que o ajuda a subir e descer das árvores. O Parque do Mindu possui ainda um orquidário, um canteiro de ervas com propriedades terapêuticas e aromáticas e trilhas suspensas.[83]

 

Parque Jefferson Peres.

 

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O Parque Ponte dos Bilhares localiza-se na zona Centro-Sul, no bairro da Chapada. É uma das menores áreas verdes do espaço urbano do município, porém é referência em sua estrutura. Possui bares, lanchonetes, anfiteatro, biblioteca, áreas desportivas e turísticas. O Jardim Botânico Adolpho Ducke possui mais de 100 km² de sua reserva florestal em Manaus. No parque há um monumento, que representa os diferentes tipos de madeira encontrados na Amazônia e um viveiro de mudas com as plantas nativas do lugar. Há também uma biblioteca especializada em literatura sobre botânica e meio ambiente, além de um pavilhão para a realização de eventos e palestras sobre a natureza. As trilhas existentes no parque somam mais de três quilômetros. O parque abriga inúmeras espécies de animais em extinção, como araras, tucanos, tatus e onças-pintadas.

 

Praça do Teatro em Manaus.

 

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O Parque Estadual Sumaúma foi criado através do decreto nº23.721 de 5 de setembro de 2003, com uma área de 51 hectares. O parque é a primeira Unidade de Conservação Estadual localizada na cidade de Manaus. Localiza-se no bairro Cidade nova, na zona norte da cidade. É o menor parque estadual do Amazonas e é aberto a visitações todos os dias, exceto aos domingos. Possui estrutura estável, sendo regido pela Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas em parceria com o Conselho do Parque Sumaúma, formado por associações comunitárias de bairros próximos e entidades da sociedade civil.

 

Poluição ambiental

A poluição atmosférica do ar na cidade é intensa, devido principalmente à enorme quantidade de automóveis que circulam diariamente na cidade e às indústrias pertecentes ao Polo Industrial de Manaus.

Além da poluição atmosférica a cidade sofre também com o aumento poluição hídrica em seus dois principais rios, o rio Negro e o rio Solimões. Atualmente o rio Negro passa por um programa de despoluição que dura alguns meses. Esse programa, realizado pelo poder público, é chamado de Prosamim, e também serve como modelo para despoluir rios em países sul-americanos, como a Argentina. O processo de expansão urbana nas últimas décadas aliou especulação imobiliária, esvaziamento das áreas centrais e precariedade nos novos loteamentos; desta forma, devido à dificuldade de aceder à terra urbana qualificada em áreas centrais, milhares de famílias viram-se obrigadas a ocuparem regiões ambientalmente frágeis - como as de mananciais.

O problema do abastecimento equilibrado de água para a cidade - e para a metrópole, de uma forma geral - também se configura como questão preocupante: apesar de possuir muitas fontes de água em seu próprio perímetro, Manaus sofre com a falta de água para a população da zona leste. O problema da poluição da água também é agravado pela ocupação irregular das áreas de mananciais, ocasionada pela expansão urbana.

 

 

 

Demografia

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A população de Manaus é de 1 832 423 habitantes[6] (conforme estimativa do IBGE em 2011), o que a coloca na posição de sétima cidade mais populosa brasileira, após São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza e Belo Horizonte. Destes, 50,4 % da população são homens e 49,6 % são mulheres; e 99,36 % vivem em área urbana e 0,64 % em área rural. Entre as onze cidades brasileiras mais populosas, Manaus foi quem mais se destacou na última década em crescimento populacional, obtendo um crescimento de 22,24% e ultrapassando Recife e Curitiba. Além de Manaus, somente Brasília registrou crescimento populacional acima da média nacional.[91] O município registrou, em 2009, um índice de mortalidade infantil de 21,26 a cada mil crianças, em contraste com a alta taxa de fecundidade (3,74 filhos por mulher), que registrou uma queda de 30 % nos últimos anos.[93] A taxa de alfabetização é considerável e atinge 97,63 % da população.

A maior parte da população encontra-se nas regiões norte e leste da cidade, sendo a Cidade Nova o bairro mais populoso, com 121 135 habitantes.

Com o início da industrialização na cidade, após a instalação do Polo Industrial de Manaus em 1967, o crescimento demográfico e populacional aumentou significativamente, tanto na cidade quanto em regiões e até outras cidades próximas. Segundo os resultados dos últimos censos, a população da cidade elevou-se de 343.038 habitantes, em 1960, para 622.733 habitantes em 1970.[96] Daí até 1990 a população cresceu para 1.025.979 habitantes, elevando sua densidade para 90,0 hab./km².[96] Em termos percentuais, o aumento populacional entre 1960 e 1970 foi de 40% enquanto que de 1970 a 1980 foi de 94%.

