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Anaise - Unreal Tournament 3


ϟ BℓizzαяЙ
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Distribuidor: Midway

Programador: Epic Games

Plataforma: PC (PC)

 

Por Marcelo Faria - Outer Space

 

O nome Unreal Tournament 3 merece explicações. Ele é o oitavo título da franquia Unreal, e o quarto que recebe o nome Unreal Tournament. Por que não Unreal Tournament 4? Provavelmente porque esse é o primeiro da série que usa o Unreal Engine 3, e também porque temos Unreal 2 e Unreal Championship 2.

 

Nesta confusão de números em que um três parece que caiu melhor, o resultado é um jogo que tem características de uma atualização anual (e UT 2007 já foi o nome do projeto), isto é, traz gráficos melhores e uma ou outra novidade, mas com a fórmula de jogabilidade de sempre. Mas isso não é exatamente um problema.

 

Chega de Saudade

 

Unreal Tournament 3 não é muito diferente dos outros jogos da série. Trata-se de um multiplayer com bastante ação, batalhas rápidas, muitos saltos e velocidade, um mata-mata meio à moda antiga que será muito familiar a quem viveu a época de Quake e do próprio UT original. Claro, existe uma notável evolução, que inclui elementos como veículos e modos de jogo diferenciados, além de gráficos bastante atuais, mas a essência é a mesma desde o original.

 

Existem seis modos principais de jogo online: Deathmatch, que é o divertido mata-mata livre; Team Deathmatch, que é o mata-mata em equipes; Capture The Flag, em que os jogadores devem capturar a bandeira inimiga e trazê-la para sua base; Vehicle Capture The Flag, basicamente o CTF com veículos; Duel, em que apenas dois jogadores se enfrentam em um servidor de muitos jogadores, sendo que o vencedor do duelo fica na partida e o perdedor vai para uma lista de espera; e finalmente o Warfare, que é uma variação única do modo de pontos de captura, tão comum em outros jogos.

 

Entre as peculiaridades de cada modo, é importante ressaltar que no Capture The Flag os jogadores contam com um útil aparato que possibilita teleportes a curta distância, o que é bom para se movimentar pelo mapa, e que ainda pode deixar os tiroteios ainda mais bagunçados que o usual. Já nos modos que existem veículos, esse aparato é substituído pelo “Hoverboard”, uma espécie de skate flutuante. No final das contas, os modos de jogo online estão bons e consistentes, como sempre.

 

Ação à moda antiga

 

Apesar de seguir a foco no multiplayer de todos os jogos da série, Unreal Tournament 3 conta também com um modo campanha para um jogador. Trata-se, na verdade, de um modo em que existe uma história, contada em cenas de corte, mas se limita a alguns mapas do multiplayer conectados em uma ordem qualquer. Não é ruim, mas definitivamente poderia ser melhor caso a série não privilegiasse tanto o multiplayer. A história é bem rasa, genérica e pouco atraente, o que em si não é um problema, considerando que muitos FPS de sucesso contam com enredos genéricos do tipo combater alienígenas com supersoldados. O problema está mais no fato de não existirem mapas desenhados especialmente para essa campanha, o que dá a sensação de ser apenas um multiplayer com bots (personagens controlados pelo computador).

 

Existe a possibilidade de jogar essa campanha também no multiplayer, cooperativamente, o que a deixa bem mais divertida, mas o difícil é encontrar pessoas dispostas a isso. Geralmente a maior parte dos companheiros do modo campanha largam o jogo antes do fim, e por isso é bom que o jogador se acostume aos bots.

 

Mas pelo menos os bots tem uma inteligência artificial boa como sempre, e disponível em muitos modos de dificuldade. Eles têm comportamentos bem complexos, mas claro que jogar com os bots ainda não se compara à experiência com pessoas de verdade.

 

Um real

 

É difícil achar defeito na parte gráfica de Unreal Tournament 3. Alguns podem não gostar do estilo visual de ficção cientifica injetada em testosterona da Epic, mas a qualidade técnica proporcionada pelo Unreal Engine 3 é realmente inquestionável. Claro, tudo é bem parecido com o já lançado Gears of War (até mesmo o design), pelo fato de que ambos são desenvolvidos pela Epic em um mesmo engine. Existem alguns avanços na ferramenta gráfica, mas esses são quase imperceptíveis.

 

A parte técnica, incluindo aí o áudio, é de alto-nível, e isso vem sem grandes exigências de hardware: mesmo em PCs que não sejam modernos o bastante para rodar Unreal Tournament 3 no máximo de sua qualidade gráfica, as configurações médias também tem resultados bonitos e taxas de quadros por segundo estáveis e suaves. Talvez a única falha na parte visual esteja no fato de que em monitores widescreen ele corta as bordas inferiores da tela, ao invés de expandir nas laterais.

 

Prós

 

- Gráficos excelentes;

 

- Multiplayer consistente e divertido;

 

- Inteligência artificial convincente.

 

Contras

 

- Modo campanha poderia ser melhor;

 

- Mesma coisa de sempre.

Utúlie'n aurë! Aiya Eldalië ar Atanatári, utúlie'n aurë!

 

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