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Análise - Avatar


MatheusF'
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Distribuidor: UbiSoft

Programador: UbiSoft

Plataforma: PC (PC)

 

Por Pablo Rozados - Outer Space

 

 

 

 

O cineasta James Cameron ficou conhecido por desenvolver blockbusters no cinema. Titanic, Exterminador do Futuro e Aliens são exemplos convincentes da sua competência. Recentemente ele inovou produzindo Avatar, um filme totalmente em 3D que promete encher as salas de cinema em dezembro. O jogo foi produzido paralelamente ao filme pela Ubisoft, e chegou antes mesmo do filme entrar em cartaz.

 

Ao longo da história do videogame uma coisa fica bastante evidente. Na maioria esmagadora das vezes, as adaptações de filmes para os videogames beiram o fracasso. Poucos conseguem triunfar na árdua campanha de ser um sucesso em ambos os territórios. Avatar não foi diferente. No meio de uma alta expectativa, a versão para os videogames apenas conseguiu desempenhar um papel medíocre, digno dos piores figurantes que se encontram na TV.

 

 

Pele azul contra homem branco

 

A história se passa no planeta Pandora. Humanos desenvolvem pesquisas dentro da floresta causando transtorno para a população de Na´vis, indígenas que acusam os humanos de destruírem o planeta aos poucos. Qualquer semelhança com a realidade é mera ficção. O jogador é Ryder (homem ou mulher, tanto faz, a escolha é livre), um soldado faz tudo que trabalha junto às pesquisas. Para evitar maiores problemas, os homo-sapiens desenvolveram uma geringonça capaz de transportar a mente das pessoas para dentro do corpo de um Na’vi, criando assim os Avatares. A trama, como pode ser vista, é amena e pouco comove quem busca desvendar os segredos de Pandora.

 

Em menos de uma hora de jogo surge a grande pergunta que vai acompanhar o jogador pelo resto da aventura: qual lado escolher? Esta seria a parte mais interessante do jogo todo e a única alternativa de replay. Escolher os Na’vi é viver entre aldeias, usar armas rudimentares e viver em paz com a natureza. Já os humanos é o inverso: alta tecnologia e passar o tempo todo sofrendo com plantas venenosas deixa a jogabilidade mais difícil, mas não menos atraente. Independente de qual for a opção, ambas seguem roteiros muito semelhantes, se cruzando de tempos em tempos, apenas mudando o lado em que o personagem está da batalha. A única certeza que se tem é que as aproximadas 15 horas restante que o singleplayer pode oferecer se passará dentro de uma densa floresta, coberta por uma vegetação muito bem detalhada, animais coloridos que circulam livremente no habitat e efeitos visuais bem elaborados. Infelizmente, após algumas horas de jogo, o verde escuro predominante cansa os olhos de quem joga e toda a beleza acaba se tornando uma repetição sem fim.

 

O desânimo que o jogador enfrenta só não é maior que o abatimento dos atores contratados para dublar os personagens. Sem sentimento algum, a interpretação não colabora com a ambientação do jogo e é um dos pontos baixos em Avatar.

 

Jogabilidade primitiva

 

A principal diferença entre ambas as raças é o seu poder de ataque. Os indígenas abusam de armas brancas, desferindo golpes certeiros nos inimigos, causando combos e mortes espetaculares. Se o problema é a distância, um arco e flechas resolvem o problema com uma mira certeira e muito simples de se utilizar. Definitivamente, se quer diversão escolha ser um Avatar.