A cidade apresenta bons índices, constituindo-se um ótimo lugar para concentração de investimentos. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,774, de acordo com dados de 2000.[97] A esperança de vida na cidade é de 71,10 anos, pouco superior à média brasileira.[98] Nas zonas sul, centro-sul e centro-oeste, a esperança de vida atinge 74,03 anos, enquanto nas zonas norte, oeste, leste e rural, a esperança de vida é de 69,63 anos.[98] 76,9% dos domicílios são atendidos pela rede de distribuição de energia elétrica, 64,61% pela rede de esgoto e 86,54% são atendidos pela coleta de lixo.[52] 68,61% contam com abastecimento de água.

 

Expansão demográfica

 

Vista parcial de Manaus durante a noite.

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Até meados da década de 1970, os espaços urbanos e aglomerados estavam limitados às zonas administrativas sul, centro-sul, oeste e centro-oeste. A área portuária da cidade era intensamente povoada, com pouca densidade nas regiões norte e leste.[99]

Após a criação da Zona Franca de Manaus, a cidade recebeu forte migração, e outras áreas e novos bairros na cidade foram surgindo, sendo que alguns através de ocupações irregulares, como é o caso do bairro Coroado, que ocupou parte da área verde pertencente à Universidade Federal do Amazonas.[99]

No início da década de 1980 iniciou-se um intenso processo de ocupação das áreas periféricas da cidade.[96] A expansão para as zonas administrativas leste e norte, seja por ocupações regulares ou irregulares, marcaram o início do uso do solo estratificado e as novas ocupações que foram se formando na cidade já surgiram bem mais marcadas pelo nível de renda dos seus habitantes. Muitos dos maiores bairros que existem atualmente na cidade surgiram nessa década. Entre eles, os bairros de São José Operário, Zumbi dos Palmares, Armando Mendes e Cidade Nova.[99] A grande concentração populacional nas zonas leste e norte são responsáveis pelo agravamento de problemas relacionados à ocupação desordenada do solo, destruições da cobertura vegetal, poluição dos corpos d'água e deficiência do saneamento básico.

O crescimento urbano de Manaus foi o maior da região Norte. Nos últimos dez anos, a cidade transformou-se em um dos municípios mais populosos do Brasil, o que apresentou a maior taxa média geométrica de crescimento anual. A taxa de crescimento urbano tem sido maior que a taxa nacional, apesar de ter sofrido uma queda no último censo. A intensa urbanização da cidade, muitas vezes de forma desordenada, ao longo das décadas de 1980 e 1990, contribuíram para que sua área urbana perdesse cerca de 65% de cobertura vegetal, sendo que cerca de 20% foram degradadas em menos de vinte anos, entre 1986 e 2004.

O crescimento urbano de Manaus concentra-se, sobretudo, na zona norte da cidade. Podemos afirmar que as zonas sul, centro-sul e centro-oeste estão consolidadas enquanto espaço urbano em toda sua extensão. A zona leste, apesar de possuir uma imensa área ainda não ocupada efetivamente, não dispõe mais de espaços, pois a área que pertence à Zona Franca de Manaus representa 45% do total da área da região.

 

 

 

Composição étnica

Manaus é uma cidade marcada pelos traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e franceses. Cresceu assim, viveu a fase áurea da borracha, mas voltando um pouco atrás na história, não se pode esquecer a importância dos ameríndios no quesito contribuição étnica. Foram os ameríndios que iniciaram a ocupação humana na Amazônia, e seus descendentes, os caboclos, desenvolveram-se em contato íntimo com o meio ambiente, adaptando-se às peculiaridades regionais e oportunidades oferecidas pela floresta.Na sua formação histórica, a demografia de Manaus é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o europeu e o negro, formando, assim, os mestiços da região (caboclos). Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, especialmente japoneses, árabes e judeus, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população da cidade, seus valores e modo de vida. A cidade abriga uma notável comunidade marroquina.

Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de Manaus está composta por: pardos (63,93 % ou 898 755 habitantes), brancos (31,88 % ou 448 156 habitantes), pretos (2,43 % ou 34 204 habitantes) , indígenas (0,56 % ou 7 894 habitantes) e amarelos (0,31 % ou 4 338 habitantes). Há ainda, 12 489 pessoas que não declararam suas etnias, representando 0,89 % do total da população.

 

Migração

É notável um contingente de pessoas de outros estados, sobretudo nordestinos. Cearenses, paulistas, maranhenses e gaúchos fazem-se bastante presentes. No auge da borracha e da instalação da Zona Franca de Manaus, entre o séculos XIX e a década de 1960, passaram a migrar para a região Norte, especialmente para o Amazonas e Acre em busca de melhores condições de vida. Com a melhoria estrutural de outras regiões do país e os problemas resultantes da superpopulação nas grandes cidades, a migração nordestina diminuiu consideravelmente.

