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Analise - Vietcong 2


ϟ BℓizzαяЙ
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Distribuidor: 2K Games

Programador: ??

Plataforma: PC (PC)

 

Por Felipe Menezes - Outer Space

 

 

Vietcong 2

 

Distribuidor: 2K Games

Programador: ??

Plataforma: PC (PC)

 

Por Felipe Menezes - Outer Space

 

 

 

Se jogos baseados na Segunda Guerra Mundial como Medal of Honor foram bem sucedidos a ponto de inspirarem inúmeros clones, o mesmo não ocorreu com aqueles cujo tema foi os confrontos no Vietnã. Apesar da grande quantidade de jogos sobre o conflito lançados, nenhum conseguiu apresentar um alto nível de qualidade e se tornar memorável.

 

Mas, ainda perseguindo o objetivo de criar uma boa franquia sobre o Vietnã, a 2K Games aproveitou para dar a sua segunda cartada e lançar a continuação de Vietcong, trazendo um novo sistema gráfico e mais opções de armas, veículos e modos.

 

A primeira impressão não é a que fica

 

Nos seus instantes iniciais, Vietcong 2 já mostra que tem o potencial para ser o melhor jogo baseado na guerra do Vietnã, pois tudo nele é muito bem apresentado. Sua tela principal é simples, com um papel de parede “cool” e um menu estático “retrô”, simples, objetivo e bem interessante que muitos sofisticados que existem por aí. No fundo, um rock anos 60, algo que lembra Creedence com guitarras de Jimi Hendrix, dá a ambientação perfeita enquanto navegamos pelos modos de jogo.

 

Iniciando a campanha norte-americana, a única disponível no início, o nível de qualidade continua alto. A aventura começa em um bordel vietnamita, onde os oficiais e soldados norte-americanos se divertem após mais um dia de guerra, bebendo bastante e “brincando” com as garotas que atendem no local.

 

A jogabilidade começa quando um soldado vem interromper o relaxamento do capitão Daniel Boone, o personagem principal, informando-o que o Coronel solicita sua presença no quartel para uma missão: acompanhar o prefeito da cidade de Hue na noite festiva de comemoração do ano novo vietnamita e da proximidade dos acordos de cessar-fogo. Tudo ia bem na festa, até que diversos vietcongs aparecem repentinamente e iniciam um ataque em massa: é o início do acontecimento histórico conhecido como Ofensiva Tet, um dos mais sangrentos da guerra.

 

É nesse momento, quando a ação começa, que a decepção aparece: tudo que estava tão interessante, já não fica tão bom mais.

 

Entra a ação e entra os problemas

 

Vietcong 2, que mostrava ser acima da média em seus momentos iniciais, se revela um jogo comum a partir do momento em que os tiroteios se iniciam. Não existe algo de diferente para ser feito, os objetivos são simples e um pouco sem-graça e a jogabilidade ainda sofre com alguns problemas técnicos, como resposta lenta dos comandos e falta de precisão, principalmente na mira.

 

O jogo até tem partes interessantes e tenta atrair a atenção do jogador com alguns eventos pré-programados bacanas e a possibilidade de dar ordens a soldados subordinados, mas a execução destas idéias nem sempre é bem feita. Fica nítido que o pessoal da Pterodon Software teve boas idéias, mas não conta com perícia suficiente para aplicá-las, fazendo com que o jogo oscile entre bons e maus momentos.

 

Missões interessantes, como combater em uma catedral invadida ou ficar como passageiro de um veículo em fuga, ao mesmo tempo em que sai atirando em todos os inimigos que atravessam o caminho, contrastam com outras menos inspiradas e fora de contexto, como ficar conversando com soldados ou passar vários minutos defendendo um quartel de vietcongs que não param de renascer infinitamente de todos os cantos. Esse excesso de combates urbanos também cansa e destoa um pouco do foco nos ambientes florestais que realmente caracterizam os jogos baseados na guerra do Vietnã.

 

A boa notícia na jogabilidade é que as coisas melhoram bastante ao término da campanha norte-americana: temos a oportunidade de viver a ação do outro lado da moeda, através de uma campanha no comando de um jovem vietcong. O jogo é apresentado de uma maneira diferente, mais interessante, imersiva e com uma história que engloba acontecimentos ocorridos antes da Ofensiva Tet. Uma pena que esta campanha é extremamente curta.

 

Engolidor vietnamita de computadores

 

A principal impressão deixada pelo sistema gráfico Ptero-Engine 3 é de algo ultrapassado e mal programado. Os visuais, apesar de conterem muitos detalhes, principalmente nos ambientes internos, não são bons, assim como uma boa parte das texturas. Os efeitos de explosão, fogo e sombra também são básicos, muito aquém do que existe hoje por aí, e a física e animação “ragdoll” conseguem tudo, menos ser realistas.

 

Outro problema fica para a inteligência artificial, cheia de altos e baixos. Os inimigos possuem uma pontaria fenomenal e poucos disparos são suficientes para que o personagem morra, por isso existe desafio nos confrontos, o que é positivo. Agora, em termos de reações a situações, eles deixam muito a desejar. Uns ainda conseguem se deslocar e procurar abrigos, mas outros correm aleatoriamente como kamikazes ou ficam completamente parados enquanto são alvejados.

 

O mais interessante de tudo é que Vietcong 2, apesar de feio e simples demais tecnicamente, é bem pesado, o que mostra sua má programação. Rodado em máquinas mais modestas, o jogador é obrigado a desligar todos os efeitos e reduzir drasticamente a qualidade visual se quiser ter uma taxa de quadros por segundo decente para jogar, fazendo o que já não era tão bonito se tornar um completo horror.

 

Salve, salve, multiplayer

 

Muitas pessoas podem ficar meio decepcionadas com o modo principal de Vietcong 2 e achar que seu investimento no jogo não valeu a pena. Mas calma, o modo multiplayer pode salvar o dia.

 

Aqui tudo muda: existem boas opções de jogo – cooperativo, rouba-bandeira, deathmatch, team deathmatch e assault (combate com objetivos) –, uma infinidade de armas para escolher, veículos para pilotar e uma boa variedade de mapas interessantes.

 

Existem oito classes de soldados – infante, engenheiro, médico, perito em metralhadoras, “marine”, soldado de comunicação, atirador de precisão e “commando” – para serem escolhidas, mas apenas duas estão disponíveis no começo. De acordo com nossa performance nas partidas, vamos liberando classes mais avançadas que trazem novos elementos táticos aos combates e armas ainda mais poderosas. Cada soldado tem suas habilidades específicas, todas de fundamental importância para um bom balanceamento de uma equipe.

 

O modo multiplayer é bastante divertido, mais cadenciado e com elementos táticos, mas não tem algo de realmente novo, que não tenha sido apresentado em outro jogo. É o “arroz com feijão” bem feito.

 

Prós

 

 

+ Menus “retrôs” bem bacanas;

 

+ Momentos iniciais, antes da ação começar, têm um ótimo clima;

 

+ Campanha vietcong é interessante. Pena que é curta demais;

 

+ O modo multiplayer é o que o jogo tem de melhor;

 

Contras

 

- Precisão falha;

- Inteligência artificial tem lapsos de genialidade, mas na maioria das vezes é ruim;

 

 

- Gráficos ruins, ultrapassados;

 

- Jogo muito pesado. Completamente mal programado;

 

- Campanha norte-americana é superficial, com objetivos fora de contexto e cansativos;

Utúlie'n aurë! Aiya Eldalië ar Atanatári, utúlie'n aurë!

 

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