Ir para conteúdo
Faça parte da equipe! (2024) ×
Conheça nossa Beta Zone! Novas áreas a caminho! ×
  • Quem está por aqui   0 membros estão online

    • Nenhum usuário registrado visualizando esta página.

Sem o luxo mantido pelo tráfico, Nem da Rocinha terá vida dura na cadeia


Bart
 Compartilhar

Posts Recomendados

Cela de 7 m² tem apenas cama e mesa de concreto, além de lavatório e vaso sanitário

 

nem_rocinha_aviao_matogrossodosul_350.jpg

 

Acostumado com a vida confortável mantida pelo tráfico de drogas na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, o traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, terá que se acostumar com os limites estabelecidos pelo presídio federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, considerado de segurança máxima, onde chegou no último sábado (19).

 

Em vez da casa confortável, com móveis caros e eletrodomésticos de última geração, como TVs de plasma, além de um bar repleto de garrafas de uísque, Nem vai viver em uma cela de apenas 7 m², equipada com uma cama, mesa, banco, um lavatório e um vaso sanitário, tudo feito de concreto.

 

Em vez das roupas e joias caras, compradas com dinheiro da venda de drogas, o traficante vai usar uniforme, como todos os outros presos e não terá como curtir sua vaidade, já que os cabelos e a barba são cortados e feitos com frequência.

 

Para fazer a barba, por exemplo, o traficante vai receber um barbeador, que é retirado por um dos agentes cerca de 20 minutos após ser entregue, por medida de segurança.

 

Em vez dos cerca de 150 fuzis que garantiam a segurança de Nem na favela da Rocinha, dos quais cerca de 80 já foram apreendidos pela polícia, o chefe do tráfico será vigiado por 200 câmeras de vigilância, que enviam imagens em tempo real para três centrais de monitoramento, entre elas uma que fica na superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul.

 

O presídio também abriga detentos que ficam no regime disciplinar diferenciado, conhecido como RDD. Nesses casos, os presos não saem sequer para tomar banho de sol, já que a cela é maior e tem um compartimento por onde entra o sol.

 

Segundo investigações da polícia, Nem vivia de forma confortável na Rocinha. Além de uma casa que tinha terraço com vista para o mar, o traficante gostava de usar cordões e pulseiras de ouro, circular pela favela em motos potentes e consumir uísque e drogas sintéticas. A Rocinha era considerada a favela que mais faturava com a venda de drogas, com movimentação estimada em R$ 100 milhões por ano.

 

Delação premiada

 

O procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Lopes, busca uma nova forma de tentar convencer o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, a colaborar com as investigações e contar à Justiça o que sabe da forma mais detalhada possível.

 

Para isso, Cláudio Lopes conversou com o secretário de Segurança do Estado, José Mariano Beltrame, informando-lhe que existe uma prerrogativa legal para que seja oferecida a delação premiada ao traficante. No entanto, para isso, é necessário reunir promotores e juízes que cuidarão dos processos contra Nem, pois são eles que podem oferecer tal benefício.

 

- Eu conversei com o secretário Beltrame e lhe disse que a lei prevê essa possibilidade [de delação premiada], mas é um benefício que deve ser aplicado pelo juiz. O que eu propus é uma interlocução entre os promotores e os juízes que vierem a atuar nos casos para que eles discutam essa possibilidade, tendo em vista a possibilidade de ele prestar esclarecimentos objetivos à Justiça sobre os crimes que ele praticou e as pessoas envolvidas nesses crimes.

 

Para promotores, interessaria oferecer a Nem tal benefício se o traficante contasse, por exemplo, quem são os policiais envolvidos no esquema de corrupção que levava mensalmente metade de seu faturamento com a venda de drogas.

 

- Se houver um esclarecimento absoluto dos crimes praticados por ele e com base nas eventuais condenações, ele pode ter uma redução de pena, mas novamente, essa é uma decisão dos promotores que atuarem no caso e dos juízes.

 

Claúdio Lopes disse ter ouvido de Beltrame que “é importante que haja um entendimento nesse sentido”.

 

 

Instalação da UPP na Rocinha

 

O Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) vai permanecer na comunidade da Rocinha em São Conrado, zona sul do Rio de Janeiro, pelos próximos 60 dias, até a instalação da 19ª UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). A informação foi dada pelo sargento Marco Antonio Gripp, porta-voz da corporação.

 

Até a inauguração da nova UPP, que ainda não tem data oficial definida, o Bope fará uma extensa varredura à procura de drogas, armas e de criminosos que estejam escondidos na comunidade que sofreu por quase 40 anos sob o domínio do tráfico de drogas.

 

De acordo com o sargento, nesta segunda-feira os policiais checam informações que já haviam sido mapeadas pelo Serviço de Inteligência da Secretaria de Segurança do Estado e também enviadas por bilhetes pela população.

 

- Após a retomada, sem o disparo de nenhum tiro, a noite foi tranquila. Vamos continuar aqui até a chegada da UPP, fazendo o nosso trabalho. A colaboração da população é essencial. Eles são parte fundamental nesse processo de paz na comunidade e eles já entenderam isso.

 

O Bope se surpreendeu com a quantidade de denúncias feitas pela população da comunidade em pouco mais de 30 horas de ocupação. Além de denúncias, um grande número de bilhetes com agradecimentos chegou às mãos dos representantes da corporação.

 

Fonte: R7

jLVPR1GOcSliY.png

Abraços, pro Leão também.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Este tópico está impedido de receber novos posts.
 Compartilhar

×
×
  • Criar Novo...

Informação Importante

Nós fazemos uso de cookies no seu dispositivo para ajudar a tornar este site melhor. Você pode ajustar suas configurações de cookies , caso contrário, vamos supor que você está bem para continuar.