Fla vê sua média de gols sofridos aumentar com González na zaga

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A dramática situação em que o Flamengo se encontra na Taça Libertadores pode ser explicada pelo péssimo desempenho da defesa nos três últimos jogos. Foram nove gols sofridos contra Olimpia, duas vezes, e Emelec-EQU, na última quarta-feira, em Guayaquil. Contando com o Carioca, foram 12 gols nos últimos seis compromissos, com uma média de dois por jogo.

 

Os números chamam ainda mais a atenção porque a chegada do chileno Marcos González, eleito o melhor zagueiro das Américas em 2011, à frente de Dedé, do Vasco, parecia ter elevado o nível da retaguarda rubro-negra, a julgar por suas primeiras atuações.

 

- É até um paradoxo, já que, normalmente, os times do Joel possuem como característica um bom e organizado sistema defensivo. Pode ser que falte entrosamento para saber quem vai e quem fica. O responsável não é só o homem que está na disputa de bola com quem vai cabecear. Tem que evitar o cruzamento, matar a fonte da jogada. Há uma série de coisas a corrigir. O problema já vem de um bom tempo. Não é só com o Joel - explicou Júnior, comentarista da TV Globo.

 

Desde a chegada de González e com ele em campo, o Flamengo sofreu 11 gols em nove jogos (quatro deles pela Libertadores, de grau de dificuldade superior ao Carioca) , atingindo uma média de 1,22. O número é pior que o do cenário antes da entrada do chileno, quando o time sofria em média um gol por jogo (nove em nove), sem considerar os dois amistosos e os três jogos disputados com reservas, contra Bonsucesso, Macaé e Olaria.

 

Na frieza da matemática, sem levar em consideração a diferença de nível técnico entre jogos de Libertadores e Estadual, a melhor dupla de zaga na temporada foi formada por Welinton e David, com oito gols sofridos em nove jogos, uma média de 0,89. Ao lado de Welinton, González tem a marca de 1,67 e, com David, chegou a um gol sofrido por jogo. Os três jogaram juntos apenas uma vez, na vitória por 1 a 0 sobre o Emelec, no Engenhão.

 

- Era esperado que desse um pouco mais de segurança. Nos dois últimos jogos, ele deu uma espirrada na bola, mas o cara pode sobressair, não resolver sozinho. É o mecanismo todo. Individualmente, ele é um bom jogador, mas tem muita gente no time, e não é de agora que não consegue manter uma regularidade. Joga uma bem e quatro mais ou menos - disse Júnior.

 

O Flamengo volta a jogar neste sábado, às 18h30, contra o Vasco, pela penúltima rodada da Taça Rio. O time lidera o Grupo A, com 15 pontos.

 

 

 

 

Fonte: G1