O município possui uma considerável comunidade de imigrantes asiáticos, sendo os japoneses, coreanos, chineses e indianos os mais numerosos. O fluxo da imigração japonesa na cidade é explicado pela presença de empresas e indústrias deste país instaladas na Zona Franca de Manaus, fazendo da cidade uma das maiores comunidades japonesas do país, que desembarcaram na cidade na década de 1930. Há também, uma notável comunidade de imigrantes de países sul-americanos, com destaque para os países que se limitam com o Amazonas, como o Peru, Colômbia e Venezuela, sendo que muitos destes vivem ilegais. Estima-se que mais de 20 mil peruanos residem na cidade, sendo a maior comunidade peruana no Brasil. Após o Sismo do Haiti de 2010, há uma crescente imigração de haitianos para cidades do Amazonas, em especial Manaus e Tabatinga. Estima-se que 3 175 refugiados do Haiti estejam vivendo em Manaus

 

Religião

Igreja de São Sebastião.

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Tal qual a variedade cultural verificável em Manaus, são diversas as manifestações religiosas presentes.Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos manauenses se declara católica,[109] é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do candomblé, do Islão, do judaísmo, do espiritismo, entre outras.Nos últimos anos, o budismo, o mormonismo[110] e as religiões orientais têm crescido bastante na cidade. Estima-se que há mais de mil seguidores budistas, seichonoitas e hinduístas.De acordo com dados de 2000, do IBGE, a população de Manaus está composta por: católicos (68,16 %); protestantes (22,18 %); pessoas sem religião (6,33 %); espíritas (0,64 %); budistas (0,60 %); e judeus (0,04 %).[109] Entre as igrejas protestantes, destacam-se a Assembleia de Deus (7,63 %), Igreja Batista (3,49 %) e Igreja Universal do Reino de Deus (3,12 %).[109] Entre as denominações cristãs restauracionistas, destacam-se A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (0,74 %) e as Testemunhas de Jeová (0,28 %).[109] Entre as novas religiões orientais, destaca-se a Igreja Messiânica Mundial (0,02 %).[109] A Umbanda e o Candomblé representam juntos 0,04 % da população religiosa.[109] Tradições esotéricas são realizadas por 0,03 % da população, e as religiões indígenas e tribais são seguidas por 0,02 % dos religiosos.[109]

 

 

 

 

 

Protestantes

A cidade possui os mais diversos credos protestantes ou reformados, como a Igreja Presbiteriana, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Internacional da Graça de Deus, Igreja Metodista, a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, a Igreja Batista, o Ministério Internacional da Restauração, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Universal do Reino de Deus, as Testemunhas de Jeová dentre outras. Há um considerável avanço dessas igrejas.

Há em Manaus um Templo Mórmon, de propriedade de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O templo é o único da denominação religiosa na Amazônia e o sexto construído no Brasil. Estima-se que Manaus concentre 40 000 fiéis do mormonismo. O templo inclui um centro de visitantes aberto ao público. No Brasil, além de Manaus, apenas São Paulo, Recife, Campinas, Porto Alegre, Curitiba e Fortaleza possuem um templo mórmon.

 

Política

O poder executivo da cidade de Manaus é representado pelo prefeito e seu gabinete de secretários municipais, seguindo o modelo proposto pela Constituição Federal.

O poder legislativo é representado pela câmara municipal, composta por 38 vereadores eleitos para cargos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição, que disciplina um número mínimo de 33 e máximo de 41 para municípios com mais de um milhão de habitantes e menos de cinco milhões). Cabe à casa elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o Orçamento municipal (conhecido como Lei de Diretrizes Orçamentárias). Devido ao poder de veto do prefeito, em períodos de conflito entre o Executivo e o Legislativo, o processo de votação deste tipo de lei costuma gerar bastante polêmica.

Atualmente, há 1.104.141 eleitores no município de Manaus.

 

Municipal

O prefeito atual de Manaus é Amazonino Mendes (PTB). O presidente da câmara municipal é o vereador Isaac Tayah (PTB). Manaus possui atualmente, 38 vereadores na Câmara Municipal de Manaus. Esta é a terceira vez que Amazonino Mendes ocupa o cargo de prefeito de Manaus, sendo que a primeira vez foi no período de 1983 a 1986, durante a Ditadura Militar, no qual Amazonino não foi eleito por votação direta, tendo sido nomeado para o cargo. A segunda vez foi no período 1993-1994, culminando na sua renúncia neste último ano.

A contar de 1890, Manaus já possuiu 93 governantes majoritários. Destes, 76 foram prefeitos nomeados e 17 prefeitos eleitos por votação direta (voto popular). É notável ainda, o número de prefeitos que renunciaram ao cargo: Ao todo, foram 7 prefeitos. Dos 93 governantes majoritários que o município já teve, desde 1890, apenas 6 permanecem vivos.

 

Relações internacionais

 

 

A cidade possui a representação de diversos consulados. Entre os países da América do Sul, faz-se presente o consulado da Bolívia,[118] Chile, Colômbia,[119] Equador,[120] Peru,[121] e Venezuela.[122] Dois dos três países da América do Norte possuem representação no município, sendo estes Estados Unidos e México.[121][123] Em constraste, o Panamá e a República Dominicana são os únicos países da América Central que possuem consulados na cidade.[124]

Países da Ásia também possuem representação em Manaus. Do Oriente Médio, há os consulados da Síria e Arábia Saudita.[125] Há ainda, os consulados do Japão[126] e Filipinas.[127]

A Europa é o continente com maior representação em Manaus. São 18 países europeus que possuem consulados na cidade: Alemanha,[121] Áustria,[121] Bélgica,[121] Dinamarca,[128] Espanha,[129] Finlândia,França, Grécia,[132] Irlanda, Itália,[133] Noruega,[134] Países Baixos, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia e Suíça.

 

Subdivisões

Imagem de satélite correspondente à Região Metropolitana de Manaus.

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A Região Metropolitana de Manaus reúne oito municípios amazonenses. De acordo com estimativas do IBGE em 2010, a Grande Manaus possui 2 210 825 habitantes.[6][21] Em agosto de 2007 foi deflagrado o processo licitatório para as obras de construção da ponte sobre o rio Negro, para ligar a capital Manaus ao vizinho município de Iranduba (D.O.U., de 15.8.2007).

A Ponte Rio Negro foi inaugurada em 24 de outubro de 2011, permitindo uma maior integração entre os municípios que compõem a Grande Manaus, sobretudo Iranduba, Manacapuru e Novo Airão. [142] A Região metropolitana de Manaus é a maior aglomeração urbana do Norte do Brasil e a décima-primeira maior do país, sendo ainda a 222ª mais populosa do mundo e possuindo a maior área territorial entre as regiões metropolitanas do globo.

 

Regiões

Manaus divide-se em sete regiões: Norte, sul, centro-sul, leste, oeste, centro-oeste e a rural.

A região leste da cidade é a maior em extensão territorial e a segunda mais populosa, com aproximadamente 406.044 habitantes. Porém, é a região norte da cidade que possui o maior índice de crescimento populacional e habitacional nos últimos anos, além de possuir o maior bairro da cidade, a Cidade Nova.[146]

A região centro-sul é a de maior renda per capita, abrigando grande parte dos centros comerciais da cidade. Também é a menor região da cidade em extensão territorial.

Em 1991, a região da cidade que concentrava o maior número de domicílios era a zona sul, principalmente os bairros do Centro, Educandos, Aparecida, Colônia Oliveira Machado, Crespo, São Lázaro e Betânia. A zona oeste ficava em segundo lugar, com destaque para os bairros da Compensa, São Raimundo, Santo Antônio e Glória.É importante considerar que a zona sul é a área de ocupação mais antiga da cidade, além de abrigar a Zona Franca de Manaus.[147] A partir do ano 2000, a situação sofreu mudança. A zona leste passou a ocupar o primeiro lugar em relação ao total de domicílios, seguida pela zona norte - que apresentou o maior percentual de crescimento no período analisado (183 %) - e pela zona sul, que cresceu apenas 9,34 % no mesmo período Hoje, bairros da zona norte e zona centro-sul concentram o maior número de crescimento domiciliar, com destaque para os bairros de Parque 10, Cidade Nova, Amazonino Mendes e Nova Cidade.

 

Bairros

 

 

Ponta Negra, bairro nobre em Manaus, localizado na região oeste da cidade.

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O primeiro bairro criado em Manaus foi o Educandos.[148] Somente a partir daí as demais áreas da cidade passaram a receber ocupação humana, com a chegada de migrantes e pessoas vindas de outras regiões do Brasil.

Manaus possui o maior bairro da região norte brasileira, o bairro Cidade Nova, que possui 264.449 habitantes, mas estima-se que sua população ultrapasse os 300.000 habitantes. A Cidade Nova é maior que todos os municípios do interior do Amazonas.[146]

Com a permanência e o fortalecimento da Zona Franca de Manaus, a cidade começou a receber investimentos e constantes migrações de pessoas de várias regiões do país. Assim, inúmeros bairros foram surgindo na cidade, muitos a partir de invasões de terra.[104]

Com a publicação da Lei n° 1.401/10, de 14 de janeiro de 2010, o mapa geográfico de Manaus ganhou sete novos bairros oficiais, resultado da divisão dos três maiores bairros da cidade em extensão territorial. O primeiro bairro criado através da lei foi o Distrito Industrial II, resultado da divisão do bairro Distrito Industrial.[117] O Distrito Industrial II integra a zona leste da cidade. Outro bairro criado a partir da lei é o Tarumã-Açú, originário da divisão do bairro Tarumã, que até então era o maior bairro da cidade.[117] Com a modificação, o Tarumã passou a ser o quarto maior bairro em área territorial.