 

Agora, se o que o jogador busca é desafio então o melhor é escolher os humanos. A dificuldade é muito alta. E não é alta porque o jogo demanda isto e sim porque os controles beiram o ridículo de tão mal feitos. Primeiro problema são seus companheiros. A inteligência artificial não existe. No meio do tiroteio cruzado, eles atiram contra tudo e todos, ignorando os companheiros feridos e buscando, freneticamente, um lugar seguro para se esconder. Se não tivesse como piorar, ainda existe o segundo incômodo: a mira da arma é totalmente sem sentido. Não existe a possibilidade de precisão, ou seja, atire para o lado que o boneco está na tentativa de derrubar um ou dois inimigos. Contra bichos grandes até que funciona corretamente, no entanto, contra lobos famintos e ágeis o jogador se sentirá um incapacitado que não consegue acertar uma mísera bala. Não é possível entender onde os programadores estavam com a cabeça na hora de desenvolver esta jogabilidade mal arquitetada e irritante.

Além das armas normais ainda existem as habilidades especiais. No início do jogo elas não fazem grande diferença. Na verdade, tirando a de cura, as outras também não irão fazer grandes diferenças durante a campanha, mas servem de efeitos especiais durante todo o jogo. Avatar não é um jogo difícil, muito pelo contrário, ele é bem fácil e todas as skills ganhas apenas ajudam a diferenciar uma jogabilidade enlatada.

 

Se analisar as missões então se tem uma jogatina que segue o seguinte esquema para os humanos: vá lá, mate uma horda de inimigos, volte aqui e reporte. Vá acolá, mate uma horda de inimigos, volte aqui e reporte. Do lado dos Na’vis existe uma diferença: vá lá, colete umas ervas, volte aqui e reporte. Vá acolá, mate uns humanos, volte aqui e reporte. Vá ali, colete outras ervas, volte aqui e reporte. Qualquer semelhança com Assassin’s Creed 1, nesse caso, não é coincidência. Parece que a Ubisoft Montreal não aprendeu com os erros dos outros.

 

O jogo não é de todo o mal. Os veículos de locomoção funcionam bem e são uma mão na roda quando é necessário viajar por longas distâncias. Ambas as raças dispõem de diferentes veículos para as mais diversas funções e, no geral, funcionam muito bem.

 

Dentro do próprio singleplayer ainda existe o minigame chamado Conquest. De longe ele é uma das coisas mais divertidas que se tem para fazer em Avatar: The Game. Ele consiste em uma disputa de territórios no melhor estilo de batalhas por turno. Ele gera boa experiência e garantem boas horas de diversão, entretanto, como dito anteriormente, Avatar é um jogo bastante fácil e se o objetivo do jogador é ganhar level então Conquest não fará muita diferença. Mesmo sem nem tocar nesse modo de jogo, é possível atingir o nível máximo apenas na campanha normal.

 

Bota um multiplayer aí

 

O multiplayer segue o padrão de qualquer título, sem inovações. Deatchmatch, capture a bandeira e conquiste o território, consiste em uma verdadeira batalha entre 16 jogadores onde ganha a equipe dos Na’vis. Sim, a coisa já começa meio decidida graças à total desigualdade entre as raças. Os indígenas são visivelmente mais fortes com seus golpes e habilidades enquanto os humanos apenas abusam de uma armadura que mais parece um robô super evoluído. O problema é que esta super armadura não aguenta o tranco quando um Na’vi usa determinadas magias e, o que no início parece interessante, não deixa graça até o final da sessão.

 

 

 

James Cameron pode ser um gênio do cinema, mas quando o assunto é videogame, seu nome ainda gera desconfiança. Com uma jogabilidade desprezível, dublagem sem emoção e uma história rala, o jogo tem tudo que um título precisa para ficar nas prateleiras e não nos consoles. Por mais que Pandora seja um planeta bonito e legal de se morar, Avatar: The Game tem tudo para ter o mesmo final que o principal filme do cineasta: naufragar em meio a uma maré de bons lançamentos.

 

Prós

- Pandora é um mundo bonito;

- Modo Conquest diverte mais que o jogo inteiro.

 

Contras

- Jogabilidade ridícula;

- História fraca;

- Dublagem horrível;

- Raças desiguais no multiplayer.

Sorry, I'm rated.

 

 

dz <3

gcz <3

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