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[Ánalise] Mass Effect 3


MatheusF'
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Nem tente jogar Mass Effect 3 sem antes de ter passado pelos dois anteriores da série. Além de ainda serem jogos bonitos e interessantes, a história dos dois é essencial para entender o desfecho do trilogia e se envolver na conclusão épica que a BioWare preparou.

 

Mass Effect 3 é exatamente o que se espera de uma conclusão. O jogo vai oferecer respostas e fechar tramas iniciadas nos outros episódios, portanto quem não passou pelos anteriores se sentirá perdido em meio a referências e acontecimentos passados. Já quem passou pelo começo da trilogia será recompensado com uma experiência muito envolvente e a sensação de que valeu a pena conhecer a fundo a epopeia espacial da BioWare.

 

É hora do pau

 

Em Mass Effect 3, o negócio ficou sério. Desde que se tornou o primeiro Spectre humano na galáxia, o(a) comandante Shepard, protagonista da série, já frustrou os planos malignos de um monte de vilões, desde alienígenas mal-intencionados até organizações terroristas xenófobas. Sem estragar o enredo, é possível dizer que quem vive em 2183 certamente deve a vida a este cara, e terá a dívida dobrada após o último da trilogia.

 

O roteiro segue como o maior destaque de Mass Effect 3. E quando pensado em conjunto com o de seus antecessores, torna-se uma das melhores histórias entre os jogos desta geração. Em alguns momentos é interessante pela inspiração indireta em clássicos da ficção científica como Star Trek e Battlestar Galactica, e em outros os autores pegam um pouco do tom épico de fantasias espaciais como Star Wars e Duna. Seja como for, é uma mitologia que envolve como um bom livro ou filme, só que melhor ainda, pois o espectador também constrói a história com sua interação.

 

Na prática, em Mass Effect 3 o comandante Shepard faz basicamente as mesmas coisas que já está acostumado a fazer desde o primeiro jogo: atirar em uns alienígenas aqui, bater um papo ali, passear com o Normandy pela galáxia fazendo novos amigos e muitos inimigos e ocasionalmente passar o tempo com algumas distrações. A novidade é que tudo isso acontece em uma escala de grandiosidade maior nesse terceiro episódio, com mais pirotecnia e conseqüências proporcionais a tudo isso. Mas que poderia ser mais épico que salvar o planeta Terra e toda a raça humana? A resposta é simples: salvar toda a galáxia e todo tipo de “vida como a conhecemos” junto.

 

Desta vez os Reapers, uma raça alienígena sintética, estão tomando a galáxia e exterminando todo tipo de forma de vida orgânica. Para derrotar essa velha ameaça, Shepard precisa unificar as espécies orgânicas e formar um exército que consiga bater de frente com seus antagonistas. E o que faz da ambientação ser tão especial não é só o roteiro excelente, mas também a interação do jogador com ele. Como de costume, as decisões tomadas por Shepard afetam bruscamente os rumos da história, lembrando que se o jogador importar seu personagem de um jogo anterior, até mesmo opções supostamente menos importantes do passado causam mudanças significativas no enredo do novo jogo.

 

A participação ativa do jogador na história aumenta a imersão em um nível interessante, prendendo a atenção do começo ao fim. E além de tudo, as escolhas alteram a própria moral do personagem, que mais uma vez está dividido entre dois caminhos: Paragon e Renegade. Independente disso, em ambos os lados é preciso fazer sacrifícios e tomar decisões difíceis, como deixar alguns inocentes morrerem para conseguir uma aliança importante, ou salvar a vida deles e penar com um exército mais fraco e mais um inimigo. É diferente das decisões óbvias da maior parte dos outros jogos. Aqui uma escolha pode te deixar com a consciência pesada e sem saber se aquilo era realmente o melhor a ser feito. E muitas vezes, o que parece errado pode ser apenas uma injustiça necessária.

 

Assim como o roteiro e o sistema de escolhas, a jogabilidade em Mass Effect 3 eleva um pouco o padrão de qualidade do restante da série. No primeiro jogo, poderes “bióticos” e tecnológicos em combate eram mais estéticos do que úteis, e isso foi aperfeiçoado na continuação, mas não o suficiente para deixar o combate estratégico e menos linear – bastava dar tiros nos lugares certos e, com um pouco de habilidade, qualquer desafio podia ser vencido sem ter que se preocupar muito com as variadas opções táticas oferecidas. Em Mass Effect 3 é um pouco mais difícil ignorar a estratégia. Quem estiver carregando equipamento pesado pode comprometer sua capacidade de usar habilidades especiais, e dessa vez elas são fundamentais em muitos conflitos. Além disso, é sempre divertido arremessar adversários pelo cenário com explosões de energia.