A Cidade Nova, o bairro mais populoso, também foi dividido e originou três novos bairros: o Nova Cidade, que ainda não era reconhecido como bairro oficial, o Novo Aleixo e Gilberto Mestrinho, que receberam o status de bairro oficial.[117] Sendo assim, a Cidade Nova deixou de ser o terceiro maior bairro da cidade e perdeu uma área de mais de 3.705 hectares.[117] Por fim, a comunidade Lagoa Azul, também foi reconhecida como bairro através da Lei.[117]

 

 

 

 

 

 

 

 

Administrações regionais

Manaus é dividida em administrações regionais (administrações criadas pelas secretarias municipais, porém tais administrações não possuem status de subprefeituras), que organizam os bairros da cidade. Essas divisões foram feitas principalmente nas duas regiões mais populosas da cidade, a zona norte e zona leste. Essas administrações são: Cidade Nova,[146] que compreende 21 bairros da zona norte. Possui grande parte de seu território em áreas verdes, com destaque para o Parque Estadual Sumaúma;[86] Santa Etelvina, que compreende 9 bairros da zona norte. Situa-se próxima a divisa com o município de Presidente Figueiredo;[149] Parque 10 de Novembro, abrangendo vários bairros e condomínios próximos. É considerada a região mais central da cidade, com um notável comércio e residências valorizadas;[150] Flores, que abrange 3 bairros: Flores, Parque das Laranjeiras e Parque das Nações;[151] Tarumã, que compreende grande parte dos bairros da zona oeste;[152] Jorge Teixeira, na zona leste, compreendendo além do bairro Jorge teixeira os bairros de Nova floresta, João Paulo, Valparaíso, e Tancredo neves;[153] São José OPerário, também na zona leste, abrangendo 5 bairros. Abriga o Polo Industrial de Manaus e o Encontro das Águas, este último um dos pontos turísticos da cidade.[154][155]

 

Economia

Vista parcial de Manaus

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Manaus é um dos maiores centros industriais do Brasil.[156] As mais importantes indústrias da cidade atuam na área de transportes e comunicações.[156] A energia proveniente do gás natural da região possibilita a algumas áreas o crescimento no setor industrial, visando a exportação. Grande parte das indústrias está localizada próxima à fonte de matérias-primas, como a extração de minerais e madeiras, com pequeno beneficiamento dos produtos.[156] A cidade apresentou estabilidade econômica e crescimento industrial de 29,17% em 2011.[157] Na atualidade, Manaus é ao menos três vezes mais rica do que há três décadas atrás, representando mais da metade da economia do estado do Amazonas.[158] A maior parte das fábricas e indústrias beneficiadas pelos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus estão localizadas no Distrito Industrial, na zona sul da cidade.[147]

Manaus é o maior centro industrial brasileiro de fabricação de eletrônicos, que inclui desde celulares até televisores e computadores modernos.[156] Além da atuação de eletrônicos, outra indústria que vem ganhando destaque na cidade é a da construção.[156] Outras indústrias na cidade são a produção de tecidos, produtos químicos e alimentícios.

O gasoduto Coari-Manaus, que leva o gás natural da província do Urucu em Coari, já opera comercialmente.[159] O gasoduto tem 670 quilômetros de extensão e deverá transportar, em sua primeira fase de operação, 4,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.[159] A principal finalidade do insumo é a produção de energia elétrica em termelétricas, para atender a cidade e municípios vizinhos.[160]

O desenvolvimento rápido de Manaus para uma cidade de grande porte deu-se principalmente através da dispersão das indústrias na área industrial da cidade. Apesar de a indústria ainda responder por grande parte da economia da cidade e também do Amazonas, a sua importância, nos últimos anos, diminuiu significativamente. O responsável por isso é o crescimento de outras áreas econômicas, como a construção civil, ecoturismo, desporto e serviços.[161]

O município de Manaus concentra quase toda a sua população na área urbana, tendo portanto, uma reduzida atividade no setor primário.[162] A pouca atividade agropecuária se concentra ao longo das rodovias BR-174 e AM-010.

 

Zona franca

Zona_Manaus.gif

A Zona Franca de Manaus (ZFM), também conhecida como Polo Industrial de Manaus, é um centro financeiro (o principal da região norte do Brasil) implantado pelo governo brasileiro objetivando viabilizar uma base econômica na Amazônia Ocidental, promover a melhor integração produtiva e social dessa região ao país, garantindo a soberania nacional sobre suas fronteiras.[156] É um dos mais modernos da América Latina.[163] A mais bem-sucedida estratégia de desenvolvimento regional, o modelo leva à região de sua abrangência (estados da Amazônia Ocidental: Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima e as cidades de Macapá e Santana, no Amapá[164]) desenvolvimento econômico aliado à proteção ambiental, proporcionando melhor qualidade de vida às suas populações. Recentemente o Polo Industrial de Manaus garantiu parcerias com a República Checa.[165]

 

Refinaria Isaac Sabbá

barris/dia. Com o nome de Companhia de Petróleo da Amazônia, a refinaria foi instalada às margens do Rio Negro por Isaac Benaion Sabbá em 6 de setembro de 1956, porém a sua inauguração oficial ocorreu apenas em 3 de janeiro de 1957, tendo sido inaugurada por Juscelino Kubitschek, visando estimular a região que ainda sentia os efeitos negativos da crise da época da borracha. Em 1971, a Petrobras assumiu o controle acionário da companhia, que passou a se chamar Refinaria de Manaus (Reman). Em homenagem ao pioneirismo de seu fundador, em 1997 a Petrobras rebatizou-a como Refinaria Isaac Sabbá - UN-Reman. Seus principais produtos e distribuídos são gás de cozinha, gasolina, querosene, querosene de aviação, diesel, óleos combustíveis, asfaltos e álcool.[166]

 

Centros comerciais

Variedades de opções de entretenimento podem ser encontrados por Manaus. Além das clássicas conhecidas zonas comerciais, a cidade possui vários centros comerciais, algumas das quais são adjacentes às ruas. Teatros tradicionais, cinemas, bares com Karaokê, discotecas, pistas de boliche e uma abundância de opções de compras proporcionam lazer para os habitantes e turistas. A cidade possui um comércio bem diversificado, bastante influenciado pela Zona Franca de Manaus, com destaque para os produtos produzidos no PIM. Também é notável o artesanato de Manaus e região, com influência direta dos nativos indígenas e os caboclos. A comercialização dos produtos artesanais é feita em praças do Centro Histórico da cidade, e também em hotéis de selva localizados na Grande Manaus. O comércio popular é muito comum em bairros de baixa renda situados nas zonas leste e norte. A maior área de comércio popular localiza-se entre os bairros de São José Operário, Amazonino Mendes e Jorge Teixeira, especificamente na Feira do Produtor, Feira da Panair e Feira do Mutirão. A cidade também possui áreas de comércio mais luxuosas, situadas principalmente na zona centro-sul da cidade. Shoppings Centers na cidade também são uma das maiores opções de compras, com destaque para o Manauara Shopping e o Amazonas Shopping, sendo o Manauara Shopping o maior shopping center da região norte brasileira.

No subúrbio da cidade também são encontradas diversas áreas comerciais de origem popular, com destaque para a Feira do Mutirão, Feira do Produtor e Feira da Panair.

 

Vista do Manaus Plaza Shopping, situado no bairro da Chapada, na zona Centro-Sul da cidade.

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Shopping Millennium, um dos principais de Manaus.

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Amazonas Shopping Center

 

 

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Turismo

Ponte de Ferro Benjamin Constant à noite

 

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Encontro das Águas.

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Manaus é um dos maiores destinos de turistas da Amazônia, oferecendo uma ampla rede hoteleira, assim como restaurantes variados. Conta também com diversos hotéis de selva em sua região metropolitana.[13] Um dos principais pontos turísticos da cidade é o Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896, sendo o principal Patrimônio Artístico Cultural do estado do Amazonas e a obra mais significativa da época áurea da borracha.[172]

A região recebeu o prêmio de melhor destino verde da América Latina, prêmio este concedido em votação feita pelo mercado mundial de turismo, durante a World Travel Market, ocorrido em Londres em 2009.[173] Em 2010, em uma pesquisa feita entre os turistas, o turismo foi avaliado como satisfatório, com 92,4% entre os turistas nacionais e 94% entre os turistas estrangeiros.e.[174]

Durante todo o ano, recebe grandes quantidades de navios de cruzeiro, pois há acesso para transatlânticos através do rio Amazonas. As visitas de cruzeiros à cidade ocorrem por temporadas, em geral, entre os meses de outubro e abril de cada ano. Em média, Manaus recebe 23 navios por temporada. Os europeus são os que mais visitam a cidade pelos navios de cruzeiro, com destaque aos alemães. Os norte-americanos também respondem por uma parcela significativa dos turistas de navios de cruzeiro.[175]

