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Jogar no PC – um movimento em ascensão ou em queda?


Shiryu'
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Se há algo que todo fã de games já testemunhou (e talvez até tenha participado) são as eternas discussões sobre qual plataforma é melhor para jogar. Enquanto os fãs dos consoles se matam para descobrir qual video game é superior (como se isso importasse mais do que se divertir), aqueles que jogam no PC brigam para provar que um computador pode ser bem melhor que um console.

 

E enquanto os jogadores discutem, um assunto maior dá as caras nessas discussões. Será que o futuro do PC como plataforma de jogos está com os dias contados? Há quem diga que não irá demorar para assistirmos ao declínio total dos PCs, destinados a perderem espaço para smartphones e tablets.

 

Ao mesmo tempo, também há aqueles que defendem que os computadores irão persistir como plataforma justamente porque o modelo atual de negócios já começou a mudar (como basta olhar para o Steam para perceber).

 

O fim?

O ataque dos piratas ao fragilizado PC

 

Enquanto no passado os PCs detinham uma grande fatia dos principais jogos lançados no mercado, quem escolheu a plataforma atualmente sofre para encontrar tantos títulos como os seus colegas dos consoles.

 

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Não que não existam lançamentos de peso para os computadores, mas quem joga apenas neles já se acostumou a ter que esperar meses a mais do que os donos de um video game para poder aproveitar títulos como Alan Wake, lançado para Windows quase dois anos depois de chegar ao Xbox 360.

 

Embora esse pode não ter sido o caso específico do sucesso da Remedy, muitas desenvolvedoras têm receio de investir pesado para desenvolver ou portar um título para PC e ver o seu trabalho sendo distribuído gratuitamente pela internet.

 

DRM, a proteção que não deu certo

 

Temendo o avanço da pirataria, muitas empresas decidiram adotar o recurso da DRM (sigla em inglês para Manutenção de Direitos Autorais), tecnologia feita para proteger softwares da falsificação.

 

Embora bem-intencionadas, algumas dessas medidas (como a de Assassins Creed II, a qual impede que o jogo rode quando o computador está desconectado da internet) atrapalham os consumidores reais em vez dos piratas – capazes de contornar o bloqueio.

 

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Assim, enquanto antigamente jogos para PC já eram evitados por muita gente por conta de dores de cabeça na hora da instalação, os problemas com DRM fizeram mais pessoas desistirem da plataforma.

 

Renascimento

O PC como uma plataforma de próxima geração

 

Apesar de todos os seus problemas, é no PC que os jogadores conseguem encontrar alguns dos recursos gráficos mais avançados. Lançamentos multiplataforma como Battlefield 3, da DICE, e The Elder Scrolls V: Skyrim, da Bethesda, são uma amostra do poderio dos computadores.

 

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Claro que não é todo mundo que pode equipar a sua máquina com uma placa de vídeo de ponta, mas a chegada de jogos como os citados tem um efeito crescente no mercado. Afinal, graças a eles muitas pessoas decidem realizar um upgrade apenas para jogá-los.

 

Desse modo, as desenvolvedoras podem passar a investir na criação de games igualmente impressionantes sem medo de vender pouco por falta de público. E assim, os donos de um PC podem conferir gráficos de última geração antes do anúncio de um PlayStation 4, por exemplo.

 

A criatividade independente

 

Ao mesmo tempo em que os computadores oferecem recursos de última geração, eles também recebem cada vez mais títulos bastante divertidos e que não exigem uma máquina muito poderosa para rodar graças às produtoras independentes.

 

Sem as amarras e os prazos de uma distribuidora, desenvolvedoras pequenas podem exercer toda a sua criatividade em seus projetos. No entanto, graças a sua participação no mercado, o PC geralmente é escolhido para receber as apostas dos indies (afinal, cada pessoa que tem um computador em casa é um consumidor em potencial).

 

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Para chegar a esse público, serviços como o Steam e o Humble Bundle têm se mostrado um grande sucesso, levando games como The Binding of Isaac e Super Meat Boy a milhares de pessoas. Assim os desenvolvedores ganham reconhecimento (e dinheiro, é claro), enquanto a biblioteca de bons títulos para PC aumenta.

 

Desse modo, enquanto jogar no computador hoje é certamente diferente do passado, isso não significa necessariamente que hoje estamos melhores ou piores do que antes, apenas diferentes. Resta saber apenas se as mudanças enfrentadas hoje passarão a beneficiar mais o consumidor ou não.

 

Créditos

 

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