 

Outras evoluções menores melhoram consideravelmente o aspecto do combate, como a agilidade recém-adquirida de Shepard em saltos ou a customização de armas. Mas ainda assim, o elemento FPS é algo secundário em relação à história. Na maior parte das cenas de pancadaria a impressão é de estar em um corredor linear sem opção além da de seguir em frente, esconder em coberturas providencialmente dispostas pelo caminho e metralhar os adversários.

 

Estado da arte

 

Apesar da história e da jogabilidade serem os dois pilares que sustentam o alto padrão de Mass Effect, o capricho da BioWare pode ser percebido em muitos outros detalhes. Todo o roteiro brilhante é realçado pela qualidade das dublagens dos personagens, fazendo com que mesmo o diálogo mais simples pareça algo verossímil. Parece um mero detalhe, mas há um abismo de diferença em relação a outros jogos parecidos que não dão a devida atenção ao trabalho de voz.

 

O mesmo vale para a parte visual. Os gráficos de Mass Effect 3 se destacam não apenas na parte técnica, que é sutilmente superior aos dois antecessores, mas também na direção de arte. Todo tipo de objeto e cenário é único, bonito e esteticamente coerente com a ambientação. Além disso, para tudo que importa existem descrições cheias de conteúdo que fazem a diferença para jogadores que querem se aprofundar o máximo possível na experiência, além de servir para mostrar que nada está lá por acaso.

 

Mas há algo um pouco fora do contexto em Mass Effect 3: o multiplayer. Este é semelhante ao modo Horde de Gears of War, em que é preciso sobreviver a turbas enfurecidas de inimigos, evoluindo seu personagem entre as ondas de adversários, tudo com a ajuda de colegas. São só seis fases e pouca variação entre adversários e personagens, o que faz deste algo muito simples, quase uma curiosidade em relação ao resto do jogo.

 

Alguém que compre Mass Effect 3 e jogue apenas a campanha pode seguramente se sentir satisfeito sem nem saber que existe um multiplayer. Fica evidente que criar um modo online assim foi muito mais uma decisão de negócios que uma opção criativa.

 

Se o multiplayer é algo desinteressante mas irrelevante em Mass Effect 3, alguns problemas sérios não podem ser ignorados. Existem algumas falhas imperdoáveis, como problemas para transferir personagens das edições antigas, o que certamente será corrigido em um patch, mas compromete a experiência de quem comprou o jogo já na semana de lançamento. Outros erros como personagens atravessando paredes, "glitches" gráficos quase esquizofrênicos e bugs estranhos são um pouco mais raros, mas ainda assim mais comuns do que deveriam ser em uma produção deste porte.

 

Quem jogar a versão para Xbox 360 pode aparecer também com uma outra reclamação: o suporte ao Kinect. O acessório pode ser usado para comandos de voz durante combates, o que teoricamente é mais ágil do que usar os comandos no controle, mas na prática é um pouco mais lento por um certo atraso entre o tempo que o console captura a voz e o momento em que a ação é executada na tela. Como quase tudo em relação ao Kinect, é uma curiosidade que deve pegar para poucos jogadores. A maior parte só deve achar interessante testar algumas vezes e depois deixar de lado. É difícil imaginar o que seria uma aplicação realmente útil e interessante para o Kinect em um jogo como esse, e a impressão é, mais uma vez, de uma imposição do departamento de marketing e não uma opção dos designers.

 

-

 

Mass Effect 3 é o final merecido para a trilogia da BioWare. O jogo evolui relativamente pouco em relação ao seu antecessor, mas a história espetacular e a forma com que as escolhas do jogador afetam o desenvolvimento da aventura fazem com que seja fácil se apaixonar e aprofundar neste universo. Alguns bugs prejudicam um pouco a experiência, mas não ofuscam o resultado final, que consegue ser melhor em tudo que o resto da série, aprimorando o combate significativamente e, no mínimo, mantendo o alto nível do enredo e das possibilidades de interação.

 

Prós

- Roteiro épico e envolvente;

- Escolhas do jogador afetam a história de um modo profundo e bem elaborado;

- Combates e mecânicas de cenas ação melhores do que nunca;

- Capricho nos detalhes como dublagens, gráficos, sons, direção de arte...

 

Contras

- Bugs constantes;

- Pequena evolução técnica em relação a Mass Effect 2.

 

OuterSpace

Sorry, I'm rated.

 

 

dz <3

gcz <3

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