O ecoturismo, também chamado de turismo de natureza, também atrai milhares de turistas à Manaus.[14] Entre as atrações naturais da cidade, destacam-se: O Encontro das Águas, um fenômeno natural causado pelo encontro das águas barrentas do rio Solimões com as águas escuras do Rio Negro, as quais percorrem cerca de seis quilômetros sem se misturarem.[154] Esse fenômeno acontece em decorrência da temperatura e densidade das àguas, e, ainda a velocidade de suas correntezas;[154] Praia da Ponta Negra, uma praia fluvial às margens do rio Negro, localizada a 13 km do Centro. Apresenta-se em melhores condições durante a vazante do rio no mês de setembro;[176] Praia da Lua, pertencente ao município de Iranduba (região metropolitana de Manaus), localizada à margem esquerda do rio Negro, distante 23 quilômetros de Manaus, por via fluvial. Tem o formato de uma lua em quarto crescente e uma vegetação de rara beleza natural com uma extensão de areia branca e banhada pelas águas negras do rio Negro, límpidas. O acesso ao lugar é feito por barcos regionais que saem de alguns portos da cidade, lanchas fretadas localizadas no pier ao lado do Tropical Hotel, na Ponta Negra;[176] Praia do Tupé, situada a 23 quilômetros da cidade, envolta pelo rio Negro;[176] Praia Dourada, na zona rural de Manaus, distante 20 quilômetros do centro da cidade, sendo banhada pelo igarapé do Tarumã e o rio Negro; e a Cachoeira do Paricatuba, situada na margem direita do Rio Negro, num pequeno afluente. A cachoeira é formada por rochas sedimentares e cercada por vegetação abundante e o acesso é feito por via fluvial.[176]

 

Educação

Manaus tem uma série de instituições de ensino, incluindo a universidade mais antiga do Brasil.[177] A cidade também possui um número estável de escolas primárias e secundárias. A prefeitura da cidade, através da Secretaria Municipal de Educação, mantém 424 escolas no município.[178] Em 2009, Manaus foi uma das cidades brasileiras com maior número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com 93.112 inscritos, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (110.979), Salvador (131.468) e São Paulo (234.173).[179] A cidade é um importante centro educacional de nível médio e superior do estado do Amazonas, sendo sede de um dos doze Colégios Militares do Brasil, o Colégio Militar de Manaus, único do gênero na Região Norte, e do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), que oferece cursos em diferentes níveis: ensino médio, ensino técnico e ensino superior. Concentra, ainda, a maior parte das faculdades públicas e particulares do estado. As principais são:

Universidade públicas

Há duas universidades públicas presentes na cidade: A Universidade Federal do Amazonas - de sigla UFAM - sendo uma instituição de referência no ensino superior, contando com 645 grupos de pesquisa em 65 cursos de graduação.[180] A Universidade Federal do Amazonas é considerada a primeira universidade brasileira, pois originou-se da Escola Universitária Livre de Manáos, criada em 17 de janeiro de 1909.[177] Mesmo com a extinção da Escola, permaneceu a Faculdade de Direito, que deu continuidade ao modelo da atual universidade. O fato foi registrado em 1995 no Guinness Book, o livro dos recordes.[177]

A Universidade do Estado do Amazonas - de sigla UEA) - foi a segunda instituição pública de ensino superior a ser criada no Amazonas. É uma instituição estadual, que oferece mais de vinte cursos distribuídos em dezessete cidades amazonenses (Manaus, Parintins, Presidente Figueiredo, Itacoatiara, Carauari, Tabatinga, Tefé, Lábrea, Boca do Acre, Coari, Eirunepé, Humaitá, Manicoré, Manacapuru, Novo Aripuanã, Maués e São Gabriel da Cachoeira).[181] Foi criada pela lei estadual n.º 2.637 de 12 de janeiro de 2001, que proporcionou as fundações educacionais de ensino superior instituídas pelo estado. Há ainda o Instituto Federal do Amazonas, estruturado mediante a integração do Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas e das Escolas Agrotécnicas Federais de Manaus e São Gabriel da Cachoeira, em 2001.[182] Em sua criação, a instituição recebeu o nome de Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), porém, com a sanção da Lei nº 11.892, o nome foi alterado para Instituto Federal do Amazonas, em 29 de dezembro de 2008.[182] Em Manaus, possui campi nos bairros do Centro e Zumbi dos Palmares, além de outros campi em municípios do Amazonas.[182]

Universidades privadas

Diversas instituições de ensino superior particulares são sediadas em Manaus ou possuem campus na cidade, entre as quais podemos citar:[183] Universidade Luterana do Brasil;[184] Centro Universitário do Norte; Universidade Paulista; Centro Universitário Nilton Lins;[185] Centro Integrado de Ensino Superior do Amazonas; Escola Superior Batista do Amazonas; Centro Literatus; Faculdade Metropolitana de Manaus; Faculdade Salesiana Dom Bosco; Centro de Ensino Superior Fucapi; Instituto de Ensino Superior Materdei; Faculdades La Salle; Faculdades Marta Falcão e Faculdades Objetivo.

 

Cultura e sociedade

Teatro Amazonas, o principal símbolo cultural da capital amazonense.

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Mercado Municipal Adolpho Lisboa.

 

 

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A cultura do município, assim como do Amazonas, foi largamente influencidada pelos povos nativos da região e pelos diversos grupos de imigrantes e migrantes que ali se estabeleceram, principalmente espanhóis. Manaus tornou-se uma cidade com ampla miscigenação cultural e diversificadas culturas.[242] Os nordestinos que migraram para a Amazônia no fim do Século XIX e início do Século XX, atraídos pelo Ciclo da Borracha, também contrbuíram para a formação da cultura municipal. Tudo isso gerou em Manaus uma cultura mestiça e com grande contribuição e permanência da cultura indígena.[243] Manaus possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculos. Instituições de ensino, museus e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, o Teatro Amazonas - um dos mais belos teatros da América Latina[172] - a Universidade Federal do Amazonas a primeira universidade criada no Brasil, no ano de 1909, antes chamada de Escola Universitária Livre de Manaós[177] - o Museu do Homem do Norte - o maior museu do Norte do país que divulga a identidade étnica cabocla.[244]

A Casa da Cultura de Manaus, construída em 2001,[245] abriga a Biblioteca Pública Padre Agostinho Caballero Martin, a Galeria de Arte Álvaro Páscoa e o Espaço Maestro Nivaldo Santiago.[245] Todos estes espaços são reservados à cultura do município. A biblioteca possui 9 mil acervos didáticos com referências à cultura e arquitetura amazonense, em especial de Manaus.[245] A galeria possui uma exposição semanal chamada de "História da Arte - Da Antiguidade a Arte Pop" dedicada entre outras coisas a manter 77 reproduções de obras fundamentais da História da Arte Contemporânea.[245] Além da Casa da Cultura, a cidade possui a Casa das Artes de Manaus, localizada no Largo São Sebastião. A Casa das Artes de Manaus dedica-se principalmente a música, artes plásticas, artes visuais e literatura.[246]

Nos meses de junho e julho, à semelhança do Festival Folclórico de Parintins, acontece na cidade o Festival Folclórico de Manaus. Há o desfile dos Bois-Bumbás "Boi Brilhante",[247] "Boi Corre Campo"[248] e "Boi Garanhão".[249] O Boi Brilhante foi criado em 1982 e é oriundo do bairro Praça 14 de Janeiro,[247] tendo como principal característica sua cor branco malhado e marrom.[247] O Boi Corre Campo é o mais antigo, tendo sido criado em 1 de maio de 1942 no bairro da Cachoeirinha.[248] A cor do Boi Corre Campo é branca.[248] Por último, o Boi Garanhão tem sua origem em 1991, no bairro Educandos.[249] A cor do boi é preta, à semelhança do Boi Caprichoso.[249] O Boi Garanhão é tido como "celeiro de arte, famoso por ter sido, ao longo dos tempos, berço de muitas manifestações folclóricas e culturais.".[249] O Festival Folclórico de Manaus é realizado anualmente pela Associação de Grupos Folclóricos do Amazonas.[247]

 

Artes cênicas

Vista interna do Teatro Amazonas.

 

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Todos os anos, Manaus é sede do Amazonas Film Festival, promovido pelo governo do estado e com a participação de atores das Rede Globo, Record e atores de Hollywood.[250] O Amazonas Film Festival é um festival internacional que destaca filmes de aventura em todas as suas manifestações. Esses filmes retratam, em grande parte, a realidade amazônica, principalmente amazonense. Filmes produzidos que abordam várias temáticas em relação à Amazônia, principalmente no quesito desmatamento[250]

O Liceu de Artes e Ofício Cláudio Santoro e a Universidade do Estado do Amazonas são algumas das instituições de ensino público que oferecem cursos na área de artes cénicas.

 

 

Conclusão

O amazonas ele é uma fonte de renda para o mundo inteiro e para o brasil também pois nele

há diversos turistas todos sabemos que o brasil ele sobrevive de turismo e

de nossa terra que temos, bom várias pessoas gostam de chingar os amazonense chingando de índio

sem ao menos conhecer a cultura então aí fica o tópico para esse povo que está faltando

cultura espero que leia e entendão um pouco melhor

 

Créditos:

-Tasty (Formatação)

WIKIPEDIA

